Resultados dos testes serão divulgados no dia 29 de março.
Testes sobre segurança de urnas eletrônicas.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou nesta terça-feira (20) um evento de testes públicos de segurança do sistema eletrônico de votação. Vinte e quatro pessoas participarão de um processo de ataques a softwares e urnas eletrônicas.
“O objetivo é abrir o sistema eleitoral para colocar à prova de qualquer cidadão. Para burlar o voto, existem várias barreirinhas de segurança encadeadas a serem vencidas”, definiu o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Tutrajanino.
Trata-se do segundo evento do tipo. O primeiro foi realizado em 2009 e nenhum participante foi capaz de manipular votos, conforme o TSE. Os resultados e conclusões desta edição serão divulgados pelo presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, no próximo dia 29, em audiência pública na sede do tribunal. Melhorias relacionadas ao sigilo do voto serão feitas já para as eleições municipais deste ano. O evento vai até a próxima quinta (22).
“É importante informar que isto não é um desafio. É uma forma de colaboração para a melhoria das próximas eleições, para a maior segurança e transparência do processo eleitoral”, concluiu o secretário do TSE.
Segundo o tribunal, não é permitido danificar a urna ou entrar no ambiente de teste com mídia ou dispositivo de armazenamento regravável, incluindo qualquer aparelho com acesso à internet.
Os componentes da urna eletrônica são: o processo de carga da urna; hardware; lacre físico; dispositivos de logística que protegem a urna; mídias eletrônicas; conteúdo das mídias de dados; e software de votação utilizado na seção eleitoral.
Equipamentos eletrônicos usados nos testes e que foram autorizados pelo TSE poderão ficar retidos pelo TSE por até 60 dias após a realização do evento. O TSE irá disponibilizar computadores com internet aos investigadores, que poderão configurar os sistemas com os softwares que desejarem. Durante uma fase dos testes, os investigadores terão acesso ao código-fonte do sistema das urnas.
A maioria das 24 pessoas participantes é do meio acadêmico. Cinco universidades brasileiras se prontificaram a participar do evento: Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal de Uberlândia, Universidade Estadual de Taubaté, Universidade de Brasília, Universidade Federal de Santa Catarina.
Comissões
O professor de Ciência da Computação da Universidade de Brasília Wilson Henrique é integrante da comissão disciplinadora dos testes e disse que a cada dois anos novas barreiras de segurança são desenvolvidas. “O objetivo é avaliar o nível de profundidade de um ataque, qual seria o impacto, o ‘estrago’ para uma eleição. As pessoas que se candidataram são como ‘hackers’”, concluiu.
O diretor do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer do Ministério da Ciência e Tecnologia, Antonio Montes falou da importância dos testes. “É importante o que o TSE tem se proposto a fazer para que pessoas de fora possam analisar em detalhes o sistema eleitoral e corrigir o que tiver de ser aperfeiçoado”, afirmou o membro da comissão avaliadora da edição.
Uma terceira comissão, formada por servidores do Tribunal de Contas da União, do Supe
rior Tribunal Federal, do Exército Brasileiro e da Polícia Civil do DF fará o papel de auditores externos para verificar se o TSE está cumprindo seu papel em relação à segurança.
rior Tribunal Federal, do Exército Brasileiro e da Polícia Civil do DF fará o papel de auditores externos para verificar se o TSE está cumprindo seu papel em relação à segurança.
Fonte: G1
Vereadores de Santarém estão inelegíveis junto ao TRE.
Maurício Corrêa, Gerlande Castro e Reginaldo Campos, tiveram contas reprovadas.
Vereadores tiveram contas de campanha reprovadas.
Inegilibilidade, essa é a palavra que está fermentando nos bastidores da política santarena.
Ano de eleições e tudo deve estar dentro da linha determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), aos candidatos a concorrer o pleito de 2012. Nesse acerto de contas surgem os vereadores Maurício Corrêa (PSD), Gerlande Castro (PSD) e Reginaldo Campos (PSB).
O vereador Maurício Corrêa teria as contas reprovadas devido a campanha para Deputado Federal em 2012. Caso deixe de resolver a pendência no TRE, de acordo com as novas regras, ficará inelegível. E a conseqüência será impedido de participar da disputa eleitoral deste ano. O Vereador viria como pré-candidato a Prefeito pelo PSD. Outro colega de partido, o vereador Gerlande Castro também está com problemas com do TRE. Ele disse que o agravante foi no início do mandato. Mas, foi inocentado no final do processo. “Eu tive um processo de pedido de prestação de conta no início do meu mandato, inclusive no período que era para eu ser diplomado e não pude em Santarém. Em Belém me deram a liminar para ser diplomado. E passei um ano mais ou menos respondendo processo. No final do processo fui inocentado da minha prestação de conta, aonde eu ganhei por unanimidade, com ressalva a minha prestação de conta”, disse Gerlande Castro.
Gerlande qualifica como equívoco o que está ocorrendo junto ao TRE, dele e do Maurício Corrêa. E acredita que uma boa defesa pode resolver o problema. “Porque a gente percebe que são coisas que podem ser resolvidas. O nosso parceiro de partido, o vereador Maurício Corrêa, a prestação de conta dele é de Deputado Federal de 2010, onde a sociedade santarena sabe que nem candidato ele foi. Tem algum equívoco, eu acredito. O vereador Maurício Corrêa nem candidato foi. Isso vai ser uma boa defesa”, declarou Gerlande.
O TRE também bate a porta do vereador Reginaldo Campos, do PSB. O impasse estaria nas contas de campanha de 2008, quando foi reeleito, e que já foram reprovadas em duas instâncias, – na 1ª, em Santarém, e no Tribunal Regional Eleitoral do Pará. Se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a decisão das duas instâncias, Reginaldo ficará inelegível, conforme a nova norma aprovada pela Corte Eleitoral com relação a contas de campanha reprovadas em 2010 e 2008. “Nós recebemos isso como certa preocupação, porque a gente vem trabalhando ao longo dos três mandatos com muita seriedade e probidade. Mas, infelizmente, nós tivemos nossas contas rejeitadas pelo TRE, em Belém e já recorremos. Nós tivemos dificuldade no TSE. No entanto, acredito que isso não tenha causado nenhum problema. Até porque a lei é muito clara. Quem fica inelegível, segundo a Lei, é quem não apresenta. Então, isso é incoerência do TSE de ter normatizado essa lei, um ano antes da eleição. Duvido que essa Lei vá prevalecer. E outra coisa, não tem nada a ver com a Lei da Ficha Limpa, é bom que diga isso, porque há uma falsa informação para a população de que o TSE está deixando os políticos que tiveram a sua conta rejeitada ser ficha suja, isso não é verdade. A resolução é uma coisa, a Lei da Ficha Limpa é outra coisa que não tem nada a ver. Portanto, teria que deixar muito claro. E eu estou muito tranqüilo, só não serei candidato se meu partido não quiser”, disse Reginaldo Campos.
Fonte: RG 15/O Impacto e Por: Alciane Ayres
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