ELES REIVINDICAM A REVISÃO E A APROVAÇÃO DOS PLANOS DE MANEJO DENTRO DAS COMUNIDADES, DAS DUAS UNIDADES
Faixas expondo as necessidades de aprovação
dos planos de manejo foram colocadas no muro do prédio do ICMBio
Extrativistas da Floresta Nacional do Tapajós
(Flona) e da Reserva Extrativista Tapajós-Arapinuns (Resex) continuam acampados
na sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),
anexo ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), na Avenida Tapajós, em Santarém, Oeste do Pará.
Os manifestantes ocuparam a sede do órgão, na
manhã de terça-feira, 25, onde
entregaram suas demandas a gerencia do órgão, no Município. Eles reivindicam a
revisão e a aprovação dos planos de manejo dentro das comunidades, das duas
unidades de conservação ambiental.
Faixas expondo as necessidades de aprovação
dos planos de manejo foram colocadas no muro do prédio do ICMBio, pedindo
melhorias dentro das unidades de conservação. Um delas expõe a seguinte frase:
“O desenvolvimento sustentável depende do cumprimento da legislação. Plano de
manejo já!”, diz a faixa.
O líder extrativista Raimundo Gamboa, líder
comunitário da Resex, afirma que os moradores precisam de melhores condições de
qualidade de vida. “Educação, saúde, saneamento praticamente tudo, porque hoje
o que existe na Resex é muito pouco em relação daquilo que precisamos”,
explicou.
Na Flona, há necessidade de espaço para
desenvolver as atividades voltadas à extração da madeira de forma legal. Os
representantes das unidades de conservação adiantaram que vão até Brasília para
pedir apoio junto ao Ministério do Meio Ambiente.“Estamos reivindicando
serraria dentro desse novo plano, agroindústria, criação de peixes, movelarias.
Queremos que isso saia nessa revisão de plano de manejo”, reafirmou o
extrativista Sérgio Pimentel.
O chefe da Flona no ICMBio, Fábio Carvalho
garante que as reivindicações tem fundamento. “É um processo administrativo que
em geral é demorado, porque há necessidade de estudo científico. Tudo o que ele
s pediram é viável e boa parte a própria gestão da unidade de conservação tem
batalhado para alcançar”, declarou.
Para Fábio, a manifestação dos comunitários é
pacífica e justa e, que o órgão local já comunicou à Brasília, que acenou de
forma positiva para o movimento, colocando a revisão do Plano de Manejo da
Floresta Nacional do Tapajós, em caráter prioritário.
Segundo o vice-presidente da Tapajoara,
Dinael Cardoso, os comunitários decidiram permanecer no local, até que uma
comissão de moradores da Flona e da Resex, seja recebida pelo presidente do
ICMBio, em Brasília. “O movimento disse: Nós vamos permanecer até que nossa
equipe, que está indo para Brasília, seja recebida pelo presidente do ICMBio,
Roberto Ricardo Vizentin, para que possa receber das mãos dele nossas
reivindicações”, disse.
O movimento Social dos Extrativistas,
organizado pela Federação das Organizações e Comunidades Tradicionais da
Floresta Nacional do Tapajós, em conjunto com a Organização das Associações da
Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, conta com apoio do Sindicato dos
Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR) e do Conselho Indígena
de Belterra.
O movimento recebeu a solidariedade de várias
autoridades locais, entre eles, as vereadoras Ana Elvira Alho (PT) e Ivete
Bastos (PT), que estiveram na sede do ICMBio na tarde de terça-feira.
Fonte: RG 15/O Impacto
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