O
brasileiro Anderson Silva nocauteou o americano Chael Sonnen no UFC 148, em Las
Vegas, na madrugada deste domingo, no combate considerado pelos jornais locais
como "a luta do século".
Após
um primeiro round tenso, em que foi dominado por Sonnen, Anderson Silva
aproveitou uma falha do adversário e o nocauteou. O norte-americano ficou
acuado no canto do ring e foi ao chão após uma sequência de socos do
brasileiro.
John Jones afasta a possibilidade de lutar
com Anderson Silva
Após nocaute, Anderson Silva convida Chael
Sonnen para churrasco
Gosto de mal passada", diz Sonnen
sobre churrasco com Anderson Silva
Presidente do UFC enaltece forma física de
Anderson Silva
David Becker/AP
Anderson
comemora a vitória contra Chael Sonnen no UFC 148
Anderson
comemora a vitória contra Chael Sonnen no UFC 148
Anderson
precisou de 1m55s do segundo round para acabar com a luta.
O
primeiro round deu a impressão de que novamente seria uma luta sofrida, como
ocorreu em 2010, quando Anderson Silva teve dificuldades para conseguir a
vitória.
O
brasileiro foi dominado por Sonnen no solo. Ele permaneceu praticamente o
primeiro round inteiro dominado e foi salvo pelo gongo que anunciou o fim do
primeiro round.
No
segundo round, Silva foi novamente acuado, mas dessa vez conseguiu resistir,
sem ir ao chão, e se esquivar do adversário.
E
um momento em que Sonnen tentou golpear Silva e se desequilibrou, indo ao chão,
o brasileiro aproveitou para encaixar uma joelhada no rival e emplacar uma
sequência de golpes que desestabilizaram Sonnen.
Sonnen
foi ao chão e Silva finalizou.
Foi
a 15ª vitória seguida de Anderson Silva no UFC e a décima vez que ele defende o
cinturão dos pesos-médios.
Ao
final da luta, Andeson Silva puxou o norte-americano para perto de si e disse,
em português, que ele havia desrespeitado o Brasil, mas que ele estava ali para
mostrar que os brasileiros são um povo educado e que não tinha nada contra ele.
Sonnen,
um pouco atordoado, ouviu a tradução das palavras sem muita reação,
visivelmente frustrado.
A
transmissão do evento foi feita com delay de 30 minutos na TV aberta.
Assinantes
de canais internacionais e internautas que buscaram links, porém, conseguiram
ver a luta ao vivo e já comentavam nas redes sociais o resultado enquanto o
evento era transmitido.
REAÇÃO
No
Twitter, @rod86neiva disse: "Vitória merecida do Spider... Nossa, meu
coração quase saiu pela boca nesse primeiro round do UFC! Ainda bem que teve o
segundo."
@PaulaSack
disse: "E o Campeao Anderson ainda convidou o Sonnen pra um churrasco em
casa. Sonnen humilhado no UFC 148."
@LarissaTopolski
disse: "Anderson Silva para Chael Sonnen : "Pessoal, vamos aplaudi-lo
e mostrar que no Brasil todos somos educados". - MITOU
@EricoGraca
ironizou a transmissão do evento na TV aberta: "Vai começar ao vivo o
REPLAY da luta do Anderson Silva vs Chael Sonnen UFC 148 :P"
PROVOCAÇÕES
Antes
da luta, Sonnen ironizou o fato de o brasileiro ter dito que o enfrentou com a
costela quebrada em 2010.
Sobre
sua tática para hoje, Sonnen havia prometido: "Não há resposta para um
cara que joga você de costas para o chão e acerta cotovelada atrás de
cotovelada na sua cara".
DE SÃO PAULO
LutasAtualizado às 02h06.
Governo
tem R$ 59 bilhões para investir, mas não consegue gastar.
O
governo federal já acumula em caixa R$ 59 bilhões para investimentos públicos,
que não conseguiu gastar. Esse...
O
governo federal já acumula em caixa R$ 59 bilhões para investimentos públicos,
que não conseguiu gastar. Esse valor é referente a obras previstas nos
orçamentos anuais da União que não saíram do papel. Os recursos foram
"empenhados", mas não "liquidados" e "pagos"
porque o investimento ainda não foi realizado. No jargão técnico, são os
chamados restos a pagar.
O
montante triplicou desde 2007, quando foi lançado o Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC). Naquele ano, estava em R$ 19 bilhões, conforme levantamento
do economista Mansueto de Almeida com base em dados do Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Esses valores são só
restos a pagar comprometidos com investimentos, e não incluem os de custeio das
despesas do Estado.
Boa
parte desse dinheiro fica no caixa do governo por vários anos seguidos. Em
janeiro, o volume de recursos "reinscritos" - que já vinha de anos
anteriores a 2011 - somava expressivos R$ 20,7 bilhões.
Em
2007, eram apenas R$ 1,84 bilhão - ou seja, multiplicaram por dez em seis anos.
"Os valores sugerem que as previsões de investimento são infladas e não se
transformam em obras efetivas. Estão acima da capacidade de execução do
governo", disse Almeida.
Falta
de eficiência. A falta de eficiência da máquina pública e a complexidade do
processo são as principais razões da incapacidade de realizar obras. Os
problemas começam nas licitações, que muitas vezes são questionadas na Justiça,
passam pela dificuldade de obter licenças ambientais, autorizações do Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Fundação Nacional do
Índio (Funai), e chegam até a paralisações de obras pelo Tribunal de Contas da
União (TCU) por irregularidades.
De
acordo com Francisco Gil Castello Branco, secretário-geral da ONG Contas
Abertas, um relatório do Banco Mundial apontou que, entre o governo brasileiro
tomar a decisão de realizar um grande investimento e a obra efetivamente
começar, demora, em média, três anos e dois meses. "O Brasil não tem o
hábito de investir há muito tempo."
Os
restos a pagar começaram a crescer nos anos 2000 por conta do contingenciamento
que o País era obrigado a fazer para cumprir as metas fiscais acertadas com o
Fundo Monetário Internacional (FMI). O ajuste era feito na "boca do
caixa", cortando investimentos para cobrir despesas de custeio. Na época,
não havia espaço fiscal para mais investimentos.
Com
o "boom" das commodities e o crescimento do mercado interno, a
economia brasileira cresceu, elevando a arrecadação. O problema agora não é
falta de dinheiro - embora, mesmo que conseguisse, o governo não poderia gastar
os R$ 59 bilhões acumulados ao longo dos anos ao mesmo tempo, porque
comprometeria a meta de superávit primário. Mas poderia elevar os investimentos
em R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões no ano sem problemas. Também não falta foco, já
que a equipe econômica identificou que elevar os investimentos é o caminho para
o crescimento sustentável. Segundo os analistas, a questão é a capacidade
gerencial.
"A
partir do PAC, houve um esforço estruturado para investir mais, mas a máquina
não consegue dar conta", diz Claudio Frischtak, sócio da consultoria
InterB. Após o fim do ajuste na "boca do caixa", a execução do
investimento público melhorou, mas ainda está longe do ideal. Em 2004, o
governo executou apenas 26,3% dos investimentos previstos. Em 2011, esse
porcentual estava em 43,3%.
Faxina.
Na administração Dilma, outra questão aumentou ainda mais a dificuldade de
investir. A "faxina" promovida pela presidente para combater a
corrupção em alguns ministérios teve o efeito colateral negativo de
desorganizar a administração pública e travar os investimentos. No ano passado,
esse efeito ajudou a conter a inflação e era discretamente comemorado no
governo. Hoje a paralisia dos investimentos atrapalha a recuperação da
economia.
No
primeiro semestre do ano, o governo desembolsou R$ 18,9 bilhões para
investimentos, apenas 2,1% acima dos R$ 18,5 bilhões do mesmo período de 2011,
mas ainda inferior ao primeiro semestre de 2010, conforme o Contas Abertas.
Dilma tem feito um esforço para reduzir os restos a pagar, que responderam por
74% do total investido. O problema é que isso acaba comprometendo o orçamento e
cria uma "bola de neve". Procurado, o Tesouro não deu entrevista.
Por RAQUEL LANDIM, estadao.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário