A equipe do jornal O Impacto esteve com o
Major Tarcísio, subcomandante do 3º Batalhão da Polícia Militar em Santarém,
respondendo interinamente pelo BPM.
Jornal O Impacto: Major, em sua opinião, a PM
deveria estar dando apoio na operação do Ibama, que infelizmente resultou na
morte do Sargento João Luís ou deveria estar no lugar uma Força Tarefa Federal?
Major Tarcísio: O que acontece é que a
questão ambiental ainda é muito conflituosa em nosso Estado, envolvendo
madeireiros, grileiros, colonos e outras pessoas. Quando há necessidade, estes
órgãos, tanto estaduais, municipais ou federais, como é o caso do Ibama, eles
nos solicitam apoio. Essa solicitação é remetida ao Comando Regional, e levada
ao Comando Geral da PM, a partir daí fazendo essa avaliação, o Comando Geral
autoriza ou não o deslocamento de tropas para acompanhar essas pessoas.
Deixando bem claro que o nosso papel nessa situação é somente salvaguardar
aqueles agentes que vão estar fazendo a segurança.
Nós estamos criando em Santarém uma Companhia
Ambiental, só falta ser instalada pelo governo estadual. Já está prevista em
Lei, estamos fazendo alguns treinamentos para criar uma Companhia Ambiental que
vai atender toda a região Oeste do Pará. Enquanto não for criada essa
Companhia, nós da PM vamos estar prestando apoio na segurança de todos os
órgãos.
Jornal O Impacto: A opinião pública e algumas
instituições reclamam que os agentes do Icmbio/Ibama queimam tratores, destroem
patrimônios dos autuados. Qual a posição do Policial Militar quando ele se
depara com estes fatos?
Major Tarcísio: Na verdade, isso já é
previsto na própria Legislação. A destruição desses equipamentos é prevista,
mas depende dos agentes que estão envolvidos na ação. Como eu falei
anteriormente, nós estamos somente para prestar segurança, as ações de
fiscalização são todas de responsabilidade do Ibama, que deve fornecer estas
informações à imprensa. O que eu posso adiantar é que essa ação é prevista na
Legislação; não é uma coisa arbitrária, feita pela vontade do próprio agente do
Ibama. Os fiscais, tanto do Município quanto do Estado, não tem o costume de
destruir o equipamento. Os fiscais do Ibama e do Icmbio fazem uma análise e,
dependendo da dificuldade em retirar os maquinários, por alguma situação da
área onde se encontram, então, eles fazem essa destruição, que é prevista em
Lei.
Jornal O Impacto
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