Raphael Di
Cunto, em São Paulo
Mastangelo
Reino/Folhapress
Gabriel
Chalita (PMDB-SP), pré-candidato do partido à Prefeitura de São Paulo
O deputado
federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Gabriel Chalita (PMDB) deu o
tom de sua campanha nesta segunda-feira ao mirar as críticas no ex-governador
José Serra (PSDB) em jantar com empresários na sede do Sindicato das Empresas
de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo. Pré-candidato do PSDB, Serra é
o primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, com apoio de 30% da
população.
Chalita, um
ex-tucano, alcança suas melhores intenções de voto nos setores mais ricos e
mais escolarizados da cidade, mesma faixa de eleitorado de Serra. Sem citar
nominalmente o ex-governador, o deputado disse que não comemoraria se fosse
Serra o candidato tucano. "A pesquisa diz que mais de 60% da população não
confia nele. Eles dizem que ele está mentindo, que não vai cumprir com o que
prometeu", afirmou.
Segundo
pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada sábado, 66% da população acredita
que Serra irá, se eleito, abandonar o cargo para concorrer à Presidência em
2014. Em 2004, ele foi eleito para prefeito com a promessa de que não sairia no
meio do mandato, mas renunciou um ano e três meses depois da posse para
concorrer ao governo estadual.
Durante o
jantar, o deputado foi questionado por um empresário se tomaria a mesma atitude
de Serra, que congelou a quitação dos restos a pagar quando assumiu a
prefeitura em 2005 e "quebrou empresas de mais de 40 anos" do ramo de
limpeza. "Jamais faria isso. É uma política mesquinha, arrogante, de usar
o poder pensando que os empresários não irão confrontar o prefeito",
disse.
Gel no
cabelo, sem blazer e gravata, o deputado falou por 40 minutos para cerca de 30
empresários, se vendeu como candidato com boas relações no governo federal e
estadual e defendeu ações em parceria com a iniciativa privada. "Sou
favorável a PPP [Parceria Pública Privada], a OS [Organização Social]. Tem
lugares que elas não funcionam, mas isso é combatido com uma fiscalização mais
austera", pontuou.
Chalita
disse depois, à imprensa, que sua campanha não fará ataques pessoais e que as
críticas foram uma resposta à curiosidade da população em saber o que ele pensa
da candidatura do tucano. Critica, porém, as promessas que o tucano fez "e
não cumpriu" e a "forma de ele fazer política". "O Serra
representa o que está ai, a atual administração. Se as pessoas querem novidade,
eu sou uma novidade, mas com conteúdo".
O deputado
afirmou acreditar que a campanha não será polarizada entre o tucano e o
ex-ministro da Educação Fernando Haddad, pré-candidato do PT, principalmente
quando começarem os debates e propaganda gratuita na televisão. "O Serra
quer polarizar porque ele tem medo de mim. Como ele tem muita rejeição, quer
jogar com quem também tem rejeição alta em São Paulo, que é o PT, e não contra
quem não tem rejeição", avaliou o pemedebista.
Fonte: Folha.uol.com
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