Bebê foi morto por asfixia e enterrado em um
ramal de São Miguel do Guamá. Acusados, dois estudantes de Pedagogia que
mantinham relação extraconjugal
A Polícia Civil prendeu, em São Miguel do
Guamá, no nordeste paraense, os estudantes de Pedagogia Washington Maurício
Gomes Matos, 32 anos, e Kamilla Cristie Ramos de Lima, 23, acusados de
homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Eles são suspeitos de matar o
próprio filho, um bebê recém-nascido, do sexo masculino. Os dois mataram a
criança logo após o nascimento. “A criança é fruto de um relacionamento
extraconjugal. O pai do bebê é casado. Logo após a mãe dar a luz em um parto
normal, ela ligou para ele e ambos mataram a criança asfixiada. Depois,
enterraram o recém-nascido em um ramal”, disse o delegado Ronaldo Lopes,
titular da delegacia local.
As prisões foram efeitas pela equipe formada
pelos policiais civis Océlio Miranda, Paulo César, Vasconcelos e Geovane
Santos. Ainda conforme o delegado, a investigação teve início, no último dia
29, quando caçadores encontraram, em uma mata fechada, situada no ramal do
Curuçazinho, o corpo de uma criança recém-nascida enterrada e enrolada em uma
colcha de cama. Eles foram até a Unidade Integrada de São Miguel do Guamá para
comunicar o fato. Foi então que o delegado acionou a equipe da perícia criminal
do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves de Castanhal para a realização
dos exames de local de crime e a remoção de cadáver.
Na noite da última quarta-feira (30), o
delegado foi informado que uma mulher estava no hospital local para receber
atendimento médico, com quadro clínico de hemorragia. Os médicos de plantão
perceberam que ela estava com placenta e com resto de cordão umbilical. A
equipe de policiais civis foi até o hospital, onde interrogou a mulher, Kamilla
Lima. A mulher confessou o crime. E contou que tinha um caso com Washington,
que é casado, e que os dois passaram a ter um relacionamento. “Os dois,
inclusive, já tiveram um filho, e, agora novamente, ela estava grávida dele.
Porém, a família da estudante não aceitava o relacionamento pelo fato de tratar
de um homem casado”, detalhou o delegado. Assim, a mulher escondeu, durante os
nove meses, a gravidez da família.
No último dia 29, ela resolveu fazer o parto
normal por conta própria. Depois de matar a criança, a acusada contou que
entregou o corpo Washington. Ele seguiu até o ramal e ali enterrou o corpo. Os
policiais civis foram até a casa do acusado, onde o prenderam. No momento da
detenção, Washington estava com a sua família. Aos policiais, ele confessou
apenas ter feito a ocultação do cadáver e negou ter participado do homicídio. A
criança apresentava sinais de violência com traumatismo craniano e asfixia. A causa
da morte será determinada pela perícia criminal. No local onde estava o corpo,
os policiais encontraram uma faca utilizada no crime e uma colcha de cama
enrolada no bebê. Já encaminhados ao sistema penitenciário, os dois
permanecerão presos, à disposição da Justiça em São Miguel do Guamá.
Fonte: O Liberal Digital!
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