Maior
lote da história vai pagar R$ 2,5 bilhões aos contribuintes.
Valor
deve ser creditado automaticamente na conta nesta sexta-feira.
SAIBA TUDO
SOBRE O IR 2012
A Receita
Federal começa a pagar nesta sexta-feira (15) o primeiro lote de restituições
do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2012 e lotes residuais dos últimos
anos. Segundo o Fisco, este será o maior lote multiexercício da história,
totalizando R$ 2,5 bilhões.
Serão
creditadas por depósito bancário, simultaneamente, as restituições referentes
ao 1º lote do exercício de 2012 (ano calendário 2011) e lotes residuais dos
exercícios de 2008, 2009, 2010 e 2011 para 1,88 milhão de contribuintes,
segundo a Coordenação Especial de Ressarcimento, Compensação e Restituição –
Corec da RFB.
Em relação
ao IR 2012, serão pagos R$ 2,4 bilhões relativos ao primeiro lote, segundo o
Fisco. Desse total, 1,46 milhão referem-se aos contribuintes idosos, que têm
prioridade segundo o Estatuto do Idoso e vão receber o correspondente a R$
1,828 milhão. Para os lotes residuais a Receita informa que serão pagos R$
98,885 milhões.
Com essa
liberação multiexercício, o Fisco iguala o recorde anterior, também de R$ 2,5
bilhões, pago em outubro do ano passado, e ultrapassa o valor pago em junho de
2011 - R$ 2 bilhões em restituições, sendo R$ 1,9 bilhão do primeiro lote de
2011 e R$ 100 milhões dos lotes residuais de anos anteriores.
Se o valor
não for creditado, o contribuinte deve ir pessoalmente a qualquer agência do
Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone
4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088
(deficientes auditivos), para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança,
em seu nome, em qualquer banco.
Regras do IR
deste ano
Neste ano,
foram recebidas 25,2 milhões de declarações do Imposto de Renda dentro do prazo
regulamentar, ou seja, entre o início de março e o final do mês de abril.
A declaração
pôde ser entregue pela internet ou via disquete, nas agências do Banco do
Brasil ou da Caixa Econômica Federal, durante o seu horário de expediente. A
entrega do documento, via formulário, foi extinta em 2010.
A ordem de
recebimento das restituições do Imposto de Renda está relacionada com a data de
envio do documento. Quem apresentou a declaração do IR mais cedo, no início do
prazo, sem erros ou omissões, tende a receber a restituição do IR mais
rapidamente.
Processo de
autorregularização
O Fisco lembra
que os contribuintes já podem saber se há inconsistências em suas declarações
do Imposto de Renda deste ano e se, por isso, caíram na malha fina do Leão, ou
seja, se tiveram seu IR retido para verificações.
Essas
informações estão disponíveis por meio do extrato da Declaração do Imposto de
Renda Pessoa Física de 2012, disponível no portal e-CAC da Receita Federal.
Para acessar é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página
da Receita Federal, ou certificado digital emitido por autoridade habilitada.
Veja o passo a passo do extrato do IR
De acordo
com a Receita Federal, o acesso ao extrato, por parte dos contribuintes, também
permite conferir se as cotas do IRPF estão sendo quitadas corretamente;
solicitar, alterar ou cancelar débito automático das quotas, além de
identificar e parcelar eventuais débitos em atraso, entre outros serviços.
Do
G1, em São Paulo
Jatene promete “zerar”
desmatamento na Rio + 20
(Foto: Everaldo Nascimento)
O governador
Simão Jatene assumiu em nome do governo do Estado um compromisso ousado, mas
segundo ele, possível de ser executado. A partir de 2020 o Pará terá uma meta
de desmatamento líquido zero. O conceito é novo e quer dizer que a partir do
ano estipulado, todo desmatamento no estado terá de ser obrigatoriamente
compensado com o replantio do que foi derrubado em outra área anteriormente
alterada.
O
compromisso foi assumido durante o debate sobre o Programa Municípios Verdes,
no Espaço Humanidade, no Forte de Copacabana, durante a Conferência Rio + 20.
“Vamos além do que estabelece a meta nacional, que é de 80%”, disse o
governador.
Ao lado do
pesquisador do Instituto do Meio Ambiente da Amazônia,Adalberto Veríssimo, do
procurador da República Daniel Azeredo, do presidente do Sindicato dos
Produtores Rurais de Paragominas, Mauro Lúcio Costa e do prefeito de
Paragominas, Adnan Demarchki, Jatene afirmou que esse é o momento de que se
acabem com as visões maniqueístas sobre a Amazônia. “Inferno verde, celeiro,
almoxarifado,nenhuma dessas definições ajudam a entender o novo papel da
Amazônia.
Ela é uma
prestadora de serviços ambientais, sim, mas temos de ter a ideia de que a
qualidade de vida para os que moram na região é fundamental também”.O
governador afirmou que a ideia para controlar o desmatamento é ir além de
mecanismos de monitoramento e fiscalização.
O eixo
será,segundo ele, ampliar as áreas protegidas, possibilitar incentivos à
economia de base florestal e aumentar a eficiência das atividades como a
pecuária de grande expressão rural do estado.
PASSO
INICIAL
O passo
inicial para a implantação do programa em Paragominas, foi dado pelo Ministério
Público Federal, com os acordos para a sustentabilidade na cadeia da pecuária,
iniciada em 2009, depois do embargo da carne ilegal no município.
Daquele ano
até o final de 2011, o número de propriedades inscritas no Cadastro Ambiental
Rural (CAR) saltou de menos de mil para 46,8 mil. Diversos municípios saíram da
lista dos maiores desmatadores da Amazônia com a iniciativa. E não deixaram de
produzir.
“Precisamos
trazer a rentabilidade para dentro desse jogo”, destacou o governador. É o que
os representantes de Paragominas enfatizaram como fundamental para transformar
o município de um dos vilões do desmatamento, para exemplo a ser disseminado.
“Recuperamos empregos e estamos verticalizando a produção”, disse o prefeito de
Paragominas.
“Estamos agora
com indústrias de móveis com madeira certificada e com um frigorífico para
animais de pequeno porte”.
Apesar da
diplomacia, há controvérsias
Se quase
nada funcionou a contento no primeiro dia da Rio + 20, o mesmo pode ser dito em
relação às expectativas concretas que começam a ser delineadas pelos delegados
dos países que foram encarregados de costurar um acordo mínimo a ser discutido
pelos países na semana que vem. O clima é de diplomacia, mas a aparente
cordialidade, que culminou com um coquetel reservado aos membros das
delegações, esconde o fato de que pelo menos 200 parágrafos do documento a ser
elaborado e assinado pelos países estão ainda longe de um consenso.
As
divergências foram encaradas como naturais pela presidenta Dilma Rousseff no
discurso de abertura da conferência, quarta-feira. “Nós assistiremos à
discussão sobre o futuro que queremos para nós, para nossos filhos e nossos
netos, mas no presente temos de ter a responsabilidade”, disse a presidenta.
Uma das
discordâncias é o fundo de 30 bilhões de dólares proposto por Brasil e China
para programas ambientais e de sustentabilidade, visando principalmente os
países economicamente mais pobres. A ideia encontra fortes resistências entre
os países financeiramente mais ricos, que se recusam a aumentar o que chamam de
gastos.
“Precisamos
ampliar o diálogo entre Brasil e China nesse setor. São países com muitas
diferenças, mas que têm responsabilidades no desenvolvimento sustentável do
planeta”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, à RBATV e ao
DIÁRIO DO PARÁ.
Para
ministro, evento é agenda futura positiva
O ministro
das Relações Exteriores Antonio Patriota visitou o espaço Humanidade pela
manhã. Foi lacônico aos jornalistas, mas enfatizou que o evento é positivo como
agenda futura. Os números comprovam a afirmação do ministro. Houve um aumento
de 30% em relação aos chefes de Estado que confirmaram presença na Rio + 20.
No
primeiro dia, 37 países haviam montado pavilhões no Parque dos Atletas, próximo
ao Riocentro, divulgando experiências positivas no quesito sustentabilidade.
Na cidade do
Rio de Janeiro, o clima é de tranquilidade entre os moradores, mas também de
atropelos, principalmente no trânsito. A chegada das delegações dos países
participantes da conferência vai alterar a rotina de tráfego na cidade.
Esquemas especiais serão montados para a próxima terça-feira, dia em que as
principais autoridades políticas internacionais participam do evento.
A segurança
tem mudado a própria paisagem da cidade. Há soldados do Exército nas ruas,
radar antiaéreo, fragatas da Marinha. A chegada do navio do Greenpeace também
chamou a atenção. A recomendação à população é que se use mais o transporte
público nos próximos dias.
CRÍTICA
As mulheres
devem participar do debate sobre desenvolvimento sustentável porque elas
representam metade da população, e não porque está nas mãos delas conter o
crescimento vegetativo. A opinião é de Lidia Brito, diretora de Políticas
Científicas da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura) e ex-ministra da Ciência de Moçambique.
Em
entrevista exclusiva, Brito criticou o debate “ambiental” de gênero que prega a
educação das mulheres (especialmente de países pobres) visando que elas tenham
menos filhos.
O debate é
recorrente no meio acadêmico. Na última edição da revista científica “Nature”,
temática sobre a Rio+20, pesquisadores da Universidade Stanford, na Califórnia,
EUA, defenderam a igualdade de gênero para frear o aumento populacional - hoje
somos 7 bilhões e podemos chegar a 10 bilhões em 2050.
Os autores
sugeriram que os governantes aproveitem a Rio+20 para discutir a ampliação do
planejamento familiar e do acesso a métodos anticoncepcionais. Isso evitaria o
nascimento de cerca de 20 milhões de crianças ao ano - ou 760 milhões de hoje
até 2050. E mais 500 milhões deixariam de nascer até 2050.
“Devemos
incluir as mulheres, os pobres e as pessoas de todas as cores no debate
ambiental. Ninguém pode ficar de fora”, disse Brito. A promoção de igualdade de
gênero faz parte do documento-base de 80 páginas que dará base às discussões de
chefes de Estado na Rio+20.
A inclusão
feminina no debate ambiental também aparece em eventos paralelos como na Cúpula
de Mulheres, que vai reunir líderes de vários países na próxima semana -
incluindo a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e a presidente Dilma
Rousseff.
“Cada vez
mais as mulheres estão chefiando as propriedades agrícolas”, explica o agrônomo
José Eli da Veiga, do Instituto de Relações Internacionais da USP. “Elas
simplesmente têm de fazer parte do debate.”
(Diário
do Pará)
Para Dilma, etanol concretiza
tema da Rio+20
A presidente
Dilma Rousseff aproveitou uma cerimônia de entrega de selo de boas práticas às
indústrias da cana-de-açúcar para sair em defesa do etanol brasileiro, dizendo
que o combustível concretiza o tema da Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento, a Rio+20, que "é crescer, incluir e proteger". Dilma
também contestou as críticas feitas ao setor sucroalcooleiro e disse que o
etanol sofria de práticas "fraudulentas de competição".
"Neste
ato e nas vésperas da Rio+20, estamos de fato mostrando que o tema da Rio+20,
que é crescer, incluir e proteger, está concretizado aqui no setor
sucroenergético", discursou Dilma, em cerimônia no Palácio do Planalto, um
dia depois de inaugurar o Pavilhão Brasil da Rio+20, na capital fluminense.
"O
Brasil, hoje, tem uma matriz energética das mais renováveis do mundo, porque
tem, na sua composição, principalmente na matriz de combustível, tem o etanol.
Nós estamos dando um passo, portanto, no sentido de cada vez mais mostrar que é
possível, sim, e esse é o tema da Rio+20, produzir, respeitando o meio ambiente
e a legislação social, produzir energia limpa."
Dilma
destacou que havia uma "acusação socioambiental" contra o Brasil por
conta do uso do etanol, supostamente com o objetivo de reduzir a sua
importância como alternativa ao uso de combustíveis fósseis. "Durante
muito tempo o etanol brasileiro foi acusado de duas coisas. Foi acusado, primeiro,
de estar desmatando a Amazônia. E segundo, de utilizar práticas, absolutamente,
incompatíveis com a civilização: trabalho escravo. Este processo era um
processo que nós sabíamos que decorria de práticas, eu diria assim,
fraudulentas de competição."
(AE)
Pecuária do Pará será
discutida na Rio+20
No próximo
dia 20 de junho, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20, o painel “Agropecuária e Sustentabilidade: exemplos de
sucesso” apresentará ao mundo experiências ambientalmente bem-sucedidas de
produção de gado no país.
Promovido
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o evento busca
alternativas econômicas "verdes" para o setor nos próximos 20 anos e
inclui a apresentação de cinco modelos de pecuária sustentável, com destaque
para o projeto Pecuária Verde, promovido no Nordeste do Pará pelo Sindicato dos
Produtores Rurais de Paragominas, com o apoio do Fundo Vale e da empresa Dow
AgroSciences.
Práticas
Sustentáveis
Entre os
cinco cases incluídos na programação, tem destaque a experiência paraense
desenvolvida no município de Paragominas, a ser apresentada por Mauro Lúcio
Costa, presidente do Sindicato local de produtores, diretor executivo do
projeto Pecuária Verde e proprietário da fazenda Marupiara, uma das áreas na
qual as boas práticas agropecuárias têm sido implementadas.
Iniciado em
2011, o trabalho já é considerado um modelo de sucesso no setor de produção
bovina e tem sido realizado por meio de seis fazendas modelos, selecionadas
para mostrar que as boas práticas nas relações trabalhistas, ambientais e no
manejo racional do gado podem contribuir para tornar ultrapassada a visão da
pecuária como sinônimo de desmatamento, maus tratos com animais e trabalho
ilegal.
Paragominas
foi escolhida para a implantação do projeto em função da mudança de atitude
adotada pelo governo local para retirá-lo da lista dos municípios desmatadores
da Amazônia desde 2008 , o que posteriormente serviu de base para a criação de
um programa estadual voltado à disseminação da experiência nos demais
municípios paraenses. “As práticas ambientais no município e dentro das
fazendas estavam bem consolidadas. Então houve a necessidade de se trabalhar
com a pecuária, já que a gente tinha a The Nature Conservancy (TNC) e o
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) trabalhando no projeto
Município Verde”, explica Carla Ferrarini, assessora de gestão de projeto do
Pecuária Verde.
A partir
deste momento, mais de 600 propriedades passaram a ser levantadas por meio de
um diagnóstico realizado pelo Sindicato dos Produtores (SPRP) para o Cadastro
Ambiental Rural (CAR), uma exigência da Secretaria de Estado de Meio Ambiente
do Estado (Sema) para regularizar a situação das propriedades rurais.
Ao verem que
existia uma área verde considerável, os produtores perceberam a oportunidade de
regularizar a situação ambiental de suas propriedades e reverter a relação
entre a pecuária e o desmatamento. “Vimos que o quadro não era tão ruim quanto
nós imaginávamos. Hoje, nós sabemos que sempre houve um bom estoque de recursos
naturais preservados. Não temos mais de 1% de degradação em toda a Área de
Preservação Permanente (APP) levantada para a realização dos Cadastros
Ambientais", conta o palestrante Mauro Lúcio Costa.
Tal
diagnóstico foi realizado com a ajuda de um sistema de geoprocessamento de
imagens, que ajudou a levantar e quantificar as áreas de preservação permanente
e reserva legal (RL) degradadas, assim como as passíveis de serem melhor
aproveitadas por atividades agrícolas.
Além das ONGs
ambientalistas envolvidas, foram contratados para instruí-los a respeito das
formas de intensificar e melhorar o manejo das pastagens consultores da Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) de Piracicaba e da Universidade
Estadual de São Paulo (Unesp). As recomendações dos especialistas são
essenciais para o aumento da produção em áreas menores e já abertas, o que
ajuda a evitar o desmate e a degradação de novas áreas florestais.
Recuperação
- Feito o diagnóstico, para recuperar as áreas degradadas, 60 mil mudas de
árvores foram plantadas em três fazendas do projeto: Santa Maria, Marupiara e
São Luiz.
O objetivo
do projeto é ser um modelo para as demais fazendas do estado e da região.
Segundo Fábio Niedermeier, coordenador da TNC em Paragominas no projeto
Município Verde, somando as propriedades participantes do projeto Pecuária
Verde e outras ligadas ao projeto Município Verde que também iniciaram o
plantio de espécies nativas da Amazônia, inicialmente serão 1280 hectares de
reposição florestal, o que torna a iniciativa pioneira na reposição de plantas
regionais em terras amazônicas.
Além de
melhorar a biodiversidade na área, em cinco anos espécies como o paricá poderão
ser manejadas de forma sustentável. “Além de melhorar a biodiversidade dessas
áreas de reserva legal, haverá um retorno econômico destas florestas para os
produtores”, ressalta Niedermeier.
(DOL com informações de assessoria)
Nenhum comentário:
Postar um comentário