PESQUISA FOI FEITA EM 37 PAÍSES. VIDA SEXUAL
DOS BRASILEIROS COMEÇA
AOS 13 ANOS, MESMA IDADE REGISTRADA NOS ESTADOS UNIDOS E
NA AUSTRÁLIA.
As opiniões divergem quanto à idade certa
para começar a vida sexual, mas uma pesquisa aponta que os brasileiros estão
começando a ter esse tipo de relação aos 13 anos, mesma idade registrada nos
Estados Unidos e Austrália. O estudo, feito em 37 países, mostra ainda que os
brasileiros são os que mais usaram preservativo na primeira relação sexual.
Sessenta e seis por cento dos entrevistados no país disseram que usaram o
preservativo.
O comportamento é simples de explicar,
segundo a especialista Carmita Abdo, que estuda sexualidade há mais de três
décadas.
“Desvinculou-se a ideia de sexo e casamento
de uma forma conjunta e os jovens começam a praticar sexo assim que sentem o
impulso, a atração, a necessidade de se aproximar de alguém para ter prazer,
para ter satisfação nessa área”, explica Carmita, coordenadora do programa de
sexualidade da USP.
A pesquisa foi realizada em 37 países com 30
mil pessoas acima de 18 anos e revelou que pouco mais da metade dos
entrevistados não planejaram a primeira relação.
“Depois que acontece a gente sempre tem
aquela culpa na mente, porque não usou camisinha”, confessa Erico dos Santos,
promotor de vendas.
“Se você vê que ele não colocou a camisinha a
gente fica meio sem jeito, meio sem graça de acabar quebrando o clima, ele
ficar chateado”, conta Maiara
Anne, operadora de caixa.
A educação pode ser uma forte aliada dos
jovens. De acordo com a pesquisa, metade dos entrevistados brasileiros que
ainda não tiveram uma experiência sexual diz que precisam de mais informações
sobre doenças sexualmente transmissíveis. E 46% querem saber mais sobre métodos
contraceptivos.
Foi pensando nisso que um instituto montou
uma camisinha gigante no meio do Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
“Nós estamos trabalhando com mudança de
comportamento, mudança de uma cultura. Para que isso aconteça eles precisam ser
impactados e desencadeada nos jovens a motivação para poder se prevenir. Para
isso precisa de um trabalho um pouco mais elaborado, que é o trabalho de
prevenção”, diz Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan e educadora
sexual.
diadiaprogresso.com.br
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