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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Famílias não denunciam abuso sexual, diz psicólogo.


Afirmação foi feita em debate no programa mesa-redonda da 94 FM

O assunto foi tema no mesa-redonda Santarém - Esta semana começou com o depoimento marcante da apresentadora Maria das Graças Meneghel, a Xuxa, para o Programa Fantástico de domingo, 20. Logo que o programa encerrou, as palavras de Xuxa sobre os abusos sexuais que sofreu durante a sua infância ganharam repercussão por todo o país. E no programa mesa-redonda da rádio 94 FM desta quinta-feira, 24, o assunto foi debatido com três especialistas na área, que atuam em campos de orientação e combate à exploração sexual contra crianças e adolescentes em Santarém.

Números de abuso sexual são maiores que os divulgados

Os convidados foram o psicólogo especialista em psicologia criminal, Luciano Oliveira, a Delegada da Unidade Integrada do Pró-Paz em Santarém, Andreza Alves, e a Pedagoga da 7ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de Santarém, Josefa Dutra. Eles expuseram situações e dados que mostram uma maior atenção da sociedade para o combate a essa prática criminosa, mas ressaltaram a importância de acabar-se com os paradigmas e preconceitos que, muitas vezes, atrapalham o trabalho de combate aos crimes.

De acordo com o psicólogo Luciano Oliveira, debates como esses são importantes ferramentas de prevenção. Também como as orientações em escolas e a rigorosidade da legislação brasileira em relação ao abuso sexual contra crianças e adolescentes. O especialista ainda destacou as questões que em muitos casos impedem que a denúncia seja feita. “São vários fatores que levam a pessoa a não denunciar. Se foi uma questão intrafamiliar: Um pai extremante violento; uma mãe despotencializada, que ela acredita se perder esse marido ela não vai ter mais nada. Outra situação: O que a sociedade vai falar da sua filha ou da sua família. Então, ela acaba puxando a responsabilidade para si. E o abuso sexual continua velado no leito familiar”, completou.

Já a delegada da Unidade do Pró-Paz em Santarém, inaugurado em março deste ano, destacou que o órgão tem desempenhado um trabalho mais complexo no município. “Agora nós não temos só a delegacia da mulher. Neste Pró-Paz nós temos a delegacia da mulher e a delegacia de proteção à criança e ao adolescente. A gente tem agora um trabalho multidisciplinar, não é só parte criminal; investigativa. Temos a parte também preventiva e pós-psicológica, que tem que ser tratada, que é muito importante, talvez a mais importante de todas”. A delegada ainda explicou que a média de casos denunciados está em torno de 50 registros e que qualquer pessoa que saiba de um crime pode procurar a Unidade para fazer a denúncia.

Para a pedagoga da 7ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de Santarém, o adolescente e a criança ficam vulneráveis às situações que fogem às regras estabelecidas, por isso é preciso que a sociedade, especialmente a família se atentem para os perigos e façam as devidas orientações aos menores.

O programa mesa-redonda vai ao ar todas às quintas-feiras a partir das 8h até as 9h30 da manhã e sempre discute temas relevantes e atuais na sociedade. 


Fonte: notapajos.com

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