| Materiais apreendidos nas casas e locais de trabalho dos servidores. (Foto: reprodução JT1/G1) |
Renováveis (IBAMA) foi preso e outros dois afastados de suas funções, durante a operação Lupa II da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), em Santarém. A operação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (13), em função que os servidores estariam recebendo propina de donos de madeireiras embargadas para que estas empresas fossem liberadas a funcionar.
Somente o servidor Elton Cândido da Silva Barros foi preso porque ficou claro para o juiz que havia indícios suficientes de que ele abordava os representantes das madeireiras e pedia o dinheiro para fazer a liberação. A ação também resultou no afastamento de dois servidores do órgão, o fiscal Wanderley Santos e a ex-interventora do Ibama em 2014, Silvana Cardin.
As investigações começaram há quase um ano, o inquérito surgiu a partir de denúncias das próprias vítimas (os representantes dessas madeireiras) ao Ministério Público Federal. “Ele emitia pareceres e pedia o dinheiro. A participação dos outros foi um pouco nebulosa. Uma servidora, por exemplo, não teve contato com ninguém, era basicamente uma conjuntura do outro servidor. Não há prova direta contra a servidora afastada, mas por cautela, o juiz entendeu que deveria ser afastada", declara o chefe da Delegacia da Polícia Federal em Santarém, delegado Ricardo Rodrigues.
De acordo com informações da PF, ao todo, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, realizados nas residências e no local de trabalho dos investigados. A PF cumpriu também dois afastamentos cautelares. Foram apreendidos laptops, pen drives, celulares e diversos documentos relacionados ao IBAMA.
O material apreendido será encaminhado para análise e perícia para verificar novas informações que possibilitem a continuidade das investigações. O servidor preso seguirá para o Centro de Recuperação Agrícola ‘Silvio Hall de Moura’, no Cucurunã.
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