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sábado, 22 de outubro de 2016

BR-163, A RODOVIA DA INTEGRAÇÃO, COMPLETOU 40 ANOS NESTA QUINTA-FEIRA DIA 20 DE OUTUBRO

Militares vindos dos Sul do país deram início à construção da BR-163 Cuiabá - Santarém. A construção da BR-163 em Mato Grosso, na década de 1970, fez parte do Plano de Integração Nacional (PIN) do Governo Militar e pertencia ao movimento desencadeado na época, cujo tema era: Integrar para não Entregar!
Sob pressão para ocupar a região Amazônica, o governo determinou que o Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) do Rio Grande do Sul viesse para Cuiabá e instalasse uma base com o objetivo de implantar a BR-163, ligando a capital mato-grossense a Santarém, no Pará.

Além da distância, havia muita dificuldade para transportar os equipamentos pela falta de pontes e estradas alternativasEm 1971, o então Coronel Antônio Paranhos inaugura o 9º Batalhão de Engenharia e Construção, o 9º BEC e começa a abertura da estrada que viria interligar a região Norte do país às regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ao mesmo tempo em que foi criado o 9º BEC, em Santarém foi instalado o 8º BEC, que tinha a mesma missão, mas em sentido oposto (Norte-Sul).

Foram cinco anos de muito trabalho, desafios e também perigos, pois se tratava da ocupação de uma região inóspita, nunca antes habitada por “homens brancos”. Ainda em 1971, o Coronel José Meireles assume o comando do 9º BEC e dá início aos trabalhos.

Este avião era utilizado para levar alimentos para os trabalhadores quando estavam isolados ou longe do alojamento. Primeiro partia a equipe de topografia, sozinhos e sem máquinas, chegavam a ficar 40 dias isolados na mata e os alimentos eram jogados de avião. Eles iam à frente para identificar o traçado da rodovia. Atrás seguiam militares e civis que trabalhavam na construção. Foram mobilizados cerca de 1.500 homens, parte vindos do sul do país e parte de mão de obra local.

Foi durante o processo de construção da BR-163 que muitas cidades foram fundadas às margens da rodovia, caso de Lucas do Rio Verde - antigo acampamento dos trabalhadores -, Sinop, Peixoto de Azevedo entre outros municípios.

As situações enfrentadas por esses desbravadores eram críticas. Doenças tropicais, isolamento e até o contato tribos indígenas traziam muitos problemas aos trabalhadores e militares. Oficialmente, o Exército registra a morte de 32 homens durante as obras de implantação da BR-163. Nenhuma foi causada por acidente, todas decorrentes de doenças, como a malária.

RELAÇÃO COM ÍNDIOS E IRMÃOS VILLAS-BOAS

O sertanista Orlando Villas-Bôas foi convidado para fazer a aproximação com os indígenasOutro fato que precisou de atenção especial foi a aproximação com os indígenas. A tribo Kreen-aKarore, conhecidos como os ‘Gigantes da Amazônia’, ainda não tinha contato com outros homens e foi preciso convidar os antropólogos Orlando Villas-Bôas, Cláudio Villas-Bôas e Leonardo Villa-Bôas para intervir na aproximação com os construtores da BR-163.

DE LÁ PRA CÁ

A inauguração da BR-163 ocorreu em 1976, quando os homens do 9º BEC encontram o 8º BEC na região sul do Pará, após cinco anos de trabalhos.
Até hoje a rodovia não está completamente pavimentada e a agora, 40 anos depois, será duplicada no trecho entre Mato Grosso do Sul e Sinop. Até hoje a BR-163 não está completamente pavimentada, faltando cerca de 300 quilômetros no Estado do Pará. Mas muita coisa deverá mudar a partir da concessão da rodovia.

Nos próximos cinco anos, cerca de 450 quilômetros serão duplicados pela concessionária Rota do Oeste, um novo capítulo na sua bonita história. Serão R$ 5,5 bilhões em investimentos ao longo dos próximos 30 anos. Nos cinco primeiros anos, quando serão investidos R$ 2,6 bilhões, será realizada a duplicação de um trecho de 453,6 km entre a divisa com Mato Grosso do Sul até Rondonópolis, de Posto Gil a Sinop, além da Rodovia dos Imigrantes. As demais extensões já estão duplicadas ou terão as obras executadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

A BR-163 também passará a contar com uma equipe especializada percorrendo e monitorando a rodovia 24 horas, com o objetivo de garantir a segurança e conforto dos usuários. Serão prestados serviços de socorro médico e mecânico, remoção de veículo e fiscalização de tráfego ao longo dos 850,9 quilômetros concedidos, entre a divisa com Mato Grosso do Sul e o município de Sinop.



Fonte: Ag. Nacional

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