Oito pessoas foram presas hoje durante a
operação Muiraquitã, que reúne o Ministério Público Federal e a Polícia Federal
para desarticular esquema de garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Kaiapó, no
sudeste do Pará. No total, foram expedidos 11 mandados de prisão, 3 de condução
coercitiva e 14 de busca e apreensão. 3 dos acusados estão foragidos.
Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai),
são extraídos aproximadamente 20 kg de ouro por semana do local, o que
representa movimentação mensal de R$ 8 milhões. As investigações sobre a
exploração ilegal do ouro foram iniciadas pelo MPF no final de 2015, após
denúncias feitas pela Funai, que sobrevoou a área e verificou que o centro da
atividade garimpeira estava em garimpo próximo da Aldeia Turedjam, em
Ourilândia.
No sobrevôo foram identificadas cerca de 40
pás-carregadeiras, avaliadas em aproximadamente R$ 400 mil cada, posicionadas
em diversos pontos de garimpos espalhados pelo local, o que dá a dimensão do
tamanho do garimpo. Foram autorizadas interceptações telefônicas que deram
condições de desvendar todo o esquema, envolvendo garimpeiros, comerciantes de
ouro e alguns índios.
Os danos ambientais causados pela atividade
clandestina de mineração mais recorrentes são: desvio do curso de rios;
desmonte hidráulico, no caso de garimpagem mecânica; aterramento de rios e
contaminação do solo, ar e águas através de metais pesados, principalmente o
mercúrio. A paisagem de locais onde existem ou já existiram garimpo é
modificada por quilômetros, vegetações são extintas e animais fogem ou morrem
por causa da contaminação causada.
Fonte: ASCOM Ministério Público Federal no Pará.
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