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segunda-feira, 30 de março de 2020

CORONAVÍRUS: CÂMARA APROVA PROJETO QUE PREVÊ R$ 600 POR MÊS PARA TRABALHADOR INFORMAL



Texto vai ao Senado e prevê repasse por 3 meses. Autônomo deverá cumprir requisitos como ter mais de 18 anos e não receber benefício previdenciário ou assistencial.
Deputados no plenário da Câmara durante a sessão desta quinta-feira (26) 

— Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (26) um projeto que prevê o pagamento de R$ 600 a trabalhadores informais por três meses em razão da pandemia do coronavírus. A mulher que for mãe e chefe de família poderá receber R$ 1,2 mil. A proposta do governo era de R$ 200 para os trabalhadores informais, o Congresso passou para R$ 600.

Com a aprovação, o texto seguirá para votação no Senado. Ainda não há data definida para a análise pelos senadores. O pagamento do auxílio emergencial é limitado a duas pessoas da mesma família.

Segundo estimativa preliminar da Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado, o impacto fiscal com o auxílio para a União será de R$ 43 bilhões por três meses. O cálculo não considera ainda as mães chefes de família que poderão receber o auxílio em dobro.

Pela proposta, poderá receber o montante o autônomo que não receber benefícios previdenciários, seguro desemprego nem participar de programas de transferência de renda do governo federal, com exceção do Bolsa Família.

Desde a semana passada, a Câmara e o Senado tem aprovado projetos relacionados ao combate do coronavírus e dos efeitos provocados pela crise.

Em razão das medidas de prevenção contra o coronavírus, a sessão desta quinta foi parcialmente virtual, com a presença de apenas alguns deputados no plenário. Os demais acompanhavam por videoconferência.

Entenda o projeto

O projeto altera uma lei de 1993 que trata da organização da assistência social no Brasil. De acordo com o texto, o dinheiro será concedido a título de “auxílio emergencial” por três meses ao trabalhador que cumprir os seguintes requisitos:

    *for maior de 18 anos;
   * não tiver emprego formal;
  *  não for titular de benefício previdenciário ou assistencial, beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, ressalvado o bolsa-família;
    *cuja renda mensal per capita for de até meio salário mínimos ou a renda familiar mensal total for de até três salários mínimos;
    *que não tenha recebido em 2018 rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70.

Outros requisitos para receber o auxílio é:

    *exercer atividade na condição de Microempreendedor Individual (MEI) ou;
    *ser contribuinte individual do Regime Geral de Previdência Social ou;
    *ser trabalhador informal, de qualquer natureza, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal até 20 de março de 2020.

Apesar de a previsão inicial de pagamento do auxílio ser por três meses, o relator da proposta, Marcelo Aro (PP-MG), disse que a validade do auxílio poderá ser prorrogada de acordo com a necessidade.

O projeto estabelece ainda que só duas pessoas da mesma família poderão acumular o auxílio emergencial.

Para quem recebe o Bolsa Família, o texto ainda permite que o beneficiário substitua temporariamente o programa pelo auxílio emergencial, se o último for mais vantajoso.

Inicialmente, o auxílio previsto no parecer do relator era de R$ 500, mas, após a articulação de um acordo com o governo federal, o valor passou a ser de R$ 600.

Pouco antes, em uma live realizada pelo Facebook, o presidente Bolsonaro havia dito que, após conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o governo defendia inicialmente que o auxílio fosse de R$ 200, “ele resolveu triplicar”. “Deu o sinal verde”, acrescentou Bolsonaro.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), elogiou a construção de um acordo entre Legislativo e Executivo, relação geralmente marcada por atritos. Maia ponderou que, mesmo com divergências, é preciso haver um ambiente de diálogo para buscar soluções para “salvar vidas e encontrar o melhor caminho para que a economia sofra menos”.

BPC

O projeto de lei pretende ainda resolver um impasse em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é pago, no valor de um salário mínimo por mês, a idosos ou pessoas com deficiência de baixa renda.

O Congresso Nacional havia ampliado o limite de renda para ter direito ao pagamento do benefício, que valeria já para este ano. Com isso, mais pessoas passariam a ser beneficiadas, elevando as despesas públicas.

O presidente Jair Bolsonaro vetou o projeto alegando que não havia sido indicada fonte de receita, mas os parlamentares depois derrubaram esse veto.

O governo federal, então, recorreu ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que a ampliação do limite valesse apenas a partir do ano que vem.

O ministro do TCU Bruno Dantas atendeu o pedido do governo, mas, no último dia 18, voltou atrás e suspendeu a sua decisão por 15 dias.

O projeto aprovado nesta quinta pela Câmara tenta resolver esse imbróglio. O texto define a partir de quando as novas regras passarão a valer. A proposta, porém, cria exceções diante da crise do novo coronavírus.

Pelo projeto, terão direito ao benefício pessoas com mais de 65 anos ou com deficiência que tenham renda familiar per capita:

    igual ou inferior a um quarto do salário-mínimo, até 31 de dezembro de 2020;
    igual ou inferior a meio salário-mínimo, a partir de 1° de janeiro de 2021.

No entanto, diante da pandemia do coronavírus, o projeto abre brecha para ampliar o critério da concessão de benefício ainda neste ano.

O benefício poderá ser concedido para quem recebe até meio salário mínimo per capita, em escala gradual a ser definida em regulamento, de acordo com uma série de fatores agravados pela pandemia, como comprometimento socioeconômico familiar.

Antecipação

O projeto também prevê a antecipação do pagamento do auxílio para quem ainda está na fila do BPC para pessoa com deficiência e do auxílio-doença. No caso do BPC, o projeto prevê pagamento de R$ 600. Para o auxílio-doença, o valor é de um salário mínimo.

Metas

A Câmara votou ainda um projeto de lei que suspende por 120 dias, a contar do dia 1º deste mês, a obrigatoriedade de manter as metas quantitativas e qualitativas exigidas de entidades de saúde que prestam serviço no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O texto vai ao Senado.

Autor do projeto, o deputado Pedro Westphalen (PP-RS) argumenta que, devido à pandemia de coronavírus no país, os hospitais tiveram que redirecionar sua atuação.

Ele pondera que cirurgias marcadas, por exemplo, têm sido canceladas para priorizar o atendimento aos pacientes com Covid. E, por essa razão, os prestadores não têm mais condições de cumprir as metas nesse período.

Como o repasse de recursos é condicionado ao cumprimento das metas, o objetivo do projeto é garantir que as entidades continuem recebendo a verba.

Atestado

A Câmara também aprovou projeto de lei apresentado pelo deputado Alexandre Padilha (PT-SP) que dispensa o trabalhador que estiver doente de apresentar atestado pelo prazo de sete dias, em situação de emergência de saúde, pandemia ou epidemia quando houver imposição de quarentena.

A partir do oitavo dia, no entanto, o empregado precisará apresentar documento de uma unidade de saúde ou um atestado eletrônico, regulamentado pelo Ministério da Saúde, que comprove seu estado de saúde.


Por Luiz Felipe Barbiéri, Fernanda Calgaro e Elisa Clavery, G1 e TV Globo — Brasília

26/03/2020 21h26

MPF PEDE INVESTIGAÇÃO FEDERAL SOBRE EXPEDIÇÃO DE MISSIONÁRIO AMERICANO A TERRAS INDÍGENAS COM POVOS ISOLADOS NA AMAZÔNIA



Imagem do perfil de Andrew Tonkin nas redes sociais Foto: Reprodução Facebook

Em tempos de coronavírus, contato pode desencadear grande mortandade ou mesmo dizimar populações inteiras, sustenta PGR; religioso tem 24 horas para prestar esclarecimentos

RIO –  O Ministério Público Federal (MPF) pediu abertura de inquérito à Polícia Federal para investigar a denúncia feita por lideranças indígenas sobre uma expedição preparada pelo missionário americano Andrew Tonkin a terras indígenas no Vale do Javari, na Amazônia. Nesta terça-feira, O GLOBO mostrou que representantes dos povos  Marubo e Mayoruna (Matsés) tiveram acesso a reuniões na qual religiosos estrangeiros se organizavam para seguir viagem com a missão de contatar índios isolados na região, o que fere a política de não contato  estabelecida pela Constituição de 1988.

A 6ª Câmara de Coordenação e Revisão de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais deu até as 16h desta quinta-feira para que o missionário preste esclarecimentos ao MPF. A Funai também foi notificada para se manifestar sobre a denúncia dos indígenas da região. De acordo com o o MPF, em tempos de coronavírus, a expedição pode representar “grave risco à saúde dos indígenas, uma vez que são  extremamente vulneráveis a doenças, podendo seu contato desencadear grande mortandade ou mesmo dizimar populações inteiras”.

Índios Korubo contatados em 2015: a lei determina que iniciativas de aproximação com grupos isolados devem partir deles próprios, cabendo ao governo federal proteger suas terras Foto: Funai/Agência O Globo.

Deputado usa motosserra contra bloqueio em Terra Indígena de Roraima; assista
O deputado estadual Jeferson Alves (PTB-RR) serra o tronco e corta a corrente que bloqueava o acesso à BR-174, onde vivem os índios Kinja, na TI Waimiri-Atroari Foto: Divulgação
‘Um índio pode morrer em 24 horas após contrair uma gripe’, diz ex-presidente da Funai

‘Nunca vi um presidente da Funai que não gosta de índio’, afirma subprocurador

O subprocurador-geral da República responsável pela 6ª Câmara,  Antônio Bigonha, argumenta no ofício que além de riscos à saúde dos índios e outras ilegalidades,  a entrada sem autorização por esses missioários em território indígena pode configurar crime contra a saúde pública.

Andrew terá que se manifestar sobre o conteúdo da reportagem do GLOBO e informar se tem autorização oficial para ingresso em terra indígena, quem financia a referida expedição e, ainda, o nome de possíveis outras pessoas envolvidas na jornada.

Questionada, a Funai diz que não foi consultada para entrada de missionários em terras indígenas no Vale do Javari.

“Convém ressaltar que o ingresso em Terra Indígena sem autorização configura invasão de território da União e tem suas consequências legais”, diz a nota do órgão.

Ao GLOBO Tonkin chamou de “fofoca” as acusações e afirmou que as pessoas só “pensam em dinheiro”. Ele alega que está no Iraque, mas não disse quando teria viajado e nem o motivo. Nas redes sociais, o missionário postou imagens caminhando por uma cidade do oriente médio. As lideranças indígenas dizem que ele mente e está em Benjamin Constant, cidade próxima à Atalaia.

Drones, GPS e telefone por satélite

 

Relatos de lideranças dos povos  Marubo e Mayoruna (Matsés) apontam que o religioso reuniu índios convertidos e outros integrantes da organização “Frontier International” durante as últimas semanas para fazer uma expedição ao Igarapé Lambança, território habitado por indígenas não contatados, localizado no interior do Vale do Javari.

Conflito por terra: Um terço dos assassinatos de índios no Brasil é registrado no Maranhão

“Eles estão comprando lanterna e equipamentos para tentar entrar novamente. Andrew disse que já recebeu a autorização dos céus, lá em cima, e não tem lei maior que essa que possa proibir a sua entrada”, revela ao GLOBO um religioso indígena que teve acesso à reunião de missionário estrangeiro com outro pastor conhecido como Josiash Mcintyre.


Hidroavião monomotor usado pelos missionários nos sobrevoos às aldeias no Vale do Javari . Na foto, Wilson Kannenberg e Andrew Tonkin atrás do indígena Foto: Facebook/Reprodução


A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) confirmou que foi avisada sobre os planos dos missionários liderados por Tonkin.

– Eles vêm promovendo reuniões com alguns indígenas em Atalaia do Norte, sobretudo, os catequizados, com a finalidade de organizar uma entrada ilegal na Terra Indígena Vale do Javari – afirma o coordenador da Univaja, Paulo Marubo.

– Já existe uma logística toda elaborada para acessar os isolados do Lambança – afirma Marubo . – Eles têm armas de fogo, drones, computadores, GPS e telefone por satélite.

O GLOBO apurou que eles pretendem utilizar o mesmo hidroavião monomotor com que já fizeram outras investidas para chegar ao povo Korubo, que habita o Igarapé Lambança. A aeronave pertenceria ao líder religioso Wilson Kannenberg.

‘Tocar fogo’

Após a publicação da reportagem do GLOBO, a Univaja relatou ter sofrido nesta quarta-feira ameaças de um dos religiosos lilgados a Tonkin. “As 17:00hs o pastor Josias norte-americano acompanhado por um jovem indígena Marubo por nome de Marcelo Marubo que reside no BR 307, ( Maloca do Estêvão) invadiu a UNIVAJA e ameaçou a equipe da UNIVAJA e ainda disse para os mesmos que vai tocar fogo no prédio da UNIVAJA.”

Tonkin foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF), à Funai e à Polícia Federal (PF) em duas tentativas de entrar ilegalmente em terras indígenas. No ano passado, ele entrou sem autorização na região onde vivem os isolados perto do rio Itacoaí, oeste do Amazonas.

– Ele pretendia fazer contato com os isolados Korubo e foi visto em meados de setembro acompanhado de um pastor indígena Mayouruna — afirmou ao GLOBO o coordenador da Univaja, Paulo Marubo.

Em fevereiro, O GLOBO mostrou que a investida de evangelizadores na região já atinge 13 dos 28 povos reconhecidos em situação de total isolamento. Além do Javari, com o registro de ameaça a 10 povos confirmados, há ainda outras ocorrências nas terras indígenas Mamoadate, na Cabeceira do Rio Acre, e Hi-Merimã, no Rio Purus (AM).

A lei brasileira determina que iniciativas de contato com os grupos de isolados devem partir deles próprios, cabendo ao governo federal proteger e demarcar suas terras, não sendo permitido o ingresso de missionários religiosos, madeireiros, garimpeiros e outras pessoas desautorizadas nas terras indígenas.
Americano se reuniu na Funai

A Funai confirma que Tonkin já foi chamado a prestar esclarecimentos em sua sede, em Brasília.

Ele, no entanto, nega que tenha ido a Brasília para isso.

– Fui conversar com lideranças da Funai sobre parcerias que podem ser feitas para trabalhar juntos, trazendo educação e esperança para aquelas comunidades que estão sofrendo por causa de alcoolismo, drogas, suicídio e abuso – disse ao GLOBO em fevereiro.

– Estive na capital no ano passado se não engano era a mês de novembro por aí, conversei com Dr. Badaró, Dr. Almeida, e Dr. Freitas. Eles me deram boas informações e orientações.

Badaró foi nomeado assessor direto do presidente da Funai, Marcelo Augusto Xavier da Silva. Formado em Antropologia, ele foi indicado para acompanhar estudos e pesquisas do órgão, incluindo as de demarcações de terras indígenas. Ele já disse em entrevista ser contra a delimitação dessas áreas.

“Ele esteve em nossa sede tão somente no âmbito da Ouvidoria do órgão e não foram encaminhadas ou estabelecidas quaisquer parcerias com o Sr. Andrew Tonkin”, diz a Funai.

No site Frontier International Mission que se intitula “um ministério batista de livre arbítrio”, cujo lema é “conhecê-lo é fazê-lo saber”, Tonkin aparece como líder missionário.

Coronavírus é ameaça

O MPF apura ao menos 21  denúncias envolvendo missões religiosas em Terras Indígena, entre elas casos envolvendo a Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB), onde atuou o ex-missionário e hoje coordenador da área de indígenas isolados da Funai, Ricardo Lopes Dias.

Também em fevereiro, a revista “Época” revelou que a MNTB adquiriu a compra de um helicóptero, avaliado em R$ 4 milhões,  para auxiliá-los na evangelização de índios isolados.

A MNTB atua na evangelização de índios na Amazônia desde os anos 1950. Tonkin afirma que tem ligação com a organização religiosa, que nega. “Queremos afirmar que o missionário Andrew Tonkin nunca fez parte do corpo de missionários da MNTB, sequer mantendo vínculo com a missão”, afirma o presidente da organização, Edward Luz. Em nota a entidade, diz que não trabalha com povos isolados, sem contato.

– A nossa preocupação é que em pleno contexto de pandemia do coronavirus ainda há a insistência de grupos proselitistas fundamentalistas atuando com esse fim, uma  atitude irresponsável e criminosa – afirma Marubo.

Nesta segunda-feira, após recomendação do MPF,  a Funai recuou da portaria que estabelecia medidas temporárias de combate ao novo coronavírus, que contrariava o próprio regimento do órgão ao tirar da Coordenação-Geral de Índios Isolados a atribuição de contatar esses povos.

O MPF sustentou na recomendação que as coordenações regionais “não têm entre suas atribuições a competência para executar ações de contato e pós contato, nem dispõem, no seu quadro de pessoal, de servidores com capacitação específica para lidar com as especificidades das políticas voltadas aos povos isolados e de recente contato, especialmente em situação de crise epidemiológica”.

Em sua publicação das medidas temporárias de prevenção à infecção e propagação da Covid-19, o artigo 4º da portaria determinava a suspensão de todas as atividades que implicassem no contato com comunidades indígenas isoladas, porém, estabeleceu que essa suspensão seria revista se tivesse autorização das coordenações regionais “caso a atividade seja essencial à sobrevivência do grupo isolado”.

A nova portaria devolve a atribuição de analisar situações de extrema urgência à coordenação-geral e anula as iniciativas de contato com as comunidades indígenas isoladas. “Ficam suspensas todas as atividades que impliquem o contato com comunidades indígenas isoladas”.

De acordo com o MPF, uma ação de contato por instância sem capacidade legal e técnica para tomar decisões referentes aos povos isolados “pode agravar a exposição à Covid-19 de povos que já têm pouca ou nenhuma capacidade de resposta imunológica ao vírus”.


Fonte:O GLOBO/Daniel Biasetto

26/03/2020 – 09:18

terça-feira, 24 de março de 2020

NOVO PROGRESSO TEM RUAS VAZIAS COM PANDEMIA DE CORONAVÍRUS E DECRETO QUE FECHA COMÉRCIO



Ruas do Centro de Novo Progresso ficam vazias com o avanço da pandemia de coronavírus) Foto: Via WhatsApp Jornal Folha do Progresso)

Decreto do Governo do Estado que determina fechamento de serviços não essenciais entrou em vigor nesta sexta-feira (21). Comerciantes de Novo Progresso tomaram iniciativa e não abriram as portas nesta segunda-feira(23).

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Com o decreto do Governo do Estado do Pará que determina o fechamento do comércio no estado até o dia 30 de março em decorrência da pandemia do novo coronavírus, a movimentação nas ruas e estabelecimentos de Novo Progresso tem diminuído. O Centro da cidade, bairro com grande aglomerado de comerciantes e vendedores ambulantes, é um dos mais afetados.

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O veto faz parte das medidas de prevenção do novo coronavírus na região. Passageiros ficarão retidos na cidade de Açailândia, no Maranhão.
O governador do Pará, Helder Barbalho, anunciou nesta segunda-feira (23) que proibiu a entrada de um trem de passageiros da mineradora Vale no estado. A medida, publicada em uma rede social, faz parte das medidas de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19) na região.

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Sespa confirma quinto caso de coronavírus no Pará.

De acordo com Helder, o trem com passageiros ficará retido na cidade de Açailândia, no Maranhão. Ainda não há previsão para quando a entrada dos trabalhadores no estado seja liberada.

Em nota, a Vale informou que os passageiros que tinham como destino as cidades paraenses atendidas pelo trem serão ressarcidos do valor pago e poderão retornar aos pontos de embarque de origem utilizando o próprio trem de passageiros, que voltará para São Luís ainda nesta noite. Os passageiros terão ainda a possibilidade de remarcar as passagens para outra data. Mais informações podem ser obtidas por meio do canal de atendimento Alô Ferrovias (0800 285 7000).

Fechamento de fronteiras

Na última sexta-feira (20) Helder anunciou a suspensão das viagens de ônibus interestaduais por 15 dias. A medida que entrou em vigor no domingo (22) também diz respeito as viagens hidroviárias.

Em relação às viagens aéreas, Belém ainda recebe voos de outros estados. Entretanto, as viagens internacionais que tinham como ponto de embarque ou desembarque a capital paraense foram cancelados. Segundo o governador, o funcionamento dos aeroportos é de responsabilidade do Governo Federal.

Casos no Pará

Até o momento, o Pará possui 5 casos confirmados da doença. Todos os pacientes contraíram o vírus em outros estados do Brasil. Os casos foram registrados nas cidades de Belém e Marabá.


Por G1 PA — Belém

PREFEITURA DE NOVA MUTUM PRORROGA PAGAMENTO DO IPTU E OUTROS TRIBUTOS MUNICIPAIS



A prefeitura de Nova Mutum adotou uma série de medidas emergenciais visando conter os impactos sociais e econômicos causados pela pandemia do novo Coronavírus. Hoje, o prefeito Adriano Pivetta assinou decreto que prorroga em 90 dias o pagamento de tributos municipais.

A medida adia, por exemplo, o pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), que estava com a parcela em cota única programada para 9 de abril. Agora, foi prorrogado para 8 de julho com 10% de desconto. O contribuinte pode optar também pelo pagamento parcelado em cinco vezes com vencimento da primeira parcela também para 8 de julho.

A Taxa de Licença de Funcionamento terá o seu prazo para pagamento prorrogado para o dia 28 de maio e a Taxa de Vigilância Sanitária será adiada para o dia 29 de junho. Já os Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) que tiverem o seu fator gerador ocorrido entre os meses de março e abril terão o prazo para recolhimento até o dia 29 de julho.

As medidas do Decreto também se aplicam as pessoas que adquiriram terrenos, por intermédio dos processos licitatórios abertos pela prefeitura. Elas terão seus prazos para pagamento prorrogado por 90 dias a partir do mês de março. Segundo a assessoria, o Departamento de Tributos do Município disponibilizará boletos com as novas datas.


Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

PREFEITURA FISCALIZA COM APOIO DA POLÍCIA EMPRESAS QUE ABRIRAM EM SINOP MESMO COM DECRETO PROIBINDO



A prefeitura de Sinop desenvolveu, esta tarde, uma força tarefa para fiscalizar estabelecimentos comerciais que continuam abertos mesmo após o decreto emergencial que entrou em vigor hoje. A equipe de fiscalização foi formada por membros da secretaria de Finanças e Orçamento, fiscais da Vigilância Sanitária, Guarda Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.  Não foi informada quantas acabaram sendo obrigadas a fechar. Pela manhã, no centro, uma loja de departamentos foi inspecionada pela fiscalização e fechou as portas. A ação deve se estender nos próximos dias.

“As abordagens foram bastante amistosas e aos que não estavam permitidos pelo decreto para funcionarem, foi pedido, gentilmente, que fechassem” explicando “porquê estavam pedindo, reforçando a questão da necessidade e da segurança”, informou a assessoria. Não foi apontado quantas empresas não estavam seguindo o decreto, baixado sábado.

Ainda foi reforçado que o primeiro passo das equipes é orientação, no entanto caso haja resistência ou reincidência por parte dos empresários haverá a aplicação de sanções. A equipe fiscalizadora se dividiu em duas frentes de trabalho, sendo que uma iniciou no bairro Alto da Glória e veio percorrendo sentido centro, e outra começou no Camping Club e também teve como destino a região central.

Além disso, em alguns estabelecimentos como distribuidoras de gás e agropecuárias, os servidores do executivo orientaram o fechamento e recomendaram o atendimento por telefone, com uma pessoa desenvolvendo o sistema delivery.

Visando o atendimento geral ao decreto, a prefeitura disponibilizou um canal para que o cidadão possa denunciar quem descumprir a determinação. Basta entrar em contato pelo telefone (66) 9 9994-8588.

O decreto autoriza funcionamento de empresas de serviços essenciais – supermercados, farmácias, padarias, postos de combustíveis, geração de energia e gás, assistência médica hospitalar, tratamento de água, esgoto e coleta de lixo, bancos, cooperativas, lotéricas estão autorizadas a atender. O serviço de delivery (entrega de produtos também pode ser feito).

Conforme Só Notícias já informou, o fechamento do comércio como medida preventiva para evitar contágio da doença tem apoio da CDL e Associação Comercial e Empresarial. A estimativa é de 12 mil empresas fiquem fechadas por duas semanas.


Só Notícias/Luan Cordeiro (foto: assessoria)

segunda-feira, 2 de março de 2020

Novo Progresso - Bandido armado leva dinheiro do caixa e um celular em assalto no Posto Curuá.



Um assalto aconteceu no início da tarde desta sexta – feira (28) em Novo Progresso. A vítima dessa vez foi o Auto Posto Curuá, na saída para Alvorada da Amazônia.

Funcionários relataram que um homem chegou no estabelecimento, cerca de 14:00 hrs pilotando uma moto Pop de cor preta em vez de encostar para abastecer, estacionou a moto, tirou o capacete e foi em direção ao caixa, anunciou o assalto e apresentou a arma para a funcionária do posto.

Assustada a jovem não esboçou reação e entregou valor que tinha no momento na gaveta. Um celular da funcionária também foi levado pelo ladrão.

Imediatamente a polícia foi comunicada, chegando alguns minutos depois viaturas da Polícia Militar e Civil para verificar o ocorrido. Saíram em disparada em rondas pela cidade visando capturar o meliante, mas nenhum suspeito foi encontrado

A PM está Fazendo ronda para tentar localizar o bandido. Foram solicitadas as imagens das câmaras de segurança do local, para agilizar a identificação do assaltante.



A redação

Caminhão carregado de soja com destino a Miritituba tomba na BR 163 em Novo Progresso..


(Fotos: Jornal Folha do Progresso) – Um caminhão que transportava soja tombou na BR 163, distante 7 km da cidade de Novo Progresso, no início da noite desta sexta-feira (28). O veículo bloqueou parte de uma pista. O motorista teve escoriações pelo corpo. os dois braços e as mãos estavam enfaixadas.
Segundo segundo o condutor da carreta Placa OUM 5873 (BA), identificado apenas como Macarrão , o caminhão partiu da cidade de Santa Carmem, no Mato Grosso, com destino ao Porto de Miritituba no Pará.

O motorista contou, ainda, que tinha o objetivo de chegar na cidade de Novo Progresso onde pernoitaria no Hotel. O acidente aconteceu por volta das 19h ,ao trocar de pista pra escapar de buraco ele perdeu o controle do caminhão e tombou no encostamento da pista contraria.
“Eu vinha ligado nos buracos” até que deparei com estes ai , desviei, mas eu fiquei sem controle”, relatou ao Jornal Folha do Progresso. A carreta ainda invadiu a pista contrária antes de tombar no acostamento. Ele seguia sentido Miritituba.

O carregamento se espalhou completamente às margens da pista. Um caminhão guincho teve de ser acionado, o motorista aguarda liberação da carga pela seguradora para retirar o caminhão. Neste trecho da rodovia não tem atendimento de posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal).


Por: JORNAL FOLHA DO PROGRESSO