Serviços realizados na BR 163 são de péssima qualidade e em vários
trechos a rodovia fica intrafegável e perigosa.
O vereador Peninha usou a Tribuna na Câmara na última terça-feira
(20) para acusar a empresa Sanches Tripolini de ser a responsável pelas
precárias condições de alguns trechos da Rodovia 163 (Cuiabá-Santarém), no
trecho Campo Verde/Rurópolis. O edil, que teve a oportunidade de percorrer este
trecho recentemente, disse que a empresa, com o objetivo de receber pagamento
do serviço prestado ao DNIT, com a tal medição, resolveu mexer em toda a
extensão deste trecho, que tem 112 quilômetros e não tinha equipamentos
suficiente para fazer o trabalho.
“Com a chegada do inverno, como a empresa não teve condições de
efetuar o serviço, foi obrigada a fazer vários desvios. Desvios estes, que quando
chove fica verdadeiro “sapoeiro”, pois nenhum carro sobe e nem desce, a não ser
com a ajuda de máquinas pesadas, como podemos ver in loco dezenas de carretas
sendo arrastadas pelas máquinas da empresa Sanches Tripoloni. Com isso, se
formam enormes filas, principalmente de carretas, que são as mais prejudicadas
e aí como não passam nem com reza, atravessam as carretas para que ninguém
passe”, destacou Peninha.
“Como podemos ver, a empresa mexeu em vários trechos e o que era
pista de rolamento da estrada, virou buraco e atoleiro, por isso vários desvios
são necessários serem feitos”, frisou Peninha.
O Vereador não poupou críticas ao DNIT, órgão que fiscaliza o
serviço, pois deveria ter advertido a empresa, para que não mexesse em todo
este trecho. “Entretanto, o DNIT permitiu que isto acontecesse e hoje estamos
passando humilhação neste trecho, por falta de responsabilidade, tanto da
empresa, como do órgão, que fiscaliza e paga o serviço”, declarou.
Lembrou Peninha que o contrato da empresa nº 00035/2013 é no valor
de R$ 229.388.427,00, já tendo aditivo, porém, se passaram 5 anos e a empresa
ainda não concluiu o serviço. O pior, afirmou o parlamentar, mexeu tanto neste
trecho, que fica intrafegável quando chove.
O edil itaitubense também criticou o 8º BEC. Disse que é uma
vergonha o governo ainda contratar o BEC para fazer asfaltamento desta estrada.
Lembrou Peninha que há quase 40 anos o 8º BEC está asfaltando a
Santarém-Cuiabá, trecho Santarém-Rurópolis, com uma extensão de 223 Km e até
hoje não concluiu. “E olha, que já foram gastos milhões e milhões de reais”,
informou.
Peninha lembrou que esta semana quando viajava por esta estrada
também enfrentou os problemas desta rodovia por causa dos serviços “porco”,
como classificou. Disse que 20 quilômetros chegando a Rurópolis, sentido
Santarém-Rurópolis, tem em torno de 200 metros, isto mesmo, 200 metros que até
hoje não foram asfaltados e o BEC não faz nada. “Ali passamos mais de 2 horas
para puxar uma carreta que não subia por causa do trecho liso. Bastava que
fosse feita terraplenagem. O pior que este problema já vem ocorrendo a meses e
parece que o BEC não vê, apesar dos seus veículos passarem ali”, acrescentou
Peninha.
O Vereador, usando a tribuna, se mostrou indignado, pois o BEC já
recebeu tanto dinheiro e nunca concluiu a pavimentação desta estrada de
Santarém a Rurópolis. “Quem trafega nesta rodovia, há de concordar comigo, que
a pavimentação do BEC é péssima. Em menos de 1 ano, onde foi pavimentado há uma
quantidade absurda de buracos, o que obriga o motorista a sair fazendo zig-zag,
correndo o risco de virar o veículo. Aí vem o Governo e contrata de novo o BEC
para asfaltar 65 quilômetros, que já recebeu R$ 75.000.000,00 desta rodovia, no
trecho Moraes Almeida/Novo Progresso. Vamos esperar quantos anos de sofrimento
para ver este trecho asfaltado?”, questionou Peninha.
O Vereador também criticou o 9º BEC, pelo péssimo asfalto que fez
na Rodovia Cuiabá-Santarém (BR 163) ou BR 230 (Transamazônica), trecho Campo
Verde/Miritituba. “O 9º BEC recebeu mais de R$ 41.000.000,00 para asfaltar este
trecho e será que é preciso dizer como está? Crateras, buracos, desvios. É uma
vergonha e fica por isso mesmo. Até quando vamos aceitar isto?”, perguntou o
Vereador.
“As carretas trafegam no zig-zag, o que muitas das vezes para
evitar um acidente, temos que procurar o leito da estrada, que já é estreita,
para evitar dar de cara com uma carreta. De vez em quando uma carreta tomba.
Com o aumento da quantidade de carretas chegando aos portos de Miritituba, a
tendência é o tráfego nesta rodovia ficar mais perigoso. Estou fazendo um
documentário para enviar ao DNIT pedindo providências e ao TCU-Tribunal de
Contas da União para fiscalizar com mais rigor estes contratos e exigir que as
empresas e o próprio Exército faça um serviço de qualidade, pois estão sendo
pagos, e bem pagos pelo Governo e temos que fiscalizar porque é nosso dinheiro,
somos nós que pagamos e ainda temos que ser humilhados nesta estrada”, concluiu
o vereador Peninha.
Fonte: RG 15/O Impacto
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