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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Pe. Edilberto: “Políticos transformaram constituição em queijo”

Conforme Padre Edilberto, deputados e senadores demonstraram que defendem interesses de particulares, latifundiários


Padre Edilberto Sena critica deputados e senadores que rasgam a Constituição
“Eu não discuto mais a questão de esquerda ou direita, não apenas eu, mas parte da sociedade brasileira acredita que é necessária uma urgente reforma da política brasileira”. Assim se expressou o padre Edilberto Sena, vigário geral da Diocese de Santarém, ao ser perguntado se ainda acredita em ideologias político- partidárias.

Na opinião do Padre e diretor da Rádio Rural de Santarém, “a política de representação, hoje, não representa mais os anseios da população, apenas interesses particulares e de grupos, como hoje, por exemplo, na questão do Código Florestal”.

O exemplo disso foi a Proposta de Emenda à Constituição, PEC do Trabalho Escravo. Conforme Padre Edilberto, deputados e senadores demonstraram que defendem interesses de particulares, latifundiários. “Por isso os deputados federais e senadores da República não representam mais os interesses da sociedade brasileira, está esgotada a política da representatividade”, falou Padre Edilberto.

O sacerdote-comunicador revelou que está liderando uma campanha de arrecadação de um milhão e meio de assinaturas para que seja feita uma reforma política do Brasil sem a participação de deputados e senadores, mas que seja criada uma Constituinte específica, para fazer reforma da Constituição, que inclua reforma política. “Se não for feito isso, nós vamos continuar sofrendo a falta de civilização em nosso País”, enfatizou padre Edilberto.

O religioso explica como seria feita esta reforma política: “A exemplo de outros Países, onde são eleitos os constituintes, que são pessoas da sociedade que se apresentam para ser candidatos”, explicou. “Estes eleitos criam a nova Constituição, como foi feito no Equador, na Bolívia, na Venezuela; assim que terminada, aprovada e sancionada, os constituintes eleitos perdem seus mandatos”, falou.

Citando como exemplo esta nova modalidade legislativa federal, Padre Edilberto sentencia: “Nós não precisamos de uma reforma, mas de uma nova Constituição. “Infelizmente os políticos esmagaram a Constituição de 1988, que era uma Constituição cidadã, reconhecida, mas que ao longo desses poucos anos os políticos fizeram dela um queijo; cheio de buracos, furada, com tanta Emenda para defender interesses, como é o caso do Código Florestal e da PEC do Trabalho Escravo”, finalizou o Padre Edilberto Sena.


Por: Carlos Cruz

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