Candidato do PSB à Presidência da República,
Eduardo Campos participa de sabatina do portal G1 - Reprodução.
SÃO PAULO - O candidato do PSB à presidência
da República, Eduardo Campos (PSB), disse nesta segunda-feira, em sabatina
promovida pelo site G1, que é a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo,
contra a liberalização da maconha e descriminalização do aborto. É também a
favor de estabelecer imposto para as grandes fortunas e contra a revisão da lei
da Anistia.
Essas questões fizeram parte do
"pinga-fogo" a que os jornalistas do G1 submeteram o candidato no
último bloco de sabatina, que durou uma hora. Campos disse também que é a favor
pela obrigatoriedade do voto e contra a união das polícias civil e militar. É
também contra o ensino religioso nas escolas, por entender que religião tem que
ser aprendida nas igrejas.
VEJA TAMBÉM
Dilma diz que Petrobras está sendo alvo de
'factoides políticos'
Aécio pede apuração de denúncia sobre esquema
de propina de doleiro Alberto Youssef
Eduardo Campos defende investigação de
denúncias contra Graça Foster
Durante os 45 minutos de duração da
entrevista, Eduardo Campos insistiu que a economia precisa mudar, com mais
crescimento e menor inflação.
- Felipão fez o 7 a 1 no campo e a Dilma fez
o 7 a 1 na economia, com 7% de inflação e 1% de crescimento. Isso precisa
mudar, com a inflação voltando ao centro da meta, em 4,5% e depois chegarmos
aos 3%, que é uma inflação que outros países da região, como Chile e Colômbia
já tem - disse Campos.
Para ele, o PSDB e PT já estiveram no poder
nos últimos anos e já fizeram o que podiam ter feito, mas hoje "não
compreendem o pais que ajudaram a mudar e por isso nos apresentamos para
implantar uma nova pauta para o país", disse Campos, que foi sabatina
pelos jornalistas Tonico Ferreira e Nathália Passarinho, com perguntas feitas
por 700 internautas do G1.
Quando lhe foi perguntado qual era a política
para desenvolvimento do Nordeste, Campos defendeu o Programa Bolsa-Família.
- O Nordeste tem 28% da população, 13% do PIB
brasileiro, mas tem 50% dos pobres deste país. Por isso, o Brasil precisa
voltar a crescer para podermos melhorar as condições de vida dessa população. A
política do Bolsa-Família foi importante e uma conquista, mas não vamos
resolver a situação do Nordeste apenas com o Bolsa-Família. Temos que melhorar
a edução para a região, melhorar as condições da hidrovia do São Francisco e
não permitir que os juros dos empréstimos do fundo de desenvolvimento para a
região sejam mais altos do que os juros cobrados pelo BNDES - disse Campos.
O socialista voltou a dizer que vai reduzir o
número de Ministérios para algo como 20 ou 22, mas não disse quais vai reduzir.
Hoje são 39 ministérios.
Ele defendeu a criação de um fundo nacional
para o financiamento do passe livre para estudantes das escolas públicas.
Segundo ele, se for eleito, vai criar um fundo com participação do Tesouro e
com pelo menos 10% de contrapartida dos estados e municípios.
- Assumimos o compromisso com o passe livre
porque o compromisso com o passe livre é um compromisso com a educação. O passe
livre já é dado para quem tem mais de 60 anos - explicou o candidato do PSB.
Ele explicou novamente que não "mudou de
lado" ao ter apoiado o governo do PT de Lula e Dilma e agora se colocar
como oposição.
- Eu não mudei de lado. Nunca na minha vida
mudei de lado. Sempre fui eleito pelo mesmo partido. Na vida, às vezes, temos
que tomar atitude de coragem. E foi a atitude de coragem que tomei. É que o
pais vinha mudando e parou de mudar no governo da presidente Dilma - disse o
candidato, que foi questionado por que se aliou no governo do Pernambuco a
políticos tradicionais, como Severino Cavalcanti e Inocênio Oliveira.
Eduardo Campos foi o quarto candidato a ser
sabatinado no G1. Dilma se recusou a participar. O próximo será Rui Costa
Pimenta, do PCO.
POR GERMANO OLIVEIRA
11/08/2014 12:31 / ATUALIZADO 11/08/2014
13:40
http://oglobo.globo.com/brasil/campos-diz-que-a-favor-do-casamento-gay-contra-liberalizacao-da-maconha-13560581
Nenhum comentário:
Postar um comentário