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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

PARÁ VACINA MAIS DE 257 MIL MENINAS CONTRA O HPV


ESTADO JÁ RECEBEU 269.900 DOSES PARA SEGUNDA FASE DE COMBATE AO HPV

A segunda dose da vacina conta o vírus HPV, que protege contra o câncer do colo de útero, começou a ser aplicada em meninas de 11 a 13 anos, na segunda-feira, 1, em todo o Brasil, seis meses após a primeira, um procedimento fundamental para garantir a imunização contra o HPV até a dose de reforço, em cinco anos. O Pará, cuja meta é vacinar 257.190 mil meninas de 11 a 13 anos, já recebeu 269.900 doses. Na primeira fase da campanha, iniciada em 10 de março, 201.159 meninas receberam a dose no Estado, ultrapassando 3% da meta estipulada pelo MS, que era de 80%, e acompanhando a tendência nacional. As informações são da Assessoria de Comunicação do Ministério da Saúde.

Em apenas seis meses, 4,3 milhões de meninas nessa faixa-etária foram vacinadas, atingindo 87,3% do público-alvo - uma das maiores coberturas para essa vacina em todo o mundo. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% das 4,9 milhões de meninas de 11 a 13 anos residentes no país.


Foto: Igor Mota / O Liberal

De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, todos os estados conseguiram atingir a meta na primeira etapa. “As estimativas para este ano é de que ocorram 15 mil novos casos de câncer do colo de útero e cerca de 4,8 mil óbitos. No entanto, a combinação do sucesso na expansão da imunização contra o vírus do HPV com a ampliação da estratégia do Papanicolau nas Unidades Básicas de Saúde, reduzirá significativamente esse tipo de câncer nos próximos anos no país”, afirmou o ministro.

A vacinação nas escolas foi o diferencial para o alcance da meta nacional. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda aos municípios repetir a estratégia. Para quem preferir ir ao serviço de saúde, a vacina está disponível, durante todo o ano, em mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo Brasil.

A vacina contra o vírus do papiloma humano (VPH), ou HPV, do inglês human papiloma vírus, também se acha disponível no Centro de Saúde Escola (CSE) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), a partir deste mês de setembro, como novidade no calendário de vacinações da instituição.

TRÊS DOSES

A vacina também está disponível para aquelas que ainda não tomaram a primeira dose. Para receber a segunda dose, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Neste ano, serão vacinadas as adolescentes do primeiro grupo (11 a 13 anos). Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, às meninas de 9 anos.

Para o primeiro ano de vacinação, o Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses. O SUS oferece a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais.

O Ministério da Saúde também firmou uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Instituto Butantan e o Laboratório Merck para a produção nacional da vacina. Serão investidos R$ 1,1 bilhão na compra de 36 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. A PDP possibilitou uma economia estimada de US$ 19,7 milhões na compra da vacina em 2014. O Ministério da Saúde pagará R$ 31,02 por dose, o menor preço já praticado no mercado.

SEGURANÇA

A vacina contra HPV tem eficácia comprovada na proteção de mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. É utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização. Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, ela não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

O Liberal

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