Da Agência
Einstein
17/03/2020 11h26
O Hospital Israelita Albert Einstein
decidiu ontem (16) suspender a realização de exame PCR para detecção do vírus
causador da covid-19 em indivíduos assintomáticos, sintomáticos leves, com
pedido médico e também a coleta domiciliar de amostras para a execução do
teste.
O objetivo é usar o recurso apenas nos
casos graves, que necessitam de internação. A medida foi tomada como forma de
racionalizar a utilização do teste e evitar seu desabastecimento. O hospital
tem a capacidade de realizar cerca de 3.500 por dia. O número de exames diários
aumentou gradualmente, atingindo a marca de 1.700 no último fim de semana.
O teste é a resposta final e precisa
sobre a presença do vírus na amostra analisada. Foi por meio dele que, no dia
24 de fevereiro, confirmou-se primeiro caso da covid-19 no país. A
identificação ocorreu no laboratório da instituição, utilizando a técnica
conhecida como RT-PCR (sigla em inglês para transcrição reversa seguida de
reação em cadeia da polimerase).
O método, utilizado em laboratórios
desde 1983, pode ser aplicado em diversas áreas da pesquisa e do diagnóstico,
como detecção de outros vírus, além de estar em avaliação para uso da análise
do perfil genético de tumores.
Como
funciona?
A primeira ação do RT-PCR é o uso da
enzima transcriptase reversa para transformar o RNA do vírus em DNA
complementar, também chamado de cDNA. O RNA é produzido a partir de uma
molécula de DNA e apresenta informações com as quais é possível coordenar a produção
das proteínas. Depois de ter sido transformado, são inseridos dois primers, que
é uma fita simples de DNA, para auxiliar a amplificação do material genético em
100 milhões de vezes.
Com uma sonda complementar ao vírus
procurado é possível observar se o conteúdo molecular é correspondente ao do
agente infeccioso que os pesquisadores estão investigando.
Passo a
passo do PCR
·
Transforma RNA do vírus em DNA
·
DNA é ampliado utilizando fitas de DNA
simples
·
Observa se há sinais do vírus nas
amostras
·
Se for positivo, é confirmada a
suspeita de coronavírus
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