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segunda-feira, 28 de julho de 2014

CHUVA DE METEOROS PODE SER VISTA NO BRASIL

Fenômeno das Delta Aquarídeas atinge seu auge na noite desta segunda para terça-feira com a previsão de cerca de 20 “estrelas cadentes” por hora

Um meteoro da chuva das Delta Aquarídeas

Foto: Jimmy Westlake/Nasa

Um meteoro da chuva das Delta Aquarídeas - Jimmy Westlake/Nasa
RIO – A chuva de meteoros Delta Aquarídeas atinge seu auge na noite desta segunda para terça-feira e o fenômeno poderá ser visto em todo Brasil. Como o nome indica, ela parece ter origem, o chamado radiante, próxima da estrela delta da constelação de Aquário, batizada Skat, que no Rio de Janeiro surgirá no horizonte Leste por volta das 20h desta segunda e ficará visível durante toda a noite.


Além de um céu limpo, com poucas ou sem nuvens, para melhor observar o fenômeno é aconselhável se afastar das luzes das cidades e procurar um lugar escuro, como um sítio, fazenda ou mesmo uma estrada pouco movimentada. A previsão é de que as Delta Aquarídeas exibam cerca de 20 “estrelas cadentes” por hora.


As chuvas de meteoros são produzidas pela passagem da Terra por trilhas de detritos e poeira deixadas por objetos, em geral cometas, que cruzam a sua órbita em torno do Sol. No caso das Delta Aquarídeas, porém, os astrônomos ainda não conseguiram identificar definitivamente qual seria este objeto. As principais suspeitas recaem sobre o cometa 96P Machholz. Descoberto em 1986 pelo astrônomo amador americano Donald Machholz, o 96P Machholz é um chamado cometa de curto período, com uma órbita que o leva pouco além de Júpiter em seu afélio, isto é, ponto de maior distância do Sol, e o traz para mais perto que Mercúrio na maior aproximação de nossa estrela, o periélio, a cada cinco anos aproximadamente.


O auge das Delta Aquarídeas se segue ao pico de outra chuva de meteoros menor, as Alfa Capricornídeas, registrado no último sábado e também ainda visível no Brasil. Embora exiba apenas cerca de cinco “estrelas cadentes” por hora em seu máximo, as Alfa Capricornídeas produzem alguns dos maiores e mais brilhantes meteoros de todas as principais chuvas vistas no planeta, que se acredita serem fruto da quebra de metade do cometa 169P/NEAT há cerca de 5 mil anos. A maior parte dos detritos deste evento, no entanto, só deverá cruzar a órbita da Terra daqui a 300 anos. Assim, os cientistas esperam que as Alfa Capricornídeas se tornem a principal e mais prolífica chuva de meteoros no planeta entre 2220 e 2420


O pico das Delta Aquarídeas também precede o auge de uma das mais famosas e aguardadas chuvas de meteoros do ano, as Perseidas. Melhor observada no Hemisfério Norte, que está no verão, e apenas nas latitudes mais ao Norte do Brasil, as Perseidas deverão exibir até cem “estrelas cadentes” por hora este ano no seu auge, previsto para a noite de 12 para 13 de agosto. Este ano, porém, a visão dos meteoros das Perseidas será atrapalhada por uma brilhante Lua cheia que também será a maior “superlua” de 2014. Este fenômeno é registrado quando a Lua atinge sua fase nova ou cheia próxima do perigeu, ponto em que está mais perto da Terra. Nestas ocasiões, sua circunferência parece 10% a 15% maior do que a vista no fenômeno inverso, a “microlua”, na qual a entrada da Lua nas fases cheia ou nova coincide com o apogeu, ponto em que está mais afastada do planeta.


POR CESAR BAIMA

28/07/2014 16:34 / ATUALIZADO 28/07/2014 16:39

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