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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

EXTRATIVISTAS DA FLONA E DA RESEX TAPAJÓS-ARAPIUNS ACAMPAM NA SEDE DO ICMBIO


Faixas expondo as necessidades de aprovação dos planos de manejo foram colocadas no muro do prédio do ICMBioELES REIVINDICAM A REVISÃO E A APROVAÇÃO DOS PLANOS DE MANEJO DENTRO DAS COMUNIDADES, DAS DUAS UNIDADES

Faixas expondo as necessidades de aprovação dos planos de manejo foram colocadas no muro do prédio do ICMBio

Extrativistas da Floresta Nacional do Tapajós (Flona) e da Reserva Extrativista Tapajós-Arapinuns (Resex) continuam acampados na sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), anexo ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na Avenida Tapajós, em Santarém, Oeste do Pará.

Os manifestantes ocuparam a sede do órgão, na manhã de terça-feira, 25,  onde entregaram suas demandas a gerencia do órgão, no Município. Eles reivindicam a revisão e a aprovação dos planos de manejo dentro das comunidades, das duas unidades de conservação ambiental.

Faixas expondo as necessidades de aprovação dos planos de manejo foram colocadas no muro do prédio do ICMBio, pedindo melhorias dentro das unidades de conservação. Um delas expõe a seguinte frase: “O desenvolvimento sustentável depende do cumprimento da legislação. Plano de manejo já!”, diz a faixa.

O líder extrativista Raimundo Gamboa, líder comunitário da Resex, afirma que os moradores precisam de melhores condições de qualidade de vida. “Educação, saúde, saneamento praticamente tudo, porque hoje o que existe na Resex é muito pouco em relação daquilo que precisamos”, explicou.

Na Flona, há necessidade de espaço para desenvolver as atividades voltadas à extração da madeira de forma legal. Os representantes das unidades de conservação adiantaram que vão até Brasília para pedir apoio junto ao Ministério do Meio Ambiente.“Estamos reivindicando serraria dentro desse novo plano, agroindústria, criação de peixes, movelarias. Queremos que isso saia nessa revisão de plano de manejo”, reafirmou o extrativista Sérgio Pimentel.

O chefe da Flona no ICMBio, Fábio Carvalho garante que as reivindicações tem fundamento. “É um processo administrativo que em geral é demorado, porque há necessidade de estudo científico. Tudo o que ele s pediram é viável e boa parte a própria gestão da unidade de conservação tem batalhado para alcançar”, declarou.

Para Fábio, a manifestação dos comunitários é pacífica e justa e, que o órgão local já comunicou à Brasília, que acenou de forma positiva para o movimento, colocando a revisão do Plano de Manejo da Floresta Nacional do Tapajós, em caráter prioritário.

Segundo o vice-presidente da Tapajoara, Dinael Cardoso, os comunitários decidiram permanecer no local, até que uma comissão de moradores da Flona e da Resex, seja recebida pelo presidente do ICMBio, em Brasília. “O movimento disse: Nós vamos permanecer até que nossa equipe, que está indo para Brasília, seja recebida pelo presidente do ICMBio, Roberto Ricardo Vizentin, para que possa receber das mãos dele nossas reivindicações”, disse.

O movimento Social dos Extrativistas, organizado pela Federação das Organizações e Comunidades Tradicionais da Floresta Nacional do Tapajós, em conjunto com a Organização das Associações da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, conta com apoio do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR) e do Conselho Indígena de Belterra.

O movimento recebeu a solidariedade de várias autoridades locais, entre eles, as vereadoras Ana Elvira Alho (PT) e Ivete Bastos (PT), que estiveram na sede do ICMBio na tarde de terça-feira.




Fonte: RG 15/O Impacto

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