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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Aldo e Kátia Abreu criticam ONGs e defendem projeto

O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e a senadora Kátia Abreu (sem partido-TO) fizeram ontem uma ampla defesa do projeto de reforma do Código Florestal brasileiro, cujo substitutivo foi aprovado na Câmara em maio. Ambos participaram de um ciclo de palestras organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e bateram forte na atuação de organizações não governamentais (ONGs) internacionais em assuntos em pauta no Congresso Nacional.

Aldo acusou o Greenpeace de ser uma organização "aventureira e arrogante". "Do alto de sua arrogância, eles quiseram intimidar publicamente o Congresso Nacional quando votamos o Código Florestal", atacou o deputado e relator do projeto. A ex-senadora Marina Silva (sem partido-AC), crítica contumaz das alterações propostas por Aldo, também foi alvo de acusações do deputado. "Enquanto Bill Clinton [ex-presidente dos Estados Unidos], o diretor do filme "Avatar" [James Cameron] e a dona Marina Silva se reuniam em hotéis caros, eu descia o Rio Purus (AC) para conversar com a população local", afirmou.

Kátia Abreu, que se referiu ao deputado como "um brilhante relator, que nos emociona com sua eloquência", disse que os grandes produtores são injustiçados por conta da pauta ambiental. "Nós do agronegócio, que éramos heróis até ontem por termos tirados este país do subdesenvolvimento, começamos a ser tachados de criminosos", observou Kátia, que também preside a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.

A senadora foi interrompida em sua fala duas vezes por militantes ambientalistas presentes ao evento. "Eles estão acostumados ao debate único, não se conformam com argumentos contrários", avaliou a senadora, que se referiu a um dos manifestantes como "assalariado do Greenpeace".

A senadora mostrou-se otimista quanto à possibilidade de rápida aprovação do projeto no Senado. "Na Câmara, foi muito mais duro o debate. Os senadores estarão prontos para votar sem nenhum constrangimento. O texto deve passar pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado até o dia 24 deste mês". Caso o projeto passe por alterações no Senado, voltará para a Câmara dos Deputados. A expectativa da senadora é que o novo Código Florestal passe pelo crivo do Senado até outubro. Para Aldo, o projeto deve cumprir todo o rito no Congresso e estar na mesa da presidente Dilma Rousseff até dezembro.



Fonte: Valor Econômico

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