
Jadson Martins chegando à delegacia de Apui
O vereador Jadson Martins de Oliveira, preso
na tarde de quinta feira (20) ao comparecer à delegacia de Apuí, interior do
Amazonas, para prestar depoimento sobre vídeos em que ele aparece fazendo sexo
com adolescentes, está em uma cela separada dos demais presos, mas sem
privilégios, segundo o delegado Francisco Rocha. O parlamentar foi indiciado no
Artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), após o inquérito da
Polícia Civil ter sido fechado na quinta feira (27). A polícia ainda investiga
quem são os responsáveis pela divulgação das imagens.
Segundo Rocha, o vereador cumpri os mesmos
horários dos outros presos para visitas e recebe a mesma alimentação.
"Estamos cumprindo a decisão judicial que prevê que ele fique em uma cela separada
da dos outros presos, porém, não há qualquer privilégio. Os horários de visita,
tanto dos advogados quanto de familiares, são os mesmos que os outros detidos.
Ele terá de cumprir tudo como todo mundo", disse o delegado.

Jadson Martins já havia sido afastado da Câmara
Municipal de Apuí na segunda feira (17), quando foi aberta Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) para investigá-lo. O vereador também foi afastado do partido
ao qual era filiado (PSB), desde o dia 18.
Divulgação dos vídeos - A polícia investiga
também o responsável pela divulgação dos vídeos em Apuí. De acordo com
Francisco Rocha, um segundo procedimento será instaurado para apurar o caso. Na
primeira quinzena deste mês, os vídeos
gravados pelo vereador Jadson Martins, foram divulgados em Apuí e, em poucos
dias, as imagens tinham sido compartilhadas entre a população da cidade por
meio das redes sociais.
A defesa do parlamentar afirma que o cartão
de memória do celular, que continha as imagens, foi roubado. "Como
provavelmente há adolescentes envolvidos na divulgação das imagens, o que
também é crime, então será instaurado um outro tipo de procedimento e não um
inquérito", revelou.
O Artigo 240 do ECA diz que incorre em crime
quem produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por
qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou
adolescente, prevendo pena de reclusão de quatro a oito anos, e multa, com
aumento na pena de um terço se o agente que comete o crime estiver em um cargo
ou função pública.
Entenda o caso - O vereador do município de
Apuí é suspeito de aliciar menores de idade. As investigações iniciaram após a
divulgação de vídeos em que ele aparece supostamente gravando cenas de sexo
explícito com duas adolescentes.
As imagens se espalharam na cidade. Uma das
vítimas filmadas é sobrinha do vereador do município Dirlan Gonçalves (PROS). O
parlamentar entrou com pedido de cassação do colega. Segundo a polícia, as
vítimas têm 15 e 16 anos.
Em entrevista, o titular da delegacia de
Apuí, Francisco Rocha, contou que familiares de uma das vítimas formalizaram a
denúncia na última sexta-feira (14). "A família chegou à delegacia com
dois vídeos pornográficos do parlamentar com duas adolescentes. Já ouvimos as
duas meninas e comprovamos que são menores de idade - uma de 15 e outra de 16
anos", informou.
O delegado ressaltou ainda que uma terceira
adolescente, de 16 anos, se apresentou à delegacia afirmando também ter sido
vítima do vereador.
Os vídeos que chegaram à polícia foram
encaminhados a dois peritos do município para avaliar a veracidade das imagens.
Foi comprovado que as imagens eram verídicas, sem manipulação ou edição. Nas
imagens investigadas, as jovens pedem para que o homem pare de filmar, mas ele
mantém a câmera ligada. Em determinado momento, o rosto do suspeito é filmado
beijando uma das adolescentes.
Fonte: G1/ Amazonas
Por: FRANCISCO AMARAL
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