A DOMÉSTICA MARIA TELMA, ESPOSA DO AUTÔNOMO
JOSÉ ALBERTO DA SILVA, PEDE PROVIDÊNCIAS POR PARTE DO INSTITUTO NACIONAL DO
SEGURO SOCIAL
Maria Telma denuncia que seu esposo está
impossibilitado de trabalhar por causa de um acidente de trânsito
Maria Telma denuncia que seu esposo está
impossibilitado de trabalhar por causa de um acidente de trânsito
A doméstica Maria Telma Silva Sousa, de 44
anos, esposa do autônomo José Alberto da Silva Sousa,de 50 anos, moradora da
Travessa Rocha Negra, bairro Nova Vitória, nº 92, pede providências por parte
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para que o trabalhador comece a
receber o beneficio conhecido como “auxílio-doença”.
José Alberto ficou tetraplégico após ter sido
vítima de um acidente de trânsito, que aconteceu no dia 16 de março deste ano,
no bairro do Maracanã, quando trafegava em uma motocicleta e foi atingido por
um carro.
Ele foi levado para o Pronto Socorro
Municipal (PSM), onde recebeu atendimento. Também foi registrado um Boletim de
Ocorrência na 16ª Seccional da Polícia Civil. Após o acidente, seu José ficou
tetraplégico e sua esposa afirma que sua família está passando necessidade,
principalmente por conta da demora em receber o “auxílio-doença”.
Hoje, seu José se encontra em estado
debilitado, deitado em uma cama, apresentando baixa resistência física e sem
movimentar os membros superiores e os inferiores. A tetraplegia é a paralisia
total ou parcial dos braços, pernas e tronco. O grau de mobilidade dos braços
depende da altura (vértebra atingida) e da intensidade da lesão.
A tetraplegia ou quadriplegia é quando uma
paralisia afeta todas as quatro extremidades, superiores e inferiores, juntamente
à musculatura do tronco. À impossibilidade de mover os membros associam-se, em
grau variável, distúrbios da mecânica respiratória, podendo causar demência
leve.
Diante desta situação e por conta na demora
na entrega do laudo do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC), dona
Maria afirma que sua família está passando por dificuldades financeiras, porque
até o momento ainda não recebeu o “auxílio-doença”.
“Nós já recebemos o Seguro DPVAT e estamos
lutando para ter o outro beneficio, até para pagar a terapia dele. O tratamento
dele e o acompanhamento é a própria família que está bancando, mesmo sem
condições”, diz dona Maria.
Segundo ela, para que seu José não passe
muita necessidade, ele está contando com apoio de seus familiares. “O benefício
vai ser muito bom, principalmente para comprar remédios e alimentos pra ele.
Todo esse problema está acontecendo por causa da demora na entrega do laudo do
CPC”, reafirma.
Dona Maria ressalta que o casal teve seis
filhos e, que todos ainda são dependentes deles para estudar e se alimentar.
“Temos seis filhos e todos dependem da gente. Eu não estou podendo nem
trabalhar em outro lugar, porque passo dia e noite cuidando dele. O José era o
chefe da casa e quando ele adoeceu toda a família padeceu. Esse benefício vai
ajudar toda a minha família”, garante.
TRATAMENTO: Todos os dias, segundo dona
Maria, seu José precisa tomar remédios, trocar a sonda, fraldas e os curativos
em grande quantidade. “Hoje, ele está indo para o hospital em uma ambulância
quando vai fazer o tratamento. Esse dinheiro vai ser bom até para pagar um
transporte mais adequado pra levar ele pro hospital, principalmente pra fazer a
fisioterapia, que já estamos angustiados porque o dinheiro já praticamente não
tem mais pra continuar pagando”, expõe.
Ela reforça que sua família está atrás desse
benefício desde a época em que ocorreu o acidente com o seu marido. “Eles
marcaram pra levar o restante dos papéis agora no dia 7 de outubro. É um
descaso muito grande. Ele deveria ser aposentado, mas disseram que ele passou
quatro anos trabalhando na informalidade, construindo casas e fazendo corridas
de mototaxi e, por isso não conseguiram aposentá-lo”, denuncia.
Dona Maria revela que o motorista que causou
o acidente deu de ajuda apenas R$ 100,00, e nunca mais apareceu. “O motorista
sumiu depois de dar essa pequena quantia em dinheiro. Eu apelo ao INSS que nos
dê esse beneficio, porque estamos precisando de dinheiro pra tudo, como pra
remédio, alimentação e transporte, porque uma pessoa nas condições dele precisa
muito de ajuda”, diz.
SEQÜELAS: As tetraplegias são freqüentemente
conseqüências irreversíveis de patologias neurológicas ou neurocirúrgicas
graves. O doente tetraplégico que sobrevive torna-se uma pessoa desprovida de
auto-suficiência que terá necessidade de assistência contínua durante toda a
vida. Assim, necessita da intervenção de outras pessoas não só para lhe
assegurar uma certa mobilidade, mas, também, para realizar os atos cotidianos
necessários à sobrevivência, como comer ou praticar a higiene pessoal, ou
vários tipos de auxílios muito complexos, como por exemplo: Cadeiras de rodas
especiais que se podem comandar com o queixo (controle mentoniano); Aparelhos
verticais eletro-hidráulicos para assegurar a posição ereta; Respiração
assistida, entre outras.
Por: Manoel Cardoso
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