Candidato
do PMDB à Prefeitura de São Paulo, o deputado Gabriel Chalita evitou nesta quinta-feira
(5) atacar o petista Fernando Haddad, que foi desmentido na sua versão de que
nunca foi procurado pela administração municipal em busca de verba para a
cidade quando era ministro da Educação.
Segundo
o pemedebista, o prefeito da cidade é quem deve ir atrás do governo federal e
estadual para conseguir verbas.
Registro
desmente Haddad sobre pedido de verba de SP
"O
que falta para São Paulo é procurar mais o governo federal e fazer mais
parceiras. A educação é uma questão só. Hoje há muitos programas federais que
poderiam estar em São Paulo e não estão", disse o deputado.
Chalita
citou o caso das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), que não foram
instaladas em São Paulo.
"O
prefeito da cidade tem que estar o tempo todo conversando com o governador e
com presidente."
O
pemedebista disse, no entanto, que está fazendo uma defesa do governo sobre o
episódio.
ENCONTRO
Reportagem
da Folha, publicada nesta quinta-feira (5), mostrou que registros oficiais
desmentem a versão repetida pelo candidato do PT de que não foi procurado
quando ministro, entre 2005 e 2012.
A
agenda pública do Ministério da Educação e um e-mail da Secretaria Municipal de
Educação ao gabinete do então ministro mostram que Haddad recebeu o então
secretário de Educação Alexandre Schneider ao menos uma vez. O encontro ocorreu
em 16 de fevereiro de 2011, a pedido do então secretário.
Hoje,
Schneider é candidato a vice na chapa do tucano José Serra.
A
assessoria de Haddad deu três versões para a questão. Na última, em nota
assinada pelo coordenador-geral da campanha, Antonio Donato, ele assumiu a
audiência e os pedidos de recurso, mas disse que a demanda foi feita "de
última hora".
"O
secretário [Schneider] estava pressionado pelo Ministério Público do Estado,
que se preparava para ajuizar uma ação civil pública de improbidade pela
incapacidade de suprir o deficit de 120 mil vagas de creche", completou.
A
assessoria de Schneider afirmou que o pedido de recursos foi feito meses antes
da ação citada pelo PT, que tem como alvo a prefeitura.
DANIEL
RONCAGLIA
DE
SÃO PAULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário