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sexta-feira, 11 de julho de 2014

LIDERANÇAS E EMPRESÁRIOS DIVERGEM SOBRE ÁREA PORTUÁRIA NO LAGO DO MAICÁ


Comunitários temem contaminação do lago do Maicá com a construção de portos.

A expectativa da construção de pelo menos quatro portos graneleiros na grande área do Maicá, no município de Santarém, Oeste do Pará, motivou lideranças comunitárias de vários bairros que integram a zona leste de Santarém a pedir explicações do poder público municipal. Para os comunitários, a construção dos portos vai trazer inúmeros prejuízos à biodiversidade do local, onde o Lago do Maicá corre grande risco de sofrer contaminação.

Já os empresários afirmam que os empreendimentos vão trazer grande desenvolvimento para Santarém, com a geração de empregos e a contribuição ao Município, através de impostos. Outro questionamento está sendo feito por pescadores profissionais em relação ás obras, é que a pesca poderá ficar totalmente comprometida com o início dos serviços dos portos.

Para tentar encontrar uma solução para o impasse, na manhã de domingo, 06, foi discutida em Assembléia Geral, na Associação dos Moradores do Bairro Pérola do Maicá, a possível implantação das 3 grandes empresas que pretendem construir 04 portos na Grande Área do Maicá.

Durante a Assembléia, os comunitários deixaram claro ao Governo e às empresas que as famílias da grande área não vão aceitar caladas tudo que for definido dentro dos gabinetes.

A presença marcante dos principais líderes dos bairros da Grande Área foi determinante para mostrar a força da população.

Entre os representantes dos bairros participaram da Assembléiar: Abelardo, do Maicá; Ronaldo Costa, do Pérola do Maicá; Adilson Matos, do Jaderlândia; Evandro Cunha, do Mararu e Neida, do Jutai.

A Câmara de Vereadores de Santarém esteve representada pelo presidente Henderson Pinto (DEM). Em pronunciamento, o vereador Henderson Pinto se colocou à disposição para levar o debate ao plenário da Câmara com a realização de uma Audiência Pública para tratar o tema.

O ex-presidente do Consórcio Belo Monte e ex-Diretor Executivo do Consórcio Tapajós, Eraldo Pimenta, destacou a importância do engajamento da população na causa para que os moradores não sejam tratados apenas como meros expectadores do desenvolvimento com a implementação das empresas portuárias.

O advogado do Conselho de Segurança da Grande Área do Maicá (Conseg), Hiroito Tabajara, destacou que os bairros querem participar ativamente na distribuição dos empregos e renda gerada pelas empresas. Ele requereu que já se inicie a capacitação dos moradores da área para ocuparem os empregos a serem gerados, para que no futuro as empresas não tenham como alegar que estão trazendo gente de fora por falta de mão de obra qualificada.

O presidente do CONSEG, Adilson Matos, fez um duro discurso em relação à forma como o governo municipal vem tratando as lideranças comunitárias e demonstrou preocupação em relação ao empreendimento e a forma como tudo vem sendo feito.

Fonte: RG 15/O Impacto

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