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segunda-feira, 21 de julho de 2014

PARAGOMINAS TEM 65% DE ÁREA DE FLORESTA PRESERVADA


MUNICÍPIO JÁ FOI UM DOS VILÕES DO DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA


No Dia de Proteção às Florestas comemorado esta semana (17 de julho), Paragominas, no nordeste do Estado, tem muito a festejar. O município que já foi conhecido por ser um dos grandes vilões do desmatamento na Amazônia, por ter tido como base econômica a exploração da madeira de forma desordenada, hoje tem consolidado o status de grande preservador do meio ambiente. Prova disto é a sua área de floresta, que corresponde mais de 65% do seu território, que é de quase 2 milhões de hectares.

No passado, antes do Projeto “Paragominas Município Verde”, desenvolvido por lá desde 2008, pensava-se que a cidade havia acabado com mais da metade de sua área de florestas. Depois dos estudos constatou que o município tem mais de 65% de floresta preservada. Um dos pilares do “Paragominas Município Verde” é o desmatamento zero, contudo, as ações evoluíram e hoje, contabilizam-se resultados que vão além dessa iniciativa.

A meta do decênio estabelecida através de um decreto municipal em 2008, onde para cada habitante deveria haver 12m² de área verde plantada, já foi alcançada. Pelo decreto, até 2018 essa meta deveria ser atingida. “Paragominas conseguiu atingir com 4 anos de antecedência e foi além. Temos hoje, 12,5 m² de área verde por habitante”, afirma o secretário do Verde e Meio Ambiente de Paragominas, Felipe Zagalo.

Outro dado que merece destaque é que, desde 2013, o município vem realizando o processo de compensação ambiental, sendo pioneiro nesse tipo de atividade. Segundo o engenheiro florestal, Davi Gonçalves, ecologicamente, a compensação ajuda a reduzir desmatamentos e outros tipos de crimes ambientais e ainda garante o microzoneamento nas áreas, devido à obrigatoriedade do CAR.

“Outro ponto positivo é que a área compensada, deverá ter o mesmo tamanho do passivo ambiental do imóvel. Quando o novo Código Florestal trouxe essas opções de diminuição do passivo e, no caso do Estado do Pará, quando Paragominas abriu a oportunidade de promover essa compensação, estimulou o produtor rural a acessar recursos para promover a economia com sustentabilidade”, explica Davi.

No caso de Paragominas, o microzoneamento já foi realizado e, mais de 90% das propriedades rurais estão no Cadastro Ambiental Rural (CAR), sendo 30% desses CAR validados. Felipe Zagalo conta que Paragominas já tem mais de 10 mil hectares de floresta em Reserva Legal compensada. O sistema de compensação de passivos ou “Condomínio de Reserva Legal” foi criado em 2012, pelo Novo Código florestal. Nele, o produtor que tem passivos ambientais pode “trocar” com quem tem ativos e com isso produzir em áreas degradadas e preservar florestas em pé. A remuneração ou compensação financeira é estabelecida entre as partes.

“Paragominas ainda é o único município a fazer a compensação. Não temos notícias de nenhum outro município, dentro ou fora do Estado, que tenha essa iniciativa. Como Paragominas tem a gestão plena da área rural, saiu na vanguarda dessa forma de legalização da Reserva Legal”, explica o secretário.

Outra novidade é o Sistema de audiências em licenciamento ambiental. Nele, o empreendedor e o técnico tratam diretamente com órgão ambiental, as medidas que serão adotadas, a partir de uma pauta que ocorre em audiência pública. Com a desburocratização dessas análises processuais, o método ganhou maior transparência e agilidade. “O produtor poderá receber sua licença ambiental em 30 dias, diferente do método convencional, que pode durar um ano”, complementa Zagalo.

Para o prefeito Paulo Tocantins, o manejo e a exploração racional e inteligente do meio ambiente, dentro de um sistema de monitoramento, que é adotado pela Prefeitura de Paragominas, por meio de sua Secretaria de Meio Ambiente, fará com que as próximas gerações tenham a possibilidade de conhecer a riqueza natural que é vista nos dias atuais, principalmente no que se refere a biodiversidade. “O foco na sustentabilidade que nós perseguimos diariamente, pretende evitar qualquer tipo de interferência negativa ao meio ambiente, para que Paragominas continue sendo vista como o Município Verde da Amazônia", afirma Tocantins.


Por: Redação ORM News

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