O setor privado e o governo federal pretendem investir, pelo menos, R$ 212 bilhões nos nove Estados da Amazônia Legal até 2020. Esses investimentos criam saída para o agronegócio exportador e uma nova estrutura para geração de energia e exploração mineral. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
O jornal levantou as informações utilizando como base o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os principais projetos privados em andamento, mas o valor poderá subir quando a totalidade dos projetos tiver orçamentos definidos.
Os investimentos são realizados em obras de energia, transporte e mineração. Juntas, elas criarão condições para a instalação de indústrias e darão origem a um corredor de exportação pelo "arco Norte", que vai de Porto Velho (RO), passando por Amazonas, Pará, até o Maranhão.
Usinas hidrelétricas
Os principais projetos previstos para a região são os de energia. As principais hidrelétricas planejadas pelo governo serão instaladas na região e, com elas, também se viabilizarão as hidrovias.
Projetos como Belo Monte (PA), Jirau e Santo Antônio (RO), Teles Pires e o complexo do Tapajós (PA) fazem parte desse novo ciclo de ocupação, acelerando o processo que se iniciou ainda sob a batuta do governo militar. A Amazônia, que hoje participa com 10% da geração de energia no país, passará a 23%, até 2020. Em uma década, ela será responsável por 45% do aumento da oferta de energia no sistema elétrico brasileiro e se tornará um dos motores do crescimento.
Esses projetos são também os mais controversos, já que causam grandes impactos ambientais e sociais na região. Para evitar o atraso nas obras o governo estuda uma série de mudanças legais. Entre elas estão a concessão expressa de licenças ambientais, a criação de leis que permitam a exploração mineral em áreas indígenas e a alteração do regime de administração de áreas de preservação ambiental.
Desenvolvimento sem sustentabilidade
O diretor da Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, Roberto Smeraldi afirmou em entrevista ao jornal que o governo abriu mão do desenvolvimento regional e sustentável preocupado somente em como dar suporte ao crescimento econômico do país nos próximos anos.
Telma Monteiro, especialista em energia da Kanindé afirmou que já estudos indicando que terá início uma nova fase de desmatamento, aumentando as emissões de carbono. Além disso, o caos social que será implantado nas cidades nunca é calculado nos estudos.
Na região de Porto Velho (RO), onde estão sendo construídas as usinas hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, já há 120 mil pessoas a mais que foram atraídas pelas promessas de trabalho. Como não houve preparação para receber essas pessoas, não há mais vagas nas escolas, os hospitais não suportam a demanda e a cidade continua sem tratamento adequado de saneamento básico.
Fonte: Amazonia.org.br
O jornal levantou as informações utilizando como base o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os principais projetos privados em andamento, mas o valor poderá subir quando a totalidade dos projetos tiver orçamentos definidos.
Os investimentos são realizados em obras de energia, transporte e mineração. Juntas, elas criarão condições para a instalação de indústrias e darão origem a um corredor de exportação pelo "arco Norte", que vai de Porto Velho (RO), passando por Amazonas, Pará, até o Maranhão.
Usinas hidrelétricas
Os principais projetos previstos para a região são os de energia. As principais hidrelétricas planejadas pelo governo serão instaladas na região e, com elas, também se viabilizarão as hidrovias.
Projetos como Belo Monte (PA), Jirau e Santo Antônio (RO), Teles Pires e o complexo do Tapajós (PA) fazem parte desse novo ciclo de ocupação, acelerando o processo que se iniciou ainda sob a batuta do governo militar. A Amazônia, que hoje participa com 10% da geração de energia no país, passará a 23%, até 2020. Em uma década, ela será responsável por 45% do aumento da oferta de energia no sistema elétrico brasileiro e se tornará um dos motores do crescimento.
Esses projetos são também os mais controversos, já que causam grandes impactos ambientais e sociais na região. Para evitar o atraso nas obras o governo estuda uma série de mudanças legais. Entre elas estão a concessão expressa de licenças ambientais, a criação de leis que permitam a exploração mineral em áreas indígenas e a alteração do regime de administração de áreas de preservação ambiental.
Desenvolvimento sem sustentabilidade
O diretor da Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, Roberto Smeraldi afirmou em entrevista ao jornal que o governo abriu mão do desenvolvimento regional e sustentável preocupado somente em como dar suporte ao crescimento econômico do país nos próximos anos.
Telma Monteiro, especialista em energia da Kanindé afirmou que já estudos indicando que terá início uma nova fase de desmatamento, aumentando as emissões de carbono. Além disso, o caos social que será implantado nas cidades nunca é calculado nos estudos.
Na região de Porto Velho (RO), onde estão sendo construídas as usinas hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, já há 120 mil pessoas a mais que foram atraídas pelas promessas de trabalho. Como não houve preparação para receber essas pessoas, não há mais vagas nas escolas, os hospitais não suportam a demanda e a cidade continua sem tratamento adequado de saneamento básico.
Fonte: Amazonia.org.br
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