Valter
de Carvalho estava com Paulinho no bar cerca de uma hora antes da execução do
crime
Um
dos crimes que mais causou repercussão em Marabá aconteceu na quarta-feira, ao
meio dia, em um bar da avenida Castelo Branco, bairro Cidade Nova.
Duas
pessoas foram mortas: o braçal Paulo Henriques de Sousa Santos, o “Paulinho”,
21 anos, e o sargento do Exército Brasileiro, Valter Cristiano de Carvalho, 36
anos, que era lotado no Grupamento de Artilharia de Selva (GAC).
Em
princípio, moradores das proximidades de onde aconteceu a tragédia pensaram se
tratar de um duplo homicídio, contudo a polícia identificou que, na verdade, o
militar, que seria homossexual, matou o namorado, o “Paulinho”, e em seguida
cometeu suicídio.
Segundo
o dono do bar, Antônio Gomes Carvalho, o “Piauí”, o suposto casal chegou ao
estabelecimento por volta das 11h e tomou três cervejas. Antônio contou que os
dois frequentavam o bar pelo menos três vezes por semana e, geralmente, quando
um chegava perguntava pelo outro.
Na
manhã de quarta-feira, ambos teriam chegado juntos, sendo que Valter de
Carvalho levantou várias vezes da cadeira e saía até a porta do bar,
aparentando nervosismo. Em dado momento, ambos discutiram e, de repente, Valter
teria se levantado, sacado uma arma e efetuado um disparo certeiro na cabeça de
“Paulinho”, que caiu inerte e sem vida. O projétil transfixou a cabeça dele.
“Piauí”,
ao ouvir o primeiro disparo, disse que se agachou atrás de um balcão, pensando
se tratar de um pistoleiro. Após alguns breves segundos, o dono do bar contou
ter ouvido outro barulho de tiro, desta vez, do lado de fora do bar. Quando
saiu para checar o que tinha acontecido, se deparou com o corpo de Valter de
Carvalho na calçada.
“Foram
dois tiros muito rápidos. Ouvi um, me abaixei e, em seguida, mais um tiro.
Quando sai pra ver o que tinha acontecido, ele estava morto e o sangue escorrendo
na calçada”, narra o comerciante.
No
palco do crime apareceu uma adolescente de 15 anos que disse ser a namorada de
“Paulinho”. Chorando muito, ela teria confirmado que estava convivendo com ele
há três meses. Populares chegaram a comentar que a relação com a mulher teria
sido o pivô da discussão entre o militar e “Paulinho”.
A
arma usada no crime, uma pistola calibre 9 milímetros de uso exclusive do
Exército Brasileiro, deve ser periciada, assim como, as razões pelas quais o
militar estava usando, já que estava de folga e fora do quartel.
Exército:
O homicídio, seguido de suicídio de Paulo Henriques de Souza Santos e do
sargento Valter Cristiano de Carvalho deve ser investigado paralelamente pelo
Exército Brasileiro (EB). A informação partiu do primeiro tenente Tiago de
Paula, que entre outras coisas, comentou que deve ser aberto um Inquérito
Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias do episódio. O trabalho de
investigação deve ser feito com o apoio da Inteligência do EB.
Fonte: Diário do Pará
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