Seminário “Impactos, desafios e perspectivas
dos Grandes Projetos na Bacia
do Tapajós”, promovido pelo Ministério
Público do Pará em parceria com o
Ministério Público Federal e Universidade
Federal do Pará (UFPa). O evento
será no Parque de Exposição Hélio da Mota
Gueiros e tem como foco principal
os
impactos aos municípios
que compõem a
Bacia - Santarém,
Itaituba,
Belterra,
Placas, Aveiro, Mojui
dos Campos, Novo
Progresso, Juruti,
Jacareacanga, Rurópolis e Trairão.
O Grupo de Trabalho (GT) da Bacia do Tapajós,
criado em fevereiro de 2016
pelo MPPA, coordena o seminário, por meio dos
promotores de justiça que
atuam nos municípios. O público alvo são
pessoas e instituições interessadas
na discussão dos impactos, desafios e
perspectivas dos grandes projetos na
região-
estudantes, professores e
pesquisadores, órgãos dos
poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário,
movimentos sociais, povos e comunidades
tradicionais.
O credenciamento inicia às 8h, na
segunda-feira (23) e a abertura oficial será
às 10h, com representante do governo do
Estado, Procurador Geral de Justiça
do MPPA, representantes do MPF, da Justiça
Federal e Estadual, da Clínica de
Direitos Humanos da Amazônia/UFPA, Igreja
Católica, prefeitura de Itaituba, do
Consórcio de Municípios do Tapajós,
Assembleia Legislativa do Pará e da OAB
em Itaituba.
Debates - Na programação, mesas redondas e
grupos de trabalho promovem
a discussão e troca de informações sobre os
temas. A Mesa de Abertura tem
como tema “Povos tradicionais e Grandes
Projetos”. Terá como conferencistas
o
representante da 6º
Câmara de Coordenação
e Revisão do
MPF, o
representante do
povo Munduruku, Juarez
Saw Munduruku, e
Ageu Lobo
Pereira, da comunidade Montanha Mangabal.
Na
tarde de segunda-feira, a
primeira mesa trata
dos “Grandes
Empreendimentos e o Modelo de Desenvolvimento
na Amazônia”, coordenada
por
Maurício Torres (UFOPA), tendo
com palestrantes Iury Charles Paulino
(MAB) e Emmanuel Castro (Doutorando PUC/RJ).
A Mesa “Impactos Sociais:
perspectivas para educação, saúde, segurança
e outros direitos sociais” será
coordenada
por Andreia Barreto
(Defensora Pública). Os
palestrantes são
Eliana Machado Schuber (IFPA/Itaituba),
Marcelo de Oliveira Lima (Instituto
Evandro
Chagas) e Marco
Antônio Silva Lima
(UEPA/UNAMA).
Na terça, 24, a programação inicia às 8h30
com a Mesa “Diversidade social na
Bacia do Tapajós”, coordenada por Bruna Rocha
(UFOPA). Os palestrantes são
representantes do
povo Munduruku, ribeirinho
(comunidade Montanha e
Mangabal),
quilombola, Conselho Indígena
Tapajós Arapiuns (CITA)
e da
Associação dos Filhos de Itaituba (ASFITA).
Na
tarde do dia
24 o tema
será “Impactos Agro-ambientais na
Bacia do Tapajós”,
com a coordenação
de Dom Bernardo (Bispo de
Óbidos). Os
palestrantes são Pedro Sérgio Vieira Martins
(Terra de Direitos), José Heder
Benatti (UFPA), Maurício Torres (UFOPA) e
Edizângela Alves Barros (MAB). A
mesa de encerramento tem o tema geral do
seminário: “Impactos, Desafios e
Perspectivas
dos Grandes Projetos
na Bacia do
Tapajós”, tratada pelos
conferencistas Felício Pontes (MPF) e
Raimundo Moraes (MPE).
Os Grupos de Trabalhos (GTs)
serão realizados de 8h às 12h do
dia 24,
paralelo às mesas redondas. No GT1, será
trabalhado o tema “Gestão pública
e
grandes projetos”, no
GT2, “Grandes empreendimentos e
pequenos
empreendedores” e no GT 3, “Violências &
Conflitos urbanos e rurais”.
Bacia do Tapajós
Em setembro de 2008 a Eletrobrás lançou o
edital do projeto da criação do
complexo de usinas para o rio Tapajós entre o
Estado do Amazonas e do Pará.
Trata-se de um conjunto de cinco grandes
hidrelétricas previstas para a bacia
do
rio Tapajós. Desde
então o Ministério
Público, movimentos sociais
e
comunidades tradicionais atuam para garantir
a proteção da biodiversidade e
das populações que devem ser afetadas.
O rio Tapajós, com regime anual de secas e
cheias, é a principal fonte de
recursos
para as comunidades
ao longo de
seu trajeto. Na
Bacia estão
localizadas
dez unidades de
conservação e 19
terras indígenas -
quatro
reconhecidas
oficialmente, além de
populações tradicionais ribeirinhas
e
quilombolas.
O
seminário pretende, principalmente, reunir
a população e
gestores dos
municípios integrantes da Bacia, que são
afetados com os projetos que geram
impactos
causados pelo aumento
de população e
problemas sociais e
ambientais.
Lila Bemerguy, de Santarém
Nenhum comentário:
Postar um comentário