O juiz Sérgio Moro (foto), responsável pelas
investigações da Operação Lava jato, disse que as novas prisões determinadas
por ele são um “remédio amargo” para coibir a continuidade dos casos de
corrupção na Petrobras. A afirmação está na decisão na qual Moro atendeu pedido
da Polícia Federal e determinou a prisão de 18 investigados, a maioria deles
ligados a empreiteiras.
No despacho, o juiz citou declarações da
presidente Dilma Rousseff e do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que, durante o
período eleitoral, defenderam o prosseguimento das investigações e a
importância da punição aos acusados.
“Os apelos provenientes de duas das mais
altas autoridades políticas do país, e que se encontram em campos políticos
opostos, confirmam a necessidade de uma resposta institucional imediata para
coibir a continuidade do ciclo delitivo descoberto pelas investigações,
tornando inevitável o remédio amargo, ou seja, a prisão cautelar”, disse o
juiz.
Para justificar a decretação das prisões dos
executivos das empreiteiras, o juiz alegou risco a ordem pública e à
investigação. Segundo Moro, sem a medida não seria possível evitar
interferências na obtenção de provas e fugas para o exterior.
“Com o poder econômico de que dispõem, o
risco de prejudicarem as investigações e a instrução ou de obstruírem o
processo através da produção de provas falsas ou da cooptação de testemunhas e
mesmo de agentes públicos envolvidos de alguma forma no processo é real e
imediato”, concluiu.
Por: ercio
Fonte: http://ercioafonso.blogspot.com.br/2014/11/moro-prisoes-sao-remedio-amargo-contra.html
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