A dona de
casa Maria Selma Costa dos Santos, de 70 anos, foi presa anteontem em Duque de
Caxias, na Baixada Fluminense, após confessar ter pago R$ 20 mil a um
pistoleiro para matar o próprio filho, segundo a polícia. O empresário José
Fernandes dos Santos Reis, de 52 anos, foi morto em 29 de novembro de 2011. A
idosa estava descontente com a mesada que recebia dele.
Reis era
dono de uma construtora, de uma fábrica de materiais elétricos, de uma
confecção e de uma lanchonete. Casado, morava na zona sul do Rio com a mulher e
um filho de 15 anos, e frequentava a casa da mãe no centro de Caxias, onde
mantinha um escritório. As desavenças com a idosa eram frequentes.
Duas semanas
antes do crime, Maria Selma pediu à faxineira Maria José da Silva Dias, de 42
anos, que encontrasse um pistoleiro disposto a matar seu filho. Segundo a empregada,
a idosa alegou que o filho estava tomando ilegalmente seus bens e iria deixá-la
'na rua'. Ela também disse que o filho pretendia matá-la, e por isso o mataria
primeiro.
A faxineira
levou a proposta ao vigia de rua Isaac Paulo de Moraes, de 22 anos, que pediu
R$ 20 mil pelo serviço. A idosa pagou um adiantamento pelo crime e orientou o
vigia a aproveitar o momento em que seu filho saía da casa dela, sempre no
início da noite.
Ele
dispensava o segurança às 19 horas e, ao sair da casa, tirava o carro e descia
para fechar o portão. Deveria ser morto antes de voltar ao carro, que é
blindado.
'Inferno'.
Na terceira tentativa, o vigia conseguiu matar Reis com três tiros e fugir.
Segundo a faxineira, ao ouvir os tiros, Maria Selma disse que o filho tinha ido
'para o inferno'.
Um dia antes
de ser morto, o empresário havia dito à mulher que suspeitava que sua mãe
estava tramando algo contra ele. Os dois haviam discutido e a mãe chamou o
filho de 'ladrão'.
A polícia
suspeitou da idosa porque ela contratou um advogado para orientar os
depoimentos dela e da faxineira. O vigia e a faxineira também estão presos.
Por
FÁBIO GRELLET / RIO, estadao.com.br,
Dilma explicará a aliados vetos no
Código Florestal
A presidente
Dilma Rousseff pretende se reunir nesta quinta-feira com líderes dos partidos
da base aliada para explicar os vetos que fará ao texto do Código Florestal,
aprovado pelo Congresso. O objetivo é diminuir a resistência dos parlamentares
e evitar a derrubada do veto a vários artigos. O governo não concorda com as
mudanças feitas na Câmara dos Deputados. Uma das principais queixas é em
relação ao artigo 62, que, no entender do Planalto, significa anistia aos
desmatadores. O artigo trata da polêmica regularização de propriedades que
desmataram a Área de Preservação Permanente (APP) - regiões de proteção
ambiental ao longo de cursos d''água, encostas e topos de morro. Somente depois
de se reunir com os líderes a presidente pretende anunciar os artigos que serão
vetados do Código Florestal.
Na
quarta-feira, a presidente Dilma, mais uma vez, dedicou praticamente toda sua
agenda à discussão de cada um dos itens dos vetos que pretende fazer ao texto
com todos os ministros envolvidos na discussão: da Casa Civil, do Meio
Ambiente, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e Advocacia Geral da União
(AGU). Além da discussão sobre o que pretende vetar, a presidente analisa o
texto que enviará ao Congresso para evitar que surjam lacunas na lei por causa
dos vetos.
Na avaliação
da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, não há chance de os
vetos serem derrubados pelo Congresso. 'Não há a menor hipótese até pelo número
de votos que a matéria teve na Câmara, não há a menor possibilidade política',
afirmou a ministra.
Indagada
sobre se um veto total ao texto estaria descartado, a ministra respondeu: 'A
não ser que ele seja absolutamente necessário pela questão da técnica
legislativa, está tão recortado que não tem como aproveitar.'
Por
TÂNIA MONTEIRO E RAFAEL MORAES MOURA, estadao.com.br,
Nenhum comentário:
Postar um comentário