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sábado, 9 de agosto de 2014

RÚSSIA DEVE VOLTAR SER MAIOR CONSUMIDORA DAS CARNES BOVINA E SUÍNA DE MT

Porcos 2013 2 (ass) / Os russos deverão retomar a condição de maiores consumidores das carnes bovinas e suínas de Mato Grosso e do Brasil em breve. Pelo menos essa é a perspectiva do mercado local depois que a Rússia anunciou a suspensão das relações comerciais com alguns países, especialmente com os Estados Unidos e com a União Europeia e em seguida confirmou a habilitação de novos frigoríficos no país, 87 no total, dos quais seis estão no Estado. Outras duas unidades podem ser confirmadas nos próximos dias pelo Serviço Federal Veterinário e Fitossanitário (Rosselkhoznadzor) daquele país.

Na noite da última quarta-feira, conforme a Agência Brasil, a Rússia proibiu a importação de produtos alimentícios de países europeus e dos Estados Unidos, em resposta às sanções ocidentais contra Moscou. Essa proibição inclui carne bovina, suína, aves, peixe, queijo, leite, legumes e frutos provenientes dos Estados Unidos, da União Europeia e também da Austrália, do Canadá e da Noruega. Estados Unidos e Europa decretaram sanções econômicas à Rússia pelo envolvimento na guerra da Ucrânia e apoio aos rebeldes pró-russos no Leste do país. Os conflitos podem fazer da Rússia – em relação ao complexo carnes da pauta estadual – uma ‘China’, que é hoje a maior parceira comercial do Estado e do Brasil em relação à soja em grão.

No início dessa semana, o Rosselkhoznadzor já havia anunciado a habilitação para o comércio de carnes bovinas com aquele país da Agra Agroindustrial de Alimentos S/A, localizada em Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá). Ontem, outros seis foram integrados à relação de plantas autorizadas a exportar cortes bovinos e suínos. Constam da nova deliberação russa, conforme o Mapa, as cinco unidades do JBS/Friboi e o frigorífico Vale Grande Indústria e Comércio, todos esses para exportações de carne e miúdos bovinos. Na última segunda-feira, a Agra Agroindustrial havia tido autorização apenas para carne bovina, mas na nova lista russa, surge também como fornecedora de carne e miudezas de suínos.

Há cerca de três a quatro anos, a Rússia era o maior destino das carnes bovinas e suínas processadas em Mato Grosso, mas em decorrência de sucessivos embargos e muito questionamento sobre a sanidade animal brasileira, deixou ser o maior mercado consumidor nacional, que agora tem entre outros países os ‘árabes’ e a Venezuela.

Mato Grosso, estado que detém o maior rebanho de bovinos e um dos maiores planteis de suínos do Brasil, ficou de junho de 2011 até o final de 2013 sem exportar para Rússia por conta de um embargo - declarado em junho daquele ano - que atingiu 85 frigoríficos de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná de aves, bovinos e suínos. Mesmo com o fim das suspensões no ano passado, a retomada efetiva dos embarques ocorreu somente neste ano com a Rússia retomando sua posição de maior mercado consumidor da carne bovina processada em Mato Grosso, como era até 2011. Em janeiro, os russos abriram as portas definitivamente para a produção estadual e responderam por mais de 18,2% de tudo que o Estado embarcou no primeiro mês de 2014.

Repercussão– Conforme a Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), do final do ano passado quando a suspensão ao Estado foi anunciada, dez frigoríficos no Estado passaram a ter habilitação para exportar carne bovina in natura e miúdos para a Rússia. “A reabertura desses mercados beneficia os pecuaristas do Estado, que têm mais opções para comercializar o rebanho mato-grossense”, frisou em nota.

De acordo com informações da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), as dez unidades estão liberadas para exportar carne in natura para Rússia estão situadas nos seguintes municípios: Rondonópolis, Várzea Grande, Mirassol D´Oeste, Pedra Preta, Araputanga, São José dos Quatro Marcos, Colíder, Barra do Garças, Tangará da Serra e Sinop. A unidade de Sinop é a única apta para exportar miudezas de carne.

“Essa situação amplia o leque de compradores da carne bovina mato-grossense. Além disso, deverá fortalecer a criação de bovinos no Estado”, comemora o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Segundo ele, os produtores têm condição para abastecer essas unidades. A expectativa ainda é que a mudança no mercado sustente o valor da arroba, promovendo boa rentabilidade para os pecuaristas.

08/08/2014 09:32
Porcos 2013 2 (ass) /

Fonte: Diário de Cuiabá (foto: Asssessoria)

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