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sábado, 15 de novembro de 2014

JACAREACANGA CONTRIBUI NA 2ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL

1.200 Delegados elegeram os 40 princípios e diretrizes que vão nortear a elaboração e a implementação de políticas públicas para o setor.

 

A 2ª Conferência Nacional de Proteção e Defesa Civil (2ª CNPDC) aconteceu durante os dias 04 a 7 deste mês de novembro no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), na Capital Federal. Dos 1.342 delegados inscritos, cerca de 1.200 se fizeram presentes e durante os quatro dias do evento debateram e analisaram 1.439 propostas de princípios e diretrizes construídas durante as etapas estaduais, de onde priorizaram 40 propostas sendo 10 de princípios e 30 de diretrizes. De acordo com informações da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SNPDC), foram realizadas 460 etapas municipais/intermunicipais, com a participação de 2.359 municípios da federação e que 28.293 pessoas tenham participado destas etapas, com a construção de 10.711 propostas de princípios e diretrizes nesta etapa.


Anda de acordo com a SNPDC foram realizadas 253 Conferências Estaduais com 6.624 participantes que elegeram 965 propostas de princípios e diretrizes para etapa nacional e das 18 Conferências Livres por inciativa dos Conselhos Nacionais foram priorizadas 434 propostas. Já a 1ª Conferência Virtual de Proteção e Defesa Civil que aconteceu entre 11 de agosto e 5 de setembro deste ano, contou com a participação ativa de 426 pessoas que priorizaram 40 propostas.


O Estado do Pará se fez representar por 44 delegados entre eles Raimundo Nonato Alves Silvavoluntário na Defesa Civil de Jacareacanga, que representou a sociedade civil (Igreja Evangélica Assembleia de Deus) na delegação paraense. De acordo com Nonato Silva os debates durante os trabalhos de grupos foram acirrados e a votação para eleger as propostas foi feita por meio eletrônico. “Nas 40 propostas priorizadas na etapa nacional buscamos a valorização dos agentes públicos atuantes em Defesa Civil, bem como a garantia de recursos específicos à Proteção e Defesa Civil nos orçamentos da união, dos estados e dos municípios, que vão fortalecer as políticas públicas deste setor”, disse.



Ainda de acordo com Nonato Silva, o município de Jacareacanga teve participação direta na elaboração da proposta de princípios P.40 e nas propostas de diretrizes 1.22 e 1.42 aprovadas na etapa nacional. (veja abaixo as propostas oriundas do Estado do Pará). “Para mim foi motivo de orgulho representar o meu Estado e o meu município em uma conferência de tamanha importância. É gratificante saber que Jacareacanga também contribuiu nas sugestões que serão usadas para aprimorar a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil”, disse.


Para o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira, os princípios e diretrizes estão alinhados com o que a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil iráimplementar. "As propostas priorizadas irão nos nortear na construção do Sistema. Estão direcionadas no rumo que estávamos pensando, mas têm muito mais força porque vem dos participantes e da sociedade, que é, afinal, nosso público", afirma.


PRINCÍPIOS: Princípios P.19 (1132-votos) Garantir por lei o repasse de 1% do orçamento da União para ações de prevenção, mitigação e preparação para os fundos municipais de proteção e defesa civil para os municípios que estejam inconformidade com a legislação 12.608 (Estatuto da Defesa Civil), a fim de torná-los resilientes.


Princípios P.40 (788-votos):  A Política Nacional de Proteção e Defesa Civil deve ser integrada às demais políticas públicas e setoriais, nos três níveis de governo (Federal, Estadual e Municipal), como politica de Estado (por meio de projeto de lei), garantindo a transparência nos processos de formulação e de implementação, assumindo um caráter transversal e integrador, inclusive em relação às ações orçamentárias, articulando: participação popular, planejamento, serviços, programas, projetos e benefícios em conjunto com a sociedade civil, respeitando as diversidades regionais, culturais, socioeconômicas,políticas e territoriais, promovendo a capacitação dos profissionais, situando-se além dos interesses particulares ou de natureza partidária, com vistas à gestão integrada do risco de desastres, naceleridade nas respostas e no desenvolvimento sustentável, estabelecendo protocolos que determinem as responsabilidades dos diferentes atores sociais.


DIRETRIZES:  Propostas 1.22 (1108-votos). Garantir os recursos específicos nos orçamentos federal, estadual e municipal para implementação de Políticas e ações de Proteção e Defesa Civil e redução do risco de desastres nas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Planos Plurianuais (PPA), Leis de Orçamento Anual (LOA) e Planos Diretores, considerando o caráter intersetorial e ainda: a) o planejamento e execução de ações para mitigação diante de risco geológico; b) a garantia de pelo menos 1% da LDO e PPA para aplicação na redução de riscos; c) estabelecimento de mecanismos de controle para completa execução do planejado; d) a garantia de estrutura mínima de trabalho para a Comissão de Defesa civil; e) as metas e prioridades em ações de prevenção, mitigação e preparação dos riscos de desastres pelos municípios e estados (para acesso aos recursos da União).


Propostas 1.42 (1030-votos). Criar e regulamentar a profissão de Agente de Proteção e Defesa Civil, Técnico de Defesa Civil e outras correlatas nas três esferas de governo, por meio de concursos públicos que exijam formação (operacional, técnica, médio e superior) na área, definindo seu plano de carreira, salário, código de ética e inclusão na Classificação Brasileira de Ocupações, além de garantir: a) qualificação em caráter permanente; b) segurança dos servidores na execução de ações; c) um número mínimo de profissionais que seja proporcional à população e aos riscos do município; d) previsão de lotação em quadros intermunicipais a serem criados junto às associações de municípios (definindo critérios diferenciados para o quadro de pessoal com dois anos de atuação na área).


Propostas 2.13 (339-votos): Realizar obras estruturais nas áreas de risco, em conformidade com a legislação ambiental como construção e/ou ampliação de: a) grandes barragens comunitárias na zona rural e passagens molhadas; b) pontos de parada para veículos de transporte de cargas perigosas; c) muros de arrimo para conter enchentes e deslizamentos; d) canais, valas e áreas de ressacas assoreadas que possam afetar áreas habitadas (para amenizar os danos da ocupação desordenada); e) construir sistema simplificado de abastecimento oriundo de poços tubulares ou outras fontes existentes para comunidades urbanas e rurais.


Propostas 3.48 (381-votos):  Criação de uma rede de pesquisa em redução de risco de desastre com pesquisadores e grupos de pesquisa de universidades, CEPEDS e outras instituições apoiado em financiamento, por meio de convênios e parcerias, para produção do conhecimento técnico-científico aplicado à prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação de desastres, promovendo o envolvimento da comunidade científica com Proteção e Defesa Civil e sociedade civil, concessão de bolsas de estudos, ações de capacitação e mapeamento de risco, criação de cursos de especialização e mestrado e disciplinas optativas em nível de graduação e de Pós-graduação, contribuindo para o planejamento e intervenção nas ações de proteção e defesa civil.


Propostas 3.95 (195-votos): Coletar e divulgar amplamente dados, informações e conhecimento necessário para gestão de riscos de desastres naturais e não naturais, considerando as especificidades geográficas locais e envolvendo todos os segmentos do setor público, equipes de profissionais especializados e estudantes de nível superior capacitados, por meio de: a) criação de programa de mapeamento geotécnico e social das áreas de risco (naturais e não naturais) dos municípios; b) levantamento de recursos disponíveis em locais de grandes concentrações de pessoas, de forma a possibilitar o monitoramento, a fiscalização periódica; c) construção de políticas públicas e o combate à ocupação e reocupação das áreas de risco; d) catálogo e monitoramento de áreas de riscos, habitações, fontesde água naturais, encostas de morros e áreas vulneráveis a inundações; f) incremento de ações de mapeamento de áreas de risco por parte da CPRM (Companhia de Pesquisas em RecursosMinerais).



Fonte: Nonato Silva (ASCOM-PMJ)...



Por: Junior Ribeiro

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