A poucas horas do anúncio oficial da nova
chapa da coligação Unidos para o Brasil (PSB, Rede Sustentabilidade, PPS, PPL,
PRP e PHS), parlamentares do PSB na Câmara e no Senado se reuniram em
diferentes lugares de Brasília com os responsáveis pela elaboração do documento
de apoio ao nome do deputado Beto Albuquerque (RS) como vice da ex-senadora
Marina Silva na disputa pela Presidência da República.
A carta do partido, redigida pela senadora
Lídice da Mata (PSB-BA), a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) e o presidente do
PSB, Roberto Amaral, será entregue pela Executiva à sociedade durante a reunião
marcada para a tarde de hoje (20), quando a composição da chapa será
oficializada. Além de apresentar a nova composição, a carta deve reafirmar a
importância de Eduardo Campos para o partido e compromissos feitos por ele.
“Estamos apoiando integralmente a decisão que
está se consolidando no partido, que é a chapa Marina e Beto Albuquerque. Ele é
um quadro importante no partido, é parte da história do partido, um militante
da juventude do partido. Era um dos principais organizadores da campanha de
Eduardo [Campos] e por todas essas razões é importante que ele seja o vice na
chapa”, disse a senadora baiana.
Lídice garantiu que, apesar de vários nomes
terem sido cogitados para a vaga de vice, Beto Albuquerque foi aceito “com
muita naturalidade” e sem qualquer resistência. Para compor a chapa,
Albuquerque, que era candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, teve que abrir
mão da disputa no estado.
Na Câmara, o vice-líder do PSB, deputado Dr.
Ubiali (SP), confirmou que o apoio à nova composição foi reiterado por todos os
parlamentares reunidos na Casa e os que foram contatados por telefone. Dr.
Ubiali ainda explicou que a carta do partido não imporá qualquer condição a
Marina. “Não há necessidade deste documento. Nós queremos apenas que tudo
aquilo que foi proposto por Eduardo seja mantido. Entendemos que ela vai
mantê-los porque o compromisso não era de um lado só, era bilateral”, disse.
Para o senador Antonio Carlos Valadares (SE),
que também ratificou o apoio, o futuro governo terá que se empenhar em fazer as
reformas necessárias para o país, como a política para aproximar os partidos da
população e dar mais transparência às regras de financiamento das campanhas.
“Reforma política e reforma tributária são instrumentos de uma renovação que
precisa acontecer no Brasil de forma urgente”, afirmou.
O presidente nacional do PHS, Eduardo
Machado, chegou a propor os nomes de Ovasco Resende e Luciano Bivar,
presidentes nacionais do PRP e do PSL, respectivamente, e o nome da viúva de
Eduardo Campos, Renata Campos, para assumir a vaga de vice na chapa encabeçada
por Marina Silva.
O presidente nacional do PPS, deputado
federal Roberto Freire (SP), também reuniu a Executiva Nacional do partido hoje
para debater a substituição da candidatura presidencial da coligação. No
encontro, que ocorreu na sede do Diretório Nacional do PPS, em Brasília, Freire
lembrou que caberá ao PSB a indicação do vice na chapa e disse que o programa
de governo de Eduardo Campos será mantido.
Por: Carolina Gonçalves e Karine Melo
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Valéria Aguiar
Nenhum comentário:
Postar um comentário