Apesar de o
presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), dizer que receberá o
ex-governador José Serra (PSDB) "de braços abertos" caso ele queira
se filiar ao partido, há uma ala que rejeita a hipótese de o tucano se tornar o
candidato da legenda à Presidência em 2014.
A avaliação
de alguns membros do PPS é a de que Serra, que já perdeu duas disputas ao
Planalto para o PT, é um nome já desgastado.
PPS discute
possibilidade de receber Serra
Cúpula do
PPS debate aproximação com tucano
Serra avalia
deixar o PSDB para disputar a Presidência
"O
Serra é um retrocesso do ponto de vista de uma política inovadora que o PPS
está buscando", disse o vereador de São Paulo Ricardo Young, para quem o
tucano representa a "velha política".
Ex-integrante
do PV e ligado ao Movimento da Nova Política, da ex-senadora Marina Silva (sem
partido), Young defende que o PPS coligue com um eventual novo partido de
Marina ou participe da criação de uma nova legenda que agregue o grupo dela.
"O
Serra acabou de sair de uma disputa presidencial. Não teria sentido ele ser
preterido no PSDB e virar candidato do PPS", disse o deputado federal
Arnaldo Jordy (PA).
Zé Carlos
Barretta/Folhapress
Vereador
Ricardo Young (PPS) durante reunião do partido
"Não há
um projeto presidencial para o Serra dentro do partido", afirma o vereador
de Recife e ex-deputado Raul Jungmann (PE).
Serra avalia
trocar de partido para viabilizar sua candidatura à Presidência, já que a
tendência é que o candidato do PSDB seja o senador Aécio Neves (MG).
A possível
ida do ex-governador para o PPS foi apresentada pelo presidente da sigla
durante encontro nacional anteontem em São Paulo.
Uma
avaliação dentro do partido é que a transferência de Serra seja uma bandeira
pessoal de Roberto Freire, amigo do tucano. Freire nega, entretanto, que haja
resistência ao nome do ex-governador.
O deputado
também afirma que a ida de Serra não deve ser condicionada à candidatura dele à
Presidência, mas não descarta a hipótese.
Outras
opções consideradas pelo PPS para 2014 são apoiar o próprio adversário interno
de Serra, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), ou o governador de Pernambuco,
Eduardo Campos (PSB), numa tentativa de rachar a base do governo Dilma.
Um comitê de
articulação abrirá frentes de diálogo com os quatro nomes levantados. (Patrícia
Britto)
DE SÃO PAULO
Folha.uol.com
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