Veículo foi
totalmente consumido pelo fogo
A noite de
domingo, 13, parecia que seria bastante animada para o Sargento Edgar dos
Santos, do 8º BEC, que saiu para curtir em uma casa de show. Por volta das
23:30 horas, ele estacionou seu carro GM Classic, de placas NGU 3417/Goiânia-GO
às proximidades do estádio Colosso do Tapajós, na Avenida Muiraquitã, esquina
com a Laranjeiras e, ao retornar, já na madrugada de segunda-feira, 14,
percebeu que seu veículo havia sido roubado.
De imediato
o Sargento acionou a Polícia e foi até a Seccional de Polícia Civil, onde fez o
registro do roubo. Por volta das 08:30 horas da manhã de segunda-feira a
Polícia localizou o veículo às proximidades da Rodovia Curuá-Una, mais
precisamente na estrada que vai para Emaús.
O veículo
estava totalmente queimado, pois os bandidos o incendiaram, ficando até difícil
de identificá-lo, o que só foi possível através do número das placas. A Polícia
investiga o caso, para chegar aos bandidos e os reais motivos do crime, se foi
mais um caso de roubo ou se os bandidos estavam mesmo atrás do Sargento do
Exército. Porém, a verdade só se saberá após o término das investigações.
Fonte: RG
15/O Impacto e Roberta di Paula
O aço que engole a floresta
Caminhão
transporta madeira no interior do Maranhão
Fabricantes
de aço e ferro-gusa instalados no entorno do polo de Carajás, na divisa do Pará
com Maranhão, ainda usam em seus fornos carvão de mata nativa, parte dela
extraída ilegalmente de terras protegidas, como a Reserva Biológica do Gurupi e
terras indígenas da região. No Maranhão, são 111 mil quilômetros quadrados
(km²) de terras no bioma Amazônia, dos quais mais de 71% já estão desmatados.
Na prática, o que sobra de floresta em pé está dentro de áreas protegidas. A
denúncia é da entidade ambientalista Greenpeace, que investigou o desmatamento
na região durante os últimos dois anos. Na cadeia de produção do ferro-gusa são
comuns também denúncias de trabalho escravo. O cenário de devastação não parece
compatível com um país que vai sediar, daqui a um mês, a conferência da ONU
Rio+20.
Em 2011,
cerca de 40 trabalhadores foram resgatados de carvoarias no Maranhão, em operações
do Ministério do Trabalho, feitas a partir de denúncias do Centro de Defesa da
Vida e dos Direitos Humanos. Num relatório que acaba de ser concluído, a ONG
afirma que grandes empresas americanas, entre elas montadoras de automóveis, se
abastecem com produtos que deixam rastros de degradação ambiental e miséria
para comunidades do entorno.
O carvão é
usado para fabricar ferro-gusa, que posteriormente é vendido para grandes
siderúrgicas do mundo todo. Na aciaria, o ferro-gusa líquido é transformado em aço
por meio da injeção de oxigênio puro, sob altíssima pressão. O uso de energia é
intenso. Em 2011, o Brasil aumentou em 65% as exportações do produto. Para o
Maranhão, o setor é sinônimo de riqueza. O minério de ferro e seus derivados
correspondem a dois terços das vendas externas do estado, que somaram US$ 3,047
bilhões em 2011. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam que
apenas quatro siderúrgicas instaladas em Açailândia (Viena Siderúrgica, Gusa
Nordeste, Companhia Siderúrgica Vale do Pindaré e Fergumar) exportaram perto de
US$ 390 milhões em 2011, sendo 87,88% deste valor para os Estados Unidos.
Um estudo do
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea) da Universidade Federal do Pará
mostra que para cada tonelada de ferro-gusa são necessários 875 quilos de
carvão vegetal. No caso de mata nativa, essa quantia corresponde a pelo menos
600 metros quadrados de mata. Para piorar, os fornos primitivos em regiões de
floresta são ineficientes, com perdas entre 40% e 50% do poder calorífico, segundo
dados da Embrapa Cerrados.
O carvão
vegetal pode ser obtido de florestas plantadas de eucalipto, mas a produção na
região de Carajás é ainda insuficiente para alimentar os fornos. Do polo de
Carajás saem 25% do ferro-gusa produzidos no Brasil. Sem um controle rígido da
origem da madeira usada para fazer o carvão, o produto chega aos fornos
misturado. São queimados desde pó de serrarias que cortaram árvores da floresta
até troncos mais finos, extraídos de áreas onde tudo que era de valor já foi
desmatado.
Uma
investigação do Ministério Público Federal (MPF) do Pará mostrou que, para
acobertar o uso de carvão ilegal, siderúrgicas operam até mesmo com guias
emitidas por carvoarias de fachada. O alvo do relatório do Greenpeace no
Maranhão é a Viena Siderúrgica. A empresa é fornecedora da siderúrgica de
Columbus, no Mississippi, nos Estados Unidos, que é operada pela Severstal, da
Rússia. A gigante do aço atende a montadoras como Ford, General Motors, BMW,
Mercedes e Nissan.
Ao rastrear
os negócios da Viena, a ONG detectou que a empresa chegou a comprar também da
carvoaria Chapadão, que já foi punida pelo Ibama por uso de madeira ilegal, bem
como pelo Ministério do Trabalho, que, numa ação recente, libertou 61
trabalhadores encontrados em situação análoga ao de trabalho escravo.
Procurada
pelo GLOBO, a Viena não pôs executivos para dar entrevistas sobre a denúncia.
No Instituto Carvão Cidadão de Açailândia, criado para monitorar uso de madeira
ilegal e trabalho escravo na região, também não havia porta-vozes disponíveis.
Pai de seis
filhos, José Carlos Ferreira Aguiar, 43 anos, estava entre os trabalhadores
resgatados pelo Ministério do Trabalho na carvoaria Chapadão em uma operação de
combate ao trabalho escravo, em 2010. Junto com ele, estava seu filho,
Alessandro Silva Aguiar, de 23 anos.
Basta um
sobrevoo sobre a reserva de Gurupi para avistar clareiras de desmatamento, com
centenas de troncos empilhados. Há cerca de dez dias, uma operação do Instituto
Chico Mendes apreendeu 200 metros cúbicos de madeira extraída ilegalmente do
local.
Nas terras
indígenas da redondeza não é diferente. Ao visitar a terra indígena Arariboia,
O GLOBO flagrou um caminhão carregado de toras de árvores provenientes da terra
indígena.
— Os
madeireiros saem quando vem fiscalização. Quando as equipes vão embora, eles
voltam. Acho que deveria haver uma vigilância mais permanente. A gente não pode
fazer nada, eles ameaçam. Já tiraram cedro, mas ainda tem ipê. Mas agora que a
madeira de lei está acabando, estão cortando árvore de madeira-branca para
levar para carvoarias — diz o índio Frederico Guajajara, 31 anos.
— O país
precisa de estratégias para prevenir a degradação ambiental e os danos antes
que eles aconteçam. Todas as empresas receberão o relatório. Elas precisam
fiscalizar suas cadeias de produção e devem ser cobradas pelo consumidor final.
As pessoas não querem que a floresta da Amazônia seja destruída — afirma a
agrônoma Tatiana Carvalho, do Greenpeace Brasil, uma das lideranças engajadas
na campanha pelo desmatamento zero na Amazônia Legal.
No Pará, o
MPF acaba de assinar um termo de ajustamento de conduta (TAC) com três
siderúrgicas: Sidepar, Cosipar e Ibérica. O objetivo é que elas assumam a
responsabilidade de fiscalizar a origem do carvão que compram e a inexistência
de denúncias de trabalho escravo em relação a seus fornecedores.
Apenas a
Cosipar, segundo o MPF, desmatou 66,88km² (6.668,7 hectares) de floresta
amazônica entre 2007 e 2011, por adquirir carvão de empresas de fachada. De
sete fornecedores da empresa investigados, cinco não existiam. Como cada
hectare de reflorestamento tem custo de R$ 3,2 mil, o passivo ambiental da
empresa foi calculado em R$ 21,5 milhões. Em nota no site, a Cosipar informa
que está em busca de fontes alternativas de energia e que investe em reflorestamento.
E aponta mais suspeitos: “Aproximadamente 40% do carvão vegetal produzidos no
Pará são comprados pelas siderúrgicas do Maranhão, que não recebem fiscalização
dos órgãos ambientais”, diz a nota da empresa.
Fonte:
O Globo
MPF recomenda que ICMBIO
não autorize exploração.
Floresta
Nacional do Tapajós.
O Ministério
Público Federal no Pará (MPF/PA) recomendou o Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade – ICMBIO a não autorizar a exploração de madeira
solicitada pela Cooperativa Mista Tapajós Verde – Coomflona em áreas que, de
acordo com relatório preliminar elaborado pela Fundação Nacional do Índio
(Funai), encontram-se localizadas nas Terras Indígenas Munduruku-Taquara e
Bragança-Marituba, no interior da Floresta Nacional do Tapajós, Unidade de
Conservação federal no Oeste do estado do Pará.
O processo
de demarcação das terras indígenas ainda está em andamento, o que inviabiliza a
exploração de recursos naturais na área solicitada no Plano de Manejo Florestal
Sustentável – PMFS titularizado pela Coomflona. O local está nos limites
definidos nos Relatórios Circunstanciados de Identificação e Delimitação das
Terras Indígenas Munduruku-Taquara e Bragança-Marituba, publicados no Diário
Oficial da União (DOU) do dia 30 de outubro de 2009.
O procurador
da República Cláudio Henrique Dias explica que, caso a área requerida para a
extração madeireira seja reconhecida como terra tradicionalmente ocupada pelos
indígenas da etnia Munduruku ao fim do processo de demarcação, a atividade
exploratória deverá ser anulada e os índios terão que ser indenizados, já que o
reconhecimento terá efeitos ex tunc, ou seja, de caráter retroativo. “As terras
tradicionalmente ocupadas pelos índios são inalienáveis e indisponíveis, e os
direitos sobre elas, imprescritíveis”, relembra o procurador.
Até esta
semana, o ICMBIO deve encaminhar resposta por escrito ao MPF relatando as
providências adotadas para o cumprimento da recomendação ou explicações sobre
os motivos da não-adoção das medidas recomendadas.
A
Constituição Federal, em seu Art. 231, §2º, assegura aos índios a posse
permanente de suas terras e o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios
e dos lagos nelas existentes.
Fonte: RG
15/O Impacto e MPF
Pará registra seis casos de
gripe A em 2012 .
Mulheres são
as mais afetadas
O Pará
registrou, este ano, seis casos de gripe A (H1N1). Desses, cinco foram em
mulheres grávidas. Uma delas, que também tinha leucemia, morreu. Foram
registrados ainda 18 casos de Influenza A sazonal, sendo doze em mulheres
grávidas, e a morte de um adolescente. A única maneira de evitar a doença com
segurança é tomando a vacina contra a gripe na Campanha Nacional de Vacinação
que acontece atualmente e se estende até 25 deste mês. Os dados são da
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
A vacina é
trivalente, produzida a partir de vírus isolados nos hemisférios Norte e Sul,
ou seja, similar ao Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. Até
ontem à tarde, o Pará havia vacinado contra a gripe 253.013 pessoas, menos de
30% do total da população a ser vacinada, que é de 981.085 pessoas.
PROGRAMA
Pelo Sistema
do Programa Nacional de Imunização, haviam sido vacinados 148.629 idosos,
61.191 crianças, 23.873 gestantes, 18.650 trabalhadores de saúde e 1.344
índios.
O resultado
preocupa a coordenadora estadual de Imunização da Sespa, Jaíra Ataíde, porque
faltam apenas duas semanas para o fim da campanha e muita gente ainda precisa
ser vacinada. São 386.506 idosos, 52.748 crianças, 83.066 gestantes, 77.959
profissionais de saúde e 27.119 índios que ainda não tomaram as doses. A
preocupação maior é com as mulheres grávidas que, segundo a Vigilância
Epidemiológica da Sespa, tem sido a população mais vulnerável às complicações
da gripe causadas, e especialmente pelo vírus H1N1.
Os casos
investigados com exame laboratorial são apenas os que apresentam síndrome
respiratória aguda grave (Srag), que inclui a falta de ar entre os sintomas.
RISCO
Devido ao
grande risco que o vírus representa para as gestantes, no entanto, algumas
instituições hospitalares estão coletando amostras de todas as grávidas que
apresentam síndrome gripal. “Por isso é muito importante que as gestantes
procurem as unidades de saúde para se vacinar”, alerta a diretora do
Departamento de Epidemiologia da Sespa, Ana Lúcia Ferreira.
A campanha,
que dispõe de um milhão de doses de vacinas, tem como objetivo reduzir a
mortalidade, as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo
vírus da Influenza nesses grupos populacionais. O Pará precisa vacinar um total
de 981.085 pessoas, da quais 535.135 idosos com 60 anos ou mais, 106.939
gestantes, 213.939 crianças de seis meses a menores de dois anos, 28.463
indígenas e 96.609 profissionais de saúde.
A meta é
vacinar pelos menos 80% desse total para manter uma boa cobertura vacinal, que
corresponde a 784.868 pessoas. Segundo o secretário de Estado de Saúde Pública,
Helio Franco, a vacina é comprovadamente o melhor de todos os remédios, e há
uma série de doenças graves que podem ser evitadas com vacina como, é o caso da
gripe causada pelo vírus H1N1.
Fonte:
Agência Pará
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