Segundo o ensinamento da Igreja, a intenção
catequética desta celebração que tem lugar em todo o mundo, ressalta o
chamamento de Cristo a cada pessoa para o seguir e ser santo, à imagem de Deus,
a imagem em que foi originalmente criada e para a qual deve continuar a
caminhar em amor. Isto não só faz ver que existem santos vivos (não apenas os
do passado) e que cada pessoa o pode ser, mas sobretudo faz entender que são
inúmeros os potenciais santos que não são conhecidos, mas que da mesma forma
que os canonizados igualmente vêem Deus face a face, têm plena felicidade e
intercedem por nós. O Papa João Paulo II foi um grande impulsionador da
"vocação universal à santidade", tema renovado com grande ênfase no
Segundo Concílio do Vaticano.
Nesta celebração, o povo católico é conduzido
à contemplação do que, por exemplo, dizia o Cardeal Beato John Henry Newman:
não somos simplesmente pessoas imperfeitas em necessidade de melhoramentos, mas
sim rebeldes pecadores que devem render-se, aceitando a vida com Deus, e
realizar isso é a santidade aos olhos de Deus.
A comunhão com os santos: «Não é só por causa
do seu exemplo que veneramos a memória dos bem-aventurados, mas ainda mais para
que a união de toda a Igreja no Espírito aumente com o exercício da caridade
fraterna. Pois, assim como a comunhão cristã entre os cristãos ainda peregrinos
nos aproxima mais de Cristo, assim também a comunhão com os santos nos une a
Cristo, de quem procedem, como de fonte e Cabeça, toda a graça e a própria vida
do Povo de Deus»
«A Cristo, nós O adoramos, porque Ele é o
Filho de Deus;
quanto aos mártires, nós os amamos como a
discípulos e imitadores do Senhor;
e isso é justo, por causa da sua devoção
incomparável para com o seu Rei e Mestre.
Assim nós possamos também ser seus
companheiros e condiscípulos!».
Martyrum sancti Polycarpi 17, 3: SC 10bis,
232 (FUNK 1, 336).
Quando a Igreja, no ciclo anual, faz memória
dos mártires e dos outros santos, «proclama o mistério pascal» realizado
naqueles homens e mulheres que «sofreram com Cristo e com Ele foram
glorificados, propõe aos fiéis os seus exemplos, que a todos atraem ao Pai por
Cristo, e implora, pelos seus méritos, os benefícios de Deus».
«Os cristãos, de qualquer estado ou ordem,
são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade». Todos são
chamados à santidade: «Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt
5, 48):
«Para alcançar esta perfeição, empreguem os
fiéis as forças recebidas segundo a medida em que Cristo as dá, a fim de que
[...] obedecendo em tudo à vontade do Pai, se consagrem com toda a alma à
glória do Senhor e ao serviço do próximo.
Assim crescerá em frutos abundantes a
santidade do povo de Deus, como patentemente se manifesta na história da
Igreja, com a vida de tantos santos»
Imagens ilustrativas e textos extraídos do
Google
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