Informações foram repassadas pelo coordenador
de Outorga de Rodovias Federais da ANTT, StephaneQuebaud, em audiência pública
, que discutiu a privatização na BR-163 entre Sinop e Porto de Miritituba, no
Pará.
O projeto de concessão compreende 12
municípios dos dois estados com sete praças de pedágio, totalizando 976
quilômetros entre Sinop e o Porto de Miritituba, dos quais apenas 120 não estão
asfaltados. O início da cobrança de pedágio é previsto para um ano e meio
depois que a concessionária tiver autorização para atuar no trecho e com a
realização de obras importantes, como a finalização do asfaltamento, duplicação
de vias e substituição das pontes de madeiras.
Conforme o diretor de Concessões do
Ministério dos Transportes, Fábio Luiz Lima de Freitas, o investimento será de
R$ 6,5 bilhões e um dos pontos de discussão é o período da concessão, se de 12
anos ou 30 anos.
“A BR- 163 faz parte do arco logístico do
norte e a discussão em torno do tempo da concessão leva em conta o projeto de
ferrovia, pois um modal não pode inviabilizar o outro, e sim, chegar a um
equilíbrio econômico. Por isso, a necessidade de dotar de infraestrutura para
termos condição de produção e logística mais barata, ampliando a
competitividade dos nossos produtos”, afirmou de Freitas.
O preço do pedágio foi outro tema alvo de
críticas, principalmente pelo setor produtor. O gerente de Relações
Institucionais da Aprosoja, Frederico Azevedo, explicou que, dependendo do
valor, escoar a produção agrícola pelo Porto de Miritituba pode se tornar
inviável.
“O estudo apresentado mostra que, em média,
100 quilômetros percorridos teriam um custo de R$ 10. Enquanto hoje, em outros
trechos concedidos no Estado, o valor é de R$ 4,5. Sem falar que temos ainda em
torno de 120 quilômetros de estrada de terra até o Porto Miritituba. Tudo isso
incide no valor do frete”.
Por: SANDRA COSTA/Secretaria de Comunicação
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