ESTADO JÁ RECEBEU 269.900 DOSES
PARA SEGUNDA FASE DE COMBATE AO HPV
A segunda dose da vacina conta o vírus HPV,
que protege contra o câncer do colo de útero, começou a ser aplicada em meninas
de 11 a 13 anos, na segunda-feira, 1, em todo o Brasil, seis meses após a
primeira, um procedimento fundamental para garantir a imunização contra o HPV
até a dose de reforço, em cinco anos. O Pará, cuja meta é vacinar 257.190 mil
meninas de 11 a 13 anos, já recebeu 269.900 doses. Na primeira fase da
campanha, iniciada em 10 de março, 201.159 meninas receberam a dose no Estado,
ultrapassando 3% da meta estipulada pelo MS, que era de 80%, e acompanhando a
tendência nacional. As informações são da Assessoria de Comunicação do
Ministério da Saúde.
Em apenas seis meses, 4,3 milhões de meninas
nessa faixa-etária foram vacinadas, atingindo 87,3% do público-alvo - uma das
maiores coberturas para essa vacina em todo o mundo. A meta do Ministério da
Saúde é vacinar 80% das 4,9 milhões de meninas de 11 a 13 anos residentes no
país.
Foto: Igor Mota / O Liberal
De acordo com o ministro da Saúde, Arthur
Chioro, todos os estados conseguiram atingir a meta na primeira etapa. “As
estimativas para este ano é de que ocorram 15 mil novos casos de câncer do colo
de útero e cerca de 4,8 mil óbitos. No entanto, a combinação do sucesso na
expansão da imunização contra o vírus do HPV com a ampliação da estratégia do
Papanicolau nas Unidades Básicas de Saúde, reduzirá significativamente esse
tipo de câncer nos próximos anos no país”, afirmou o ministro.
A vacinação nas escolas foi o diferencial
para o alcance da meta nacional. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda aos
municípios repetir a estratégia. Para quem preferir ir ao serviço de saúde, a
vacina está disponível, durante todo o ano, em mais de 36 mil salas de
vacinação espalhadas pelo Brasil.
A vacina contra o vírus do papiloma humano
(VPH), ou HPV, do inglês human papiloma vírus, também se acha disponível no
Centro de Saúde Escola (CSE) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), a partir
deste mês de setembro, como novidade no calendário de vacinações da
instituição.
TRÊS DOSES
A vacina também está disponível para aquelas
que ainda não tomaram a primeira dose. Para receber a segunda dose, basta
apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação. Cada
adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Neste ano, serão
vacinadas as adolescentes do primeiro grupo (11 a 13 anos). Em 2015, a vacina
passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, às
meninas de 9 anos.
Para o primeiro ano de vacinação, o
Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses. O SUS oferece a vacina
quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18),
com 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos
casos de câncer de colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das
verrugas anogenitais.
O Ministério da Saúde também firmou uma
Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Instituto Butantan e o
Laboratório Merck para a produção nacional da vacina. Serão investidos R$ 1,1
bilhão na compra de 36 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período
necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro.
A PDP possibilitou uma economia estimada de US$ 19,7 milhões na compra da
vacina em 2014. O Ministério da Saúde pagará R$ 31,02 por dose, o menor preço
já praticado no mercado.
SEGURANÇA
A vacina contra HPV tem eficácia comprovada
na proteção de mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não
tiveram nenhum contato com o vírus. É utilizada como estratégia de saúde
pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização.
Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de
doses da vacina em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho
Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde
(OMS).
Tomar a vacina na adolescência é o primeiro
de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do
câncer do colo do útero. No entanto, ela não substitui a realização do exame
preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da
Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame
preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais
consecutivos negativos.
O Liberal
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