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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Sargento do Exército mata o namorado e depois se mata. Valter de Carvalho estava com Paulinho no bar cerca de uma hora antes da execução do crime.


Valter de Carvalho estava com Paulinho no bar cerca de uma hora antes da execução do crime

Um dos crimes que mais causou repercussão em Marabá aconteceu na quarta-feira, ao meio dia, em um bar da avenida Castelo Branco, bairro Cidade Nova.

Duas pessoas foram mortas: o braçal Paulo Henriques de Sousa Santos, o “Paulinho”, 21 anos, e o sargento do Exército Brasileiro, Valter Cristiano de Carvalho, 36 anos, que era lotado no Grupamento de Artilharia de Selva (GAC).

Em princípio, moradores das proximidades de onde aconteceu a tragédia pensaram se tratar de um duplo homicídio, contudo a polícia identificou que, na verdade, o militar, que seria homossexual, matou o namorado, o “Paulinho”, e em seguida cometeu suicídio.

Segundo o dono do bar, Antônio Gomes Carvalho, o “Piauí”, o suposto casal chegou ao estabelecimento por volta das 11h e tomou três cervejas. Antônio contou que os dois frequentavam o bar pelo menos três vezes por semana e, geralmente, quando um chegava perguntava pelo outro.

Na manhã de quarta-feira, ambos teriam chegado juntos, sendo que Valter de Carvalho levantou várias vezes da cadeira e saía até a porta do bar, aparentando nervosismo. Em dado momento, ambos discutiram e, de repente, Valter teria se levantado, sacado uma arma e efetuado um disparo certeiro na cabeça de “Paulinho”, que caiu inerte e sem vida. O projétil transfixou a cabeça dele.

“Piauí”, ao ouvir o primeiro disparo, disse que se agachou atrás de um balcão, pensando se tratar de um pistoleiro. Após alguns breves segundos, o dono do bar contou ter ouvido outro barulho de tiro, desta vez, do lado de fora do bar. Quando saiu para checar o que tinha acontecido, se deparou com o corpo de Valter de Carvalho na calçada.

“Foram dois tiros muito rápidos. Ouvi um, me abaixei e, em seguida, mais um tiro. Quando sai pra ver o que tinha acontecido, ele estava morto e o sangue escorrendo na calçada”, narra o comerciante.

No palco do crime apareceu uma adolescente de 15 anos que disse ser a namorada de “Paulinho”. Chorando muito, ela teria confirmado que estava convivendo com ele há três meses. Populares chegaram a comentar que a relação com a mulher teria sido o pivô da discussão entre o militar e “Paulinho”.

A arma usada no crime, uma pistola calibre 9 milímetros de uso exclusive do Exército Brasileiro, deve ser periciada, assim como, as razões pelas quais o militar estava usando, já que estava de folga e fora do quartel.

Exército: O homicídio, seguido de suicídio de Paulo Henriques de Souza Santos e do sargento Valter Cristiano de Carvalho deve ser investigado paralelamente pelo Exército Brasileiro (EB). A informação partiu do primeiro tenente Tiago de Paula, que entre outras coisas, comentou que deve ser aberto um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias do episódio. O trabalho de investigação deve ser feito com o apoio da Inteligência do EB.

Fonte: Diário do Pará

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