Na tarde da última de ontem, quarta feira (21), policiais federais atearam fogo em uma das dragas que vinha extraindo ouro no leito do rio Tapajós, nas proximidades da comunidade São Luiz, abaixo do local onde está proposta a construção da hidrelétrica.
De acordo com as informações obtidas por
nossa reportagem, os federais chegaram de helicóptero e passaram a incendiar a
draga denominada América, a melhor e mais bem equipada que atuava no local.
As pessoas das comunidades próximas ficaram
revoltadas ao assistirem a ação dos federais, que classificaram como covarde e
desnecessária, já que a draga não estava funcionando há alguns dias e sua
proprietária encontra-se viajando.
A revolta da população ribeirinha é
pertinente, considerando que as comunidades não recebem nenhum benefício
através de ações sociais ou de cidadania por parte do governo federal que só
conhece a região do Tapajós como local apropriado para construção de portos,
hidrelétricas e outros projetos de único e exclusivo interesse do próprio governo
federal para atendimento das grande indústrias do centro oeste, sem se
preocupar com as necessidades básicas do povo existentes nas comunidades
estabelecidas há centenas de anos na região do Tapajós, enquanto que os
dragueiros, com são chamados os proprietários de dragas, durante o pouco tempo
que estiveram trabalhando nas proximidades das comunidades ali existentes, têm
contribuído diretamente com ações que ajudam os comunitários a enfrentarem as
dificuldades cotidianas.
Por: FRANCISCO AMARAL
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