CERCA DE 700 AGENTES DE 18 ÓRGÃOS ESTADUAIS E FEDERAIS PARTICIPAM DAS AÇÕES
Operação Segurança Sem Limites
Diversos órgãos estaduais e federais de
segurança e fiscalização reforçam, desde a manhã desta segunda-feira, 10, as
divisas e fronteiras do Pará, com o objetivo de combater a entrada de drogas,
armas de fogo, munições e explosivos ilegais e contrabando de outras
mercadorias no Estado, e intensificar a prevenção de crimes contra grupos
vulneráveis dessas localidades, como o tráfico humano e a prostituição
infantil. A ação faz parte de uma grande operação denominada “Segurança sem
Limites”, que deverá se estender até a próxima semana. Além do Pará, o Amapá
também participa da operação. Cerca de 700 agentes de 18 órgãos estaduais e
federais participam das ações.
Pela manhã, no auditório do Centro de
Instrução Almirante Braz de Aguiar (Ciaba), da Marinha do Brasil, em Belém,
representantes dos órgãos envolvidos na operação detalharam os objetivos do
esquema interestadual. “O principal caráter dessa operação é o preventivo. A
gente sabe que os principais crimes ocorrem por influência da droga e que o
Pará não é o fabricante dela. Ela está nos centros, mas chega pelas fronteiras.
Por isso, a integração dos órgãos visa não só a repressão, mas, sobretudo, a
orientação da população com palestras e ações de cidadania”, destacou o titular
da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes
Rocha.
Segundo o secretário, no Pará, cerca de 80%
dos homicídios registrados pelo Sistema de Segurança têm influência das drogas.
“Além disso, um terço dos mais de 12 mil presos têm relação com o tráfico”,
acrescentou Fernandes, destacando que o trabalho de combate ao tráfico tem sido
contínuo no Estado. “O bandido não está localizado num município, num estado,
está no país inteiro. E operações grandes como esta, preventivas, são baseadas
na análise dessas informações. Isso não elimina de jeito nenhum o trabalho de
investigação que é constantemente feito. Não foi bola de cristal, por exemplo,
que nos levou a apreender, somente este ano, mais de 800 kg de droga”, frisou.
A Marinha, que atuará paralelamente com a
operação Upiara, no patrulhamento naval, na inspeção naval voltada para a área
da segurança das embarcações e na assistência cívica e odontológica,
disponibilizará a logística necessária para a atuação dos demais órgãos. O
almirante Edilander Santos, comandante do 4º
Distrito Naval, informou que serão
oito navios, 23 lanchas, 1 helicóptero, 23 viaturas e um total de 523 militares
aplicados diretamente na operação. “Nós estaremos agindo não só nos rios e
lagos, mas também nas áreas marítimas, principalmente na fronteira com a Guiana
Francesa. Por essa fronteira passa uma parcela considerável do tráfico de
drogas”, destacou ao almirante.
Policiamento intensivo
Para os coordenadores, a operação é
considerada a maior realizada nos últimos anos nos territórios paraense e
amapaense. O objetivo é o combate intensivo a crimes como o tráfico de drogas,
de pessoas, de armas de fogo, de munições e explosivos, contrabando, pirataria,
descaminho, evasão de divisas, comércio ilegal de veículos, crimes ambientais e
desmatamento ilegal, além de assistir socialmente a população local mais
necessitada. Também será intensificado o combate aos crimes de furto e roubo de
gado, prostituição infantil, receptação de veículos roubados, captura de
foragidos, entre outros delitos.
Pelo Pará, participam da operação a
Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), as Polícias
Militar e Civil, o Departamento de Trânsito do Pará (Detran), o Centro de
Perícias Científicas “Renato Chaves”, o Corpo de Bombeiros Militar do Pará, o
Grupamento Aéreo de Segurança Pública, o Grupamento Fluvial de Segurança
Pública, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), a Secretaria de Estado de
Saúde Pública (Sespa), a Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento
Social (Seas), o Programa Pro Paz, a Agência de Defesa Agropecuária do Pará
(Adepará) e a Defensoria Pública do Pará.
Na esfera federal, a operação será realizada
de forma integrada com a Marinha do Brasil (4º Distrito Naval), Polícia Federal
(PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Centro Gestor do Sistema de Proteção da
Amazônia (Censipam), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Receita
Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), Defensoria Pública da União (DPU), Exército Brasileiro e
Ministério do Trabalho (MT).
Fonte: Agência Pará
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