Vera Paz
O ideal, é claro, seria a preservação da originalidade das nossas tradições, dos nossos costumes, do nosso patrimônio cultural natural e histórico, entretanto, a ânsia do progresso e a onda de modernização falam mais alto, infelizmente. Isto aconteceu, em Santarém, com a praia Vera Paz, que hoje só existe nos versos dos poetas e na lembrança de quem teve, como eu, a ventura e o prazer de rolar nas suas areias, mergulhar na sua água cristalina e participar de inesquecíveis serenatas, o que inspirou o meu mano Emir, ao compor o poema “Maldito Tributo”:
Quando boiava, linda lá no azul celeste,
A luz peregrina, alcovitando amores,
Ó Vera Paz, quanta felicidade nos deste,
Ao som dos violões e a voz dos teus cantores!
Nas cinzas do que se foi, quase a chorar ingresso...
Todo um passado fica para sempre morto,
Porque, como um tributo pago ao progresso,
A nossa Vera Paz deu lugar ao Cais do Porto!
Por isso é que dói tanto a amarga realidade:
A mais inspiradora praia regional,
Hoje é lembrança... verso... lágrima e saudade.
A luz peregrina, alcovitando amores,
Ó Vera Paz, quanta felicidade nos deste,
Ao som dos violões e a voz dos teus cantores!
Nas cinzas do que se foi, quase a chorar ingresso...
Todo um passado fica para sempre morto,
Porque, como um tributo pago ao progresso,
A nossa Vera Paz deu lugar ao Cais do Porto!
Por isso é que dói tanto a amarga realidade:
A mais inspiradora praia regional,
Hoje é lembrança... verso... lágrima e saudade.
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