Estudantes sobreviveram ao incêndioO ônibus
com 21 estudantes de Informática Educacional e Ciências da Computação, da Ufopa
saiu de Santarém com destino a Dourados (MS) para participarem de um congresso.
Na manhã de sábado (1º), o veículo, pertencente à universidade, pegou fogo na
Serra de São Vicente, na BR-364, entre Rondonópolis e Cuiabá (MT). Ninguém
ficou ferido, mas o ônibus e os pertences dos alunos foram destruídos.
A suspeita é de que o incêndio tenha
acontecido por um problema na eletricidade do ônibus. “Uma surpresa, porque é
um ônibus novo, que tem sistemas de detecção de problemas técnicos
eletronicamente e tudo indica que o problema não foi detectado. Vamos solicitar
uma perícia para a Polícia Rodoviária Federal do Mato Grosso e todo o apoio
necessário lá para que a gente possa, mesmo com o dano total do veículo,
identificar as causas”, afirmou a reitora da Ufopa, Raimunda Monteiro.
Sobreviventes começaram a chegar
ESTUDANTES CHEGAM A SANTARÉM: Os estudantes
da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) que estavam no ônibus que
pegou fogo em Mato Grosso chegaram no domingo (2) a Santarém de avião. O
primeiro grupo chegou durante a tarde e encontrou os familiares esperando no
aeroporto. Alguns relataram o alívio de ter conseguido se salvar. “Foi um
milagre a gente ter saído a tempo porque, por poucos minutos a gente não morria
queimado”, declarou a estudante Shaila Santos.
Segundo a mãe de Shaila, o alívio só veio
após ver a filha desembarcar do avião de volta para casa. “Eu estava no
trabalho e ela começou a me passar mensagem e eu não tinha nem como retornar.
Dos números que ela ligava a gente não conseguia completar ligação e foi um
desespero. Eu não tinha como sair do trabalho, não tinha como fazer nada, mas
no final da tarde a gente conversou, ouvi a voz dela, mas eu falei que agora eu
só vou saber que realmente está bem quando eu conferir e ver que está tudo
certinho”, contou Rosineli Santos.
Hugo Renan foi quem percebeu que o ônibus
estava pegando fogo e tentou avisar todos da maneira mais rápida, já que a maioria
estava dormindo. “Eu senti o cheiro de fumaça dormindo. Levantei e perguntei:
‘pessoal, vocês não estão sentindo o cheiro de fumaça?’. Foi que eu desci do
ônibus e vi os motoristas tentando apagar o fogo, voltei e disse: ‘gente, está
pegando fogo o ônibus. Desçam!’. Só que ninguém acreditou em mim, fizeram até
brincadeira. Eu desci, voltei de novo, começou a se propagar o fogo dentro do
ônibus atrás, na parte do ar condicionado. Foi que eu voltei de novo e bati na
porta e todo mundo acreditou e começaram a descer agoniados”, contou.
Depois de saírem do veículo e verem que tudo
estava destruído, os alunos tinham outro problema: onde ficar e de quem pedir
ajuda. “A gente estava no meio da estrada, no meio do nada e não sabia o que
fazer. A gente não acreditava no que via. A gente conseguiu ajuda com o
Instituto Tecnológico do Mato Grosso. Eles deram um apoio para nós com
alimentação. A gente ficou um período, tomamos banho lá e conseguiu entrar em
contato com a Ufopa, mas devido à comunicação lá ser pouca, não tinha internet
e tinha faltado energia, a gente ficou nesse impasse”, completou Hugo.
Ônibus ficou completamente destruído.
Após o incêndio, os estudantes foram levados
para uma escola técnica localizada a 3 Km do local do incidente e depois
seguiram para Cuiabá, onde ficaram divididos em dois hotéis, com custos pagos
pela Ufopa. O grupo foi dividido em quatro voos, com saída de Cuiabá para
Santarém.
Fonte: RG 15/O Impacto e G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário