SEGUNDO A CPI DA ALEPA, PET COMANDAVA GRUPO DE EXTERMÍNIO NAS PERIFERIAS DE BELÉM
Cabo Pet agia como justiceiro e
cobrava taxas diferenciadas de famílias e empresários
“Temos a clara convicção de que o
Cabo Pet comandava um grupo de extermínio, que agia como justiceiro e cobrava
taxas diferenciadas de famílias e empresários, oferecia serviços de segurança
privada, quase como uma imposição, pois quem se recusasse teria a casa invadida
ou assaltada”. Essa é a opinião do deputado Edmilson Rodrigues (Psol), autor e
membro da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura a existência de grupos de
extermínio no Pará.
Na quarta-feira (7), a CPI já
colheu vários depoimentos, na Assembleia Legislativa do Pará. Entre eles, foram
ouvidos a diretora de Polícia Especializada, delegada Ione Coelho, e a ouvidora
do Sistema de Segurança Pública, Eliana Fonseca.
Ao reafirmar a participação de
policiais nesses grupos, Edmilson preocupou-se em não generalizar o
envolvimento de membros da PM. “Cobra-se por uma proteção que deveria ser pública.
É inadmissível que pessoas usem o cargo de policial para atender interesses
próprios”.
O deputado reivindicou do governo
uma política efetiva que coíba o uso da força do estado para atender interesses
particulares.
ASSASSINATOS
A CPI foi motivada pela chacina
realizada em bairros periféricos de Belém, na noite de 4 de novembro deste ano.
Dez pessoas foram assassinadas em ato que seria resposta à execução do cabo
Antônio Figueiredo, o Pet, da Polícia Militar. Suspeita-se que as mortes foram
realizadas por um grupo de extermínio que conta com a participação de
militares.
Fonte: DOL
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