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terça-feira, 21 de junho de 2011

Jucepa determina abertura de sindicância

O presidente da Junta Comercial do Pará (Jucepa), Artur Tourinho, determinou ontem a abertura de uma comissão de sindicância para apurar possível envolvimento de servidores do órgão na alteração contratual da empresa J.C. Rodrigues que tem nome fantasia de Croc Taioca. A empresa pertence a José Carlos Rodrigues de Souza, ex-marido de Daura Hage que fazia parte da comissão de licitações da Assembleia legislativa do Pará.

Entre os anos de 2005 e 2006, a Croc e outras empresas de parentes de Daura Hage teriam firmado contratos que somaram cerca de R$ 8 milhões com a AL. Embora tivesse como razão social o beneficiamento e venda de farinha de tapioca, a Croc chegou a fornecer materiais de construção e até computadores para AL.

A suspeita é de que, em 2007, quando algumas suspeitas contra os negócios da Croc com a AL se tornaram públicas, o contrato social da empresa teria sido alterado retroativamente para “esquentar” os processos de compra com a AL.

Em conversa gravada por José Carlos Rodrigues - dono da Croc - o servidor da AL Sandro Rogério Matos contou que subornou servidores da Junta Comercial do Pará para fazer as alterações.

“Nessa época eu nem era da comissão ainda. Ai como é que a gente vai fazer? Eu tive que ir na Junta Comercial pagar Deus e o mundo para trocar aquela porra”, disse Sandro.

SERVIDORES

A comissão será formada pelos servidores Artur José Jansen Novaes e Túlio Vieira César, além de Getúlio Teixeira da Silva, que atuará como presidente.

A abertura da sindicância foi sugerida pela procuradoria da Jucepa, após divulgação da gravação, com base na lei que determina que “a autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa”.

A comissão terá prazo de 30 dias para encerrar a apuração, mas esse prazo pode ser prorrogado “mediante solicitação da comissão e a critério da autoridade superior, por igual período”.

SUSPEITA

A suspeita é de que, em 2007, quando algumas suspeitas contra os negócios da Croc com a AL se tornaram públicas, o contrato social da empresa teria sido alterado retroativamente para “esquentar” os processos de compra com a AL.


(Diário do Pará)

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