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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Esgotos poluem Rio Tapajós, diz pesquisa Sujeira do esgoto é lançada no Rio Tapajós.

17 espécies de peixes foram identificadas com concentração de mercúrio
Uma pesquisa realizada pelo Laboratório de Biologia Ambiental da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) investigou a qualidade da água de alguns rios da região, entre eles, o Rio Tapajós, rio brasileiro que possui nascente no estado de Mato Grosso e banha parte do estado do Pará.

Santarém, um dos municípios banhados pelo Tapajós sofre com a qualidade das águas que são poluídas por esgotos. Ao chegar à cidade é possível constatar facilmente o lançamento de sujeira direto no rio, por isso o laboratório se motivou a conhecer a interferência desses esgotos e realizou coletas de dados nas margens e ao meio para análises.

O biólogo Reinaldo Peleja explicou que antes de iniciarem a pesquisa, foi feita uma caracterização dos esgotos e todos apresentam alterações acima dos padrões permitidos. Ele afirma que pelo fato do rio ser extenso ainda e naturalmente está conseguindo purificar as águas, excluindo os poluentes.

Reinaldo sugere soluções para evitar piores problemas: “Simplesmente tentar canalizar esses esgotos e instalar filtros pra que esse influente passe por esse filtro e a partir daí ser lançado no Rio Tapajós.

De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-STM), Rose Meire as tubulações que existem na extensão da orla são de rede de drenagem e afirma que somente 10% do esgoto doméstico é lançado no Rio Tapajós.

“Só a rede de drenagem causa uma poluição na água, mas isso é aceitável porque são as águas da chuva. O problema é que como não existe um problema de esgotamento sanitário na cidade, parte do esgoto doméstico é lançado na rede de drenagem.”

O pesquisador destacou que está sendo realizada outra pesquisa sobre a qualidade das águas dos Rios Tapajós, Amazonas e Arapiuns nos períodos chuvosos e de estiagem, para verificar a existência de coliformes fecais e a concentração de mercúrio em peixes. Resultados parciais revelaram que das 121 espécies de peixes verificadas, 17 estão com concentração de mercúrio acima dos padrões estabelecidos para consumo humano. “A gente acredita que ainda seja sequela da grande atividade de garimpo que teve aqui na região, associado também com o uso do solo e a ocorrência natural de mercúrio que tem no solo da região que está liberado pro sistemas aquáticos.


Fonte: RG 15/O Impacto e notapajos.com

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