DAS 144 CIDADES DO PARÁ, 73 NÃO ALCANÇARAM A
META DOS ANOS INICIAIS E ESSE NÚMERO SOBE PARA 119 NOS ANOS FINAIS
No início deste mês, o Ministério da Educação
e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(INEP) divulgaram o resultado nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica – IDEB 2013. Nesta última avaliação, nos anos iniciais, o Pará, apesar
de ter superado a meta do MEC - de 3,7 - atingindo 3,8, teve queda se comparado
com os números de 2011, onde o Estado havia alcançado 4,0. Desde o ano passado,
o Governo desenvolve ações para melhorar a educação no Estado, com o “Pacto
pela Educação”, sendo 2013, o ano em que houve mais articulação, planejamento,
execução de ações de promoção e melhorias na educação.
Paragominas conseguiu se manter equilibrada
no resultado do Ideb 2013 para os anos iniciais (Fundamental I) com a média de
4,6. Já nos anos finais (Fundamental II), subiu de 3,8 para 4,2. Na Região do
Capim, que abrange 13 municípios, foi a segunda melhor nota, ficando atrás de
Ulianópolis, com a diferença que esta cidade possui um pouco mais de 8 mil
alunos matriculados em toda a Rede Municipal, contra mais de 30 mil de
Paragominas. Na média de crescimento geral, nos anos iniciais e finais,
Paragominas cresceu 0,2 pontos, saindo de 4,2 para 4,4. Das 144 cidades do
Pará, 73 não alcançaram a meta dos anos iniciais e esse número sobe para 119
nos anos finais.
Foto: Prefeitura de Paragominas
Embora os números sejam satisfatórios, a
Secretária de Educação de Paragominas, Mozimeire Costa diz que os resultados
poderiam ter sido melhores. Ela explica que em educação, os investimentos
financeiros são importantes, mas aliado à isto, vem a dedicação profissional, a
participação dos pais no processo de aprendizado dos alunos e o envolvimento da
comunidade, fatores subjetivos, mas que precisam ser considerados. Este ano,
foram emitidos mais de 6 mil atestados médicos para professores da rede, o que
significa menos tempo de aula para os alunos.
“Em Paragominas, trabalhamos para nos
superarmos todos os anos. Embora o resultado para as séries iniciais sejam
satisfatórios, esperava muito mais, porque aqui os investimentos na qualidade
do ensino são enormes. Diante disto, já programei para o dia 23 de setembro, um
plantão pedagógico com todas as escolas da Rede – mais de 80. Onde cada
diretor/coordenador vai trabalhar com os números obtidos e traçar metas de
melhoria na escola que dirige ou coordena”, afirma a Secretária.
O IDEB foi criado pelo INEP em 2007, em uma
escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a
qualidade da Educação: fluxo escolar e médias de desempenho dos estudantes nas
avaliações do SAEB e Prova Brasil. O indicador é calculado a partir dos dados
sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas
avaliações do INEP.
A série histórica de resultados do IDEB se
inicia em 2005, a partir de onde foram estabelecidas metas bienais de qualidade
a serem atingidas não apenas pelo País, mas também por Escolas, Municípios e
Unidades da Federação. A lógica é a de que cada instância evolua de forma a
contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da
média dos países pertencentes à OCDE (Organização de Cooperação e de
Desenvolvimento Econômico). Em termos numéricos, isso significa progredir da
média nacional 3,8 registrada em 2005 na primeira fase do Ensino Fundamental,
para um IDEB igual a 6,0 em 2022, ano do bicentenário da Independência do
Brasil.
Por: Eko
www.ormnews.com.br
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