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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Eduardo Campos defende bom senso sobre o fundo para Estados


O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), defendeu nesta sexta-feira (11) que haja "bom senso" nas discussões sobre o modelo de partilha dos recursos do FPE (Fundo de Participação dos Estados) e do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Ele afirmou que deve haver entendimento entre Executivo e Judiciário para que os repasses não sejam paralisados até a votação no Congresso.

Apesar da possibilidade legal de uma convocação extraordinária, Campos acredita que os parlamentares só devem votar o novo modelo em fevereiro, após o recesso. "Os municípios e Estados não podem ficar janeiro e fevereiro sem receber repasse porque não podem abrir mão dessa receita. Todos nós tivemos um ano de 2012 muito duro do ponto de vista tributário e fiscal e precisamos desse repasse", afirmou Campos.

De acordo com ele, a proposta mais próxima de um consenso é a do senador Walter Pinheiro (PT-BA), que prevê a manutenção dos patamares atuais de rateio, com um período de transição para um novo modelo. Enquanto a votação não acontece, Campos espera que Executivo e Judiciário encontrem um meio termo que garanta a manutenção dos repasses.

"Achamos que os poderes constituídos do país vão encontrar um caminho para uma transição de 60 a 90 dias, até que o Congresso cumpra exatamente o que determina a Suprema Corte, que é a votação de um novo marco legal", disse o governador, que também é presidente nacional do PSB.

Campos disse que tratará do tema ainda nesta sexta-feira com o líder o partido na Câmara, o deputado gaúcho Beto Albuquerque.

O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que um novo modelo de distribuição fosse votado até o fim de 2012, o que não aconteceu devido às divergências políticas. O temor de muitos governadores é de que a Corte ordene ao Tesouro Nacional que paralise os repasses, o que para Campos seria um contrassenso.

"O princípio desse fundo é poder apoiar os que mais precisam, fazer um equilíbrio regional. Quem mais precisa são os municípios mais frágeis e os Estados mais fragilizados do ponto de vista econômico. Então há de se convir que há um princípio constitucional que já deixa muito claro que estes não podem ficar esperando um novo marco para receber os recursos. Temos que receber em janeiro como recebemos a cada dez dias", disse o governador.

http://www1.folha.uol.com.br

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