CORONAVÍRUS: OSMAR TERRA SE OPÕE A
MANDETTA E DIZ QUE PICO TERMINA EM MAIO
O Brasil
está próximo do fim do pico da pandemia do novo coronavírus. Pelo menos, é o que afirma o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS),
confrontando a avaliação do Ministério da Saúde — o titular da pasta, Luiz
Henrique Mandetta, prevê o topo da curva em junho.
A questão
foi proposta no UOL
Debate de hoje. O programa reuniu, além de Osmar Terra, os
deputados federais Carla Zambelli (PSL-SP) Major Vitor Hugo (PSL-GO) e Coronel
Tadeu (PSL-SP), além do senador Eduardo Gomes (MDB-TO).
"Eu tenho me preocupado com
essa questão do número porque está um pânico muito grande na população. Há
pouco tempo atrás, estava um virologista (em referência a Átila Iamarino)
dizendo que ia ter um milhão de mortos. Aí vem o The Intercept que prevê 432
mil mortos no Brasil. Tudo isso alimentando pânico da população", afirmou.
"Essa epidemia não vai ser mais
grave do que todas as epidemias de inverno que temos juntas (...). É difícil
acertar um número exato, mas te garanto que minha margem de erro vai ser muito
menor do que estão dizendo que vai ser 1 milhão, 432 mil."
Ainda segundo Osmar Terra, os
cálculos de letalidade ou de atividade econômica podem ser feitos com base na
situação chinesa. "Não parou a atividade econômica da China — bloqueou a
província (de Hubei, onde foram registrados os primeiros casos), desbloqueou.
Ali que dá para prever como vai ser a epidemia nos países", explicou.
Ainda para o deputado gaúcho, a
pandemia "não é o apocalipse como estão prevendo". O vírus, diz,
"não obedece decreto do governador — ele vai infectando com uma velocidade
assombrosa", em referência ao chamado efeito rebanho, no qual a população
tende a desenvolver anticorpos frente ao contágio.
"Já está assombrando o mundo
todo. Ele se propaga através dos portadores assintomáticos. Quase 99% dos
portadores do vírus não vão ter sintomas. Vão estar contaminando, depois
criando anticorpos para cumprir o rito de todas as epidemias virais",
alegou ainda Terra, que acredita que "nós já estamos chegando perto do
efeito rebanho".
"E ele já está chegando no
pico. A dúvida é se dia 8 não chegou. Pode ser o início. Temos que esperar até
o final da semana. Acho que nesta semana (chega o pico), ou já chegou",
acrescentou, indo além.
"O que nós estamos vendo é que
estamos chegando neste ponto. Vi o ministério (da Saúde) falando que vai chegar
no final de junho, maio. Estou convencido que esta epidemia termina em
maio", projetou.
Em seu cálculo, Osmar Terra disse
4890 municípios do Brasil não têm casos registrados do novo coronavírus, o que
não justificaria medidas restritivas neles. E que o número mostra justamente
que a pandemia no país já está a caminho do fim.
"Curva aguda, aparentemente,
pode ter chegado no dia 8. Vamos ver. Quero mostrar que esta curva aguda aqui e
toda essa quarentena, sofrimento enorme, pobres estão passando fome. Não teve
nenhum achatamento (da curva frente à quarentena)", disse.
"O vírus está em toda parte.
Não vai chegar amanhã na favela, não está programando viagem do bairro rico
para a favela. O que quero dizer é que todo esse sofrimento, quarentena, lojas
fechadas... Não resolveu. A curva está seguindo normal", defendeu.
O isolamento social é defendido pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
como a principal medida de combate à pandemia da covid-19.
Segundo o diretor-geral da entidade,
Tedros Adhanom, a precaução "é a única opção que temos" frente ao
contágio internacional. "É vital respeitar a dignidade do próximo. É vital
que os governos se mantenham informados e apoiem o isolamento", defendeu.
Segundo dados divulgados ontem pelo
Ministério da Saúde, o Brasil registra 22.169 casos do novo coronavírus, com
1.223 óbitos.
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