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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

PARÁ GANHA TERRAS DE MINISTÉRIO


MDA ESTIMULA CRIAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO E AÇÕES DE REFORMA AGRÁRIA

Da Sucursal

O governo federal anunciou ontem, na sede do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em Brasília, que destinou mais de 400 mil hectares de terra para a criação de áreas de preservação e reforma agrária no Estado do Pará. Por meio da administração da pasta de desenvolvimento na agricultura, o Planalto autorizou o repasse de 411 mil hectares para a concepção de áreas de preservação ambiental e mais 23,5 mil hectares para a reforma agrária no Pará. De acordo com o divulgado pelo ministério, as terras beneficiarão 209 famílias paraenses com a criação do Projeto de Agroextrativista Montanha Mangabal, no município de Itaituba, e do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Castanheira II, no município de Senador José Porfírio. Outras Unidades da Federação também foram contempladas.

No Amazonas, o governo designou 2,6 milhões de hectares para a proteção do meio ambiente e mais 62,5 mil hectares para a reforma agrária. Segundo a assessoria de comunicação do MDS, nesse Estado, o espaço cedido para a reforma beneficiará 806 famílias amazonenses com a aplicação da reserva legal do Projeto de Assentamento Acari, nos municípios de Borba, Novo Aripuanã e Apuí. No Acre, 155 mil hectares foram entregues para a fundação de uma floresta estadual. Ao todo, foram 3,2 milhões de hectares para os três Estados. O evento que oficializou a cessão das terras contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes, e de Sérgio Lopes, secretário de Regulação Fundiária da Amazônia Legal.

“Sabemos que a regularização fundiária é essencial para acabar com os conflitos socioambientais na Amazônia e para combater as desigualdades sociais. Essas terras também viabilizam o combate ao desmatamento ilegal, acabando com a grilagem de terras”, afirmou a ministra do Meio Ambiente. “A regularização fundiária é um passo para que o desenvolvimento aconteça em bases sustentáveis. A regularização acontecendo, é possível triplicar a riqueza da Amazônia, trazendo ainda a segurança necessária”, completou Sérgio Lopes.

“Apresentamos hoje um avanço importante para a regularização de terras da Amazônia Legal, sob o domínio do governo federal, com diversas áreas para conservação ambiental e pequenos produtores, proporcionando assim o desenvolvimento urbano”,  acrescentou o ministro, Miguel Rossetto. “Estamos seguros da dimensão dos números e da alegria dos destinatários, que fazem com que o País esteja mais bonito e mais justo”, concluiu.

GRILAGEM

Ainda ontem, uma investigação conjunta do Ibama, Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal resultou na deflagração da Operação Castanheira. A ação irá desarticular a organização criminosa cujos participantes são considerados, atualmente, os maiores desmatadores da Amazônia brasileira.

Segundo informações preliminares do Ibama, os criminosos são especializados em grilagem de terras e crimes ambientais na cidade de Novo Progresso, região sudoeste do Pará. A quadrilha agia invadindo terras públicas (entre elas a Floresta Nacional do Jamanxim), promovendo desmatamento e queimadas para formação de pastos. Posteriormente, a área degradada era loteada e revendida a produtores e agropecuaristas. O dano ambiental, já comprovado por perícias, ultrapassa R$ 500 milhões.

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