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quinta-feira, 23 de junho de 2016

CUSTO BRASIL

A Operação Turbulência desnudou a campanha de Eduardo Campos que, por suposto, teria sido financiada por um esquema de corrupção desde Pernambuco, onde o tragicamente falecido candidato à presidência foi governador.

A Turbulência ganhou ares de caso PC Farias - que até hoje não teve a sua morte desvendada – e já conta com o seu próprio assassinato, o do empresário Paulo Morato, que estava foragido e foi encontrado morto ontem (22), em um motel na região Metropolitana do Recife, em um suspeito caso de queima de arquivo.

Mas eis que mal a Turbulência amaina, a PF volta ao seu prato principal, a Lava Jato, para escrever mais um capítulo, desta feita com a prisão, hoje (23) pela manhã, dentre outras, de Paulo Bernardo, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, e esposo da atual senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Na mesma leva, a PF conduziu coercitivamente o ex-ministro da Previdência e da Secretaria da Aviação Civil Carlos Gabas, amigo pessoal da presidente afastada Dilma Rousseff, e o jornalista Leonardo Attuchl, dono do site "Brasil 247", um dos blogs alugados ao PT, que em 2016, antes de Temer suspender os repasses, já tinham consumido do erário R$ 11 milhões.

[Mais uma vez, repiso que nada tenho contra alugar penas a quem quer que seja, afinal, só quem vive de luz solar são os vegetais, mas isso tem que ficar claro na lavra].

O capítulo da série Lava Jato, denominado Custo Brasil, também fez busca e apreensão do diretório Nacional do PT, em SP, e mira “um esquema de pagamento de propina em contratos de prestação de serviços de informática do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, pasta que foi comandada por Paulo Bernardo”. O esquema teria sido revelado em delação premiada do ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano, preso em agosto de 2015.

Segundo informações da PF, os desvios, advindos de contratos com o Grupo Consist Software, teriam chegado nas bordas dos R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015.



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