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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Idosa paga R$ 20 mil por execução de filho.


A dona de casa Maria Selma Costa dos Santos, de 70 anos, foi presa anteontem em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, após confessar ter pago R$ 20 mil a um pistoleiro para matar o próprio filho, segundo a polícia. O empresário José Fernandes dos Santos Reis, de 52 anos, foi morto em 29 de novembro de 2011. A idosa estava descontente com a mesada que recebia dele.


Reis era dono de uma construtora, de uma fábrica de materiais elétricos, de uma confecção e de uma lanchonete. Casado, morava na zona sul do Rio com a mulher e um filho de 15 anos, e frequentava a casa da mãe no centro de Caxias, onde mantinha um escritório. As desavenças com a idosa eram frequentes.


Duas semanas antes do crime, Maria Selma pediu à faxineira Maria José da Silva Dias, de 42 anos, que encontrasse um pistoleiro disposto a matar seu filho. Segundo a empregada, a idosa alegou que o filho estava tomando ilegalmente seus bens e iria deixá-la 'na rua'. Ela também disse que o filho pretendia matá-la, e por isso o mataria primeiro.


A faxineira levou a proposta ao vigia de rua Isaac Paulo de Moraes, de 22 anos, que pediu R$ 20 mil pelo serviço. A idosa pagou um adiantamento pelo crime e orientou o vigia a aproveitar o momento em que seu filho saía da casa dela, sempre no início da noite.


Ele dispensava o segurança às 19 horas e, ao sair da casa, tirava o carro e descia para fechar o portão. Deveria ser morto antes de voltar ao carro, que é blindado.


'Inferno'. Na terceira tentativa, o vigia conseguiu matar Reis com três tiros e fugir. Segundo a faxineira, ao ouvir os tiros, Maria Selma disse que o filho tinha ido 'para o inferno'.


Um dia antes de ser morto, o empresário havia dito à mulher que suspeitava que sua mãe estava tramando algo contra ele. Os dois haviam discutido e a mãe chamou o filho de 'ladrão'.


A polícia suspeitou da idosa porque ela contratou um advogado para orientar os depoimentos dela e da faxineira. O vigia e a faxineira também estão presos.


Por FÁBIO GRELLET / RIO, estadao.com.br,



Dilma explicará a aliados vetos no Código Florestal

A presidente Dilma Rousseff pretende se reunir nesta quinta-feira com líderes dos partidos da base aliada para explicar os vetos que fará ao texto do Código Florestal, aprovado pelo Congresso. O objetivo é diminuir a resistência dos parlamentares e evitar a derrubada do veto a vários artigos. O governo não concorda com as mudanças feitas na Câmara dos Deputados. Uma das principais queixas é em relação ao artigo 62, que, no entender do Planalto, significa anistia aos desmatadores. O artigo trata da polêmica regularização de propriedades que desmataram a Área de Preservação Permanente (APP) - regiões de proteção ambiental ao longo de cursos d''água, encostas e topos de morro. Somente depois de se reunir com os líderes a presidente pretende anunciar os artigos que serão vetados do Código Florestal.


Na quarta-feira, a presidente Dilma, mais uma vez, dedicou praticamente toda sua agenda à discussão de cada um dos itens dos vetos que pretende fazer ao texto com todos os ministros envolvidos na discussão: da Casa Civil, do Meio Ambiente, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e Advocacia Geral da União (AGU). Além da discussão sobre o que pretende vetar, a presidente analisa o texto que enviará ao Congresso para evitar que surjam lacunas na lei por causa dos vetos.


Na avaliação da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, não há chance de os vetos serem derrubados pelo Congresso. 'Não há a menor hipótese até pelo número de votos que a matéria teve na Câmara, não há a menor possibilidade política', afirmou a ministra.


Indagada sobre se um veto total ao texto estaria descartado, a ministra respondeu: 'A não ser que ele seja absolutamente necessário pela questão da técnica legislativa, está tão recortado que não tem como aproveitar.'



Por TÂNIA MONTEIRO E RAFAEL MORAES MOURA, estadao.com.br,

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